A polinose representa um conjunto de manifestações de natureza clínica desencadeadas pelos pólenes. Quem sofre de asma polínica compreende perfeitamente o papel do período primaveril na indução de crises por vezes muito graves.
Estamos à beira de uma nova primavera, creio que ansiosamente desejada face a um inverno chuvoso e triste.
Apetece-me desfrutar três semanas seguidas de um céu azul e sem uma nuvem no céu. Pelo menos alegrava a minha alma como a de muitos outros cuja tristeza é mais do que evidente e para a qual não é só o tempo o principal responsável, mas também o clima sociopolítico. Mas como é mais “fácil” mudar aquele do que este, sempre dava uma ajudita.
Os doentes alérgicos vão ter um período difícil, já que se antevê uma primavera muito intensa sob o ponto de vista de produção de pólenes. De facto, a chuva que tem caído pressagia uma primavera nada agradável para quem sofra de alergias. As gramíneas, que são a principal responsável pelas alergias, estão aí em força, prevendo-se que o número de crises por asma vá aumentar, o que obriga à tomada de medidas preventivas por parte dos sofredores.
É comum a queixa de cidadãos contra a presença de árvores na cidade, indo ao ponto de solicitarem o abate por motivos de saúde. Não me parece correto este comportamento, porque muitas das árvores que são apontadas como responsáveis eliminam sementes, tipo “algodão”, que não são alergénios, podendo, no entanto, ter um efeito irritante de natureza mecânica nalgumas pessoas.
As árvores numa cidade são essenciais. Esteticamente agradáveis, depuradoras do ar, modificadoras climáticas, protetoras contra a canícula, facilitadoras da permeabilização dos solos, focos de atração para muitas vidas, inspiradoras de sentimentos e emoções - já que crescem e envelhecem com os seus vizinhos humanos -, testemunhas de um passado criativo, e ao mesmo tempo amas e aias dos humanos, obrigam-nos a florestar a cidade e relembrar as nossas origens e necessidades.
O que me confrange é um certo tipo comportamento, traduzido no apelo ao seu desaparecimento nalgumas zonas da cidade, porque lhe são atribuídas causas de certos males e doenças. Eu sei que é comum os seres humanos comportarem-se como sendo donos do mundo. Mas as outras espécies também têm “direitos”.
É preciso um adequado ordenamento florestal urbano, evitando que a mesma espécie pulule ao ponto de no período que se avizinha ser uma fonte de irritação, mecânica e emocional, incomodando os mais sensíveis. Bastaria para ao efeito entremeá-las com outras menos “agressivas”.
O ser humano não pode arrogar-se numa constante superioridade sobre as outras espécies, nem invocar o seu desconforto ao atribuir a responsabilidade a quem não a tem. Neste caso concreto, os que sofrem de alergias, a responsabilidade é sobretudo das gramíneas, do pólen das oliveiras e das parietárias. Para estes, um conselho: o melhor é precaverem-se, porque a primavera não vai ser fácil sob o ponto de vista climático, já que relativamente aos outros climas dificilmente alguém escapará...
Estamos à beira de uma nova primavera, creio que ansiosamente desejada face a um inverno chuvoso e triste.
Apetece-me desfrutar três semanas seguidas de um céu azul e sem uma nuvem no céu. Pelo menos alegrava a minha alma como a de muitos outros cuja tristeza é mais do que evidente e para a qual não é só o tempo o principal responsável, mas também o clima sociopolítico. Mas como é mais “fácil” mudar aquele do que este, sempre dava uma ajudita.
Os doentes alérgicos vão ter um período difícil, já que se antevê uma primavera muito intensa sob o ponto de vista de produção de pólenes. De facto, a chuva que tem caído pressagia uma primavera nada agradável para quem sofra de alergias. As gramíneas, que são a principal responsável pelas alergias, estão aí em força, prevendo-se que o número de crises por asma vá aumentar, o que obriga à tomada de medidas preventivas por parte dos sofredores.
É comum a queixa de cidadãos contra a presença de árvores na cidade, indo ao ponto de solicitarem o abate por motivos de saúde. Não me parece correto este comportamento, porque muitas das árvores que são apontadas como responsáveis eliminam sementes, tipo “algodão”, que não são alergénios, podendo, no entanto, ter um efeito irritante de natureza mecânica nalgumas pessoas.
As árvores numa cidade são essenciais. Esteticamente agradáveis, depuradoras do ar, modificadoras climáticas, protetoras contra a canícula, facilitadoras da permeabilização dos solos, focos de atração para muitas vidas, inspiradoras de sentimentos e emoções - já que crescem e envelhecem com os seus vizinhos humanos -, testemunhas de um passado criativo, e ao mesmo tempo amas e aias dos humanos, obrigam-nos a florestar a cidade e relembrar as nossas origens e necessidades.
O que me confrange é um certo tipo comportamento, traduzido no apelo ao seu desaparecimento nalgumas zonas da cidade, porque lhe são atribuídas causas de certos males e doenças. Eu sei que é comum os seres humanos comportarem-se como sendo donos do mundo. Mas as outras espécies também têm “direitos”.
É preciso um adequado ordenamento florestal urbano, evitando que a mesma espécie pulule ao ponto de no período que se avizinha ser uma fonte de irritação, mecânica e emocional, incomodando os mais sensíveis. Bastaria para ao efeito entremeá-las com outras menos “agressivas”.
O ser humano não pode arrogar-se numa constante superioridade sobre as outras espécies, nem invocar o seu desconforto ao atribuir a responsabilidade a quem não a tem. Neste caso concreto, os que sofrem de alergias, a responsabilidade é sobretudo das gramíneas, do pólen das oliveiras e das parietárias. Para estes, um conselho: o melhor é precaverem-se, porque a primavera não vai ser fácil sob o ponto de vista climático, já que relativamente aos outros climas dificilmente alguém escapará...
2 comentários:
Ai caro professor, ai caro professor, ai caro professor, que me está a profetizar uma Primavera sem poder sair de casa e a respirar sabe Deus com que custo!
P.S.: Lamento o lapso de ter trocado as contas de email e por esse motivo ter tido que apagar o comentário anterior.
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