Ao que parece está a ser alimentado um movimento para que seja uma mulher a substituir o Dr. Vitor Constâncio na direcção do BdP. Edite Estrela chama a essa opção "um sinal de grande modernidade" secundando a opinião da senhora Secretária de Estado para a Igualdade que, infelizmente, entende ser esta a forma de justificar a existência do cargo que ocupa.
Julgo que tal defesa é uma editada patetice!
Esperava-se que para governar o banco central se reclamasse por pessoa competente. Mulher ou homem. Estes movimentos e declarações paternalistas, maternalistas ou sexistas - como preferirem - têm um efeito preverso e potencialmente injusto. Se a escolha recair numa mulher, não faltará quem pense que a nomeação se deveu não às capacidades e competência da nomeada, mas ao "sinal de modernidade".
4 comentários:
Totalmente de acordo, já não se aguentam estes falsos modernismos, se já não tivéssemos preconceitos arcaicos, nem essas "sugestões" seriam motivo para alguém se achar original nem dariam sequer lugar a notícia. Mas é o que temos,não percebo como é que alguém ainda pode pensar que uma mulher a ocupar um cargo importante ainda é visto com grande espanto e admiração. Um fenómeno, este nosso País.
Não há paciência para estes "provincianismos". As mulheres e os homens com competências para ocupar lugares importantes não precisam deste género de manifestações e certamente que as dispensam.
Por amor de Deus não abanem o barco: Deixem lá Constâncio ser promovido; que sempre nos livramos do estropício. Se bem que a própria Edite também não estava mal para o lugar: parece que dos membros do BCE, com excepção do Governador, se espera que estejam calados.
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