Para equilibrar as contas públicas, o Governo grego aumentou os impostos e os cidadãos contribuintes passam a pagar mais impostos.
Mas isso é na Grécia, onde a filosofia acabou.
Em Portugal, os cidadãos contribuintes também passam a pagar mais impostos, mas surpreendentemente, não vai haver aumento de impostos. Como ontem a Suzana brilhantemente referiu
Mas isso é na Grécia, onde a filosofia acabou.
Em Portugal, os cidadãos contribuintes também passam a pagar mais impostos, mas surpreendentemente, não vai haver aumento de impostos. Como ontem a Suzana brilhantemente referiu
Uma aparente contradição, que os gregos não foram capaz de resolver, mas facilmente explicada pelos filósofos portugueses, onde Sócrates naturalmente pontifica. A explicação está na excepção. Em Portugal, os impostos só aumentam por excepção.
Excepção, todavia, que vai obrigar a maioria (3,5 milhões, segundo o DN) da totalidade dos contribuintes (4,5 milhões) a pagar mais impostos. A começar logo nos que ganham mais do que a impressionante quantia de 518 euros por mês!...Que vão ser agravados com mais 100 euros.
A excepção passa, pois, a contemplar a maioria. E a regra passa a referir-se à minoria.
Bom, o melhor é terminar, pois creio que estou a ficar grego!…
Excepção, todavia, que vai obrigar a maioria (3,5 milhões, segundo o DN) da totalidade dos contribuintes (4,5 milhões) a pagar mais impostos. A começar logo nos que ganham mais do que a impressionante quantia de 518 euros por mês!...Que vão ser agravados com mais 100 euros.
A excepção passa, pois, a contemplar a maioria. E a regra passa a referir-se à minoria.
Bom, o melhor é terminar, pois creio que estou a ficar grego!…
12 comentários:
Caro Drº Pinho Cardão:
Esta dos gregos e da “excepção dos nossos impostos“ lembra-me aquele dirigente que decidiu proibir a utilização abusiva dos veículos do estado em proveito próprio ao fim-de-semana e que, no Sábado logo a seguir à proibição, dirigiu-se à garagem onde era suposto estarem estacionados a maioria dos cerca de 50 veículos que compunham a frota e reparou que não, apenas estavam estacionados meia dúzia de “xanatos” dos serviços gerais, os topos de gama nem vê-los; e perguntou ao encarregado do parque automóvel o que se estava a passar ali, que dissesse de imediato os nomes das pessoas que não cumpriram o estipulado na sua ordem de serviço, ao que o encarregado, de pronto, respondeu:
-Assessor Tal, consultor Sicrano, Adjunto…esses não -retrucou o dirigente, esses são excepção...quero é os outros!? Ah, os outros...sim srº drº: Drº x Dra. y…
Livra, você é teimoso homem de Deus!? Já lhe disse que esses não, esses são excepção!!!
Porra srº drº, que quer que lhe diga!?...não há mais ninguém...
;)
Caro Dr.,
Equilíbrio baseado na filosofia psicótica da chapa 150000 empregos e... rendimentos!
Cumprimentos.
João Dias
Caros membros editores do 4R!
"Viajo" pelos blogues, vejo alguns programas de opinião pública, e constato que agora e desde sempre, o povo eleitor (e o abstencionista) reclama das medidas dos governantes, por serem injustas e muita vezes prepotentes.
Actualmente então acho que atingimos o auge. Sendo que aos eleitores só resta que os mandatos se cumpram ou se interrompam, para novamente votar e "ter fé" ...
E assim repetidamente vão se sentindo defraudados, ouvindo os partidos no poder acusarem os antecessores e vice-versa! Curiosamente, apesar de não ser muito informada, nunca ouvi os partidos mesmo os mais radicais, defenderem a Democracia Participativa! Acho que depois de 36 anos de Democracia Representativa, que nos levou a esta situação, porque não tentarmos outras formas de governação? Que riscos comportariam para o bem comum esta forma?
Sem pretender ser inoportuna e com toda a honestidade gostava (se possível) de uma opinião.
Brilhante este seu texto, meu caro Pinho Cardão. Não só porque está magnificamente escrito, mas sobretudo porque revela a sua impagável (por enquanto...) habilidade para chamar a atenção para as coisas crueis de uma forma saudavelmente bem disposta. O que só acentua a crueldade!
Notável a capacidade do meu Amigo ao comparar esta comédia revisteira à portuguesa com a tragédia grega.
Creio que chave populista destas medidas é a ilusão fiscal que cria no contribuinte. Aumentar impostos é, foi e sempre será impopular, desagradável e revoltante. Para quê pôr mais lenha na fogueira? Para quê abrir a secção internacional da imprensa mundial com motins nas ruas de Lisboa? A ideia foi: vamos diminuir os benefícios fiscais, não dar aumentos reais de poder de compra à FP, etc. Mas "subir os impostos" é que nem pensar.
O PEC não os aumenta directamente, antes por outras vias que não são de imediato visíveis por quem paga.
Vamos ver quem cai no conto da carochinha.
Caro jotaC.
Essa é mesmo bem ilustrativa!...
Caro JBDias:
Já nem me lembrava dessa...
Cara Fénix:
Esta democracia pode ser má, muito má, e às vezes muito má...mas o que acontece é que ainda não se descobriu regime melhor...
Churchill continua a ter razão.
Caro Ferreira de Almeida:
O meu amigo vai brincando comigo...aí de forma brilhante, claro está!...
Mas fico sucumbido quando prevê o fim de uma, que chama, das minhas habilidades. Não é que a tenha. Mas, se ma atribui e de imediato ma tira, sou capaz de ficar traumatizado para a vida...
Caro Luís Pereira:
A questãoé que já cansa ouvir dizer que o preto é branco e o branco é preto...
Os gregos são dotados para a tragédia mas levam muito a peito que façam pouco deles. Nós somos mais do fado.
E temos cada fadista...
Meu caro Pinho Cardão, eu não brinco com o meu Amigo. Pelo contrário, escrevo a sério quando refiro que o seu ponto de vista está brilhantemente exposto. O meu caro é que brinca quando se substitui aos que prenunciaram o fim da História e aqui anuncia o fim da filosofia mesmo tendo nós adquirido o passe de Sócrates, um conhecido craque da corrente negacionista.
E quando entendo por enquanto impagável o seu humor fino, é porque antecipo que com os espiões da situação que por aqui espreitam, não faltará muito tempo que o Min. das Finanças saiba dele, do seu alto valor acrescentado, e lance sobre ele um impostozito para equilibrar as contas.
Argumentação sempre pronta...
Asfixia fiscal?
Não lhes dê ideias,não lhes dê ideias, caro Ferreira de Almeida...
Caro Dr. Pinho Cardão
Agradeço a resposta "politicamente correcta" ao m/ comentário. Considero pois que quando V.Exª se refere a "esta democracia" se está a referir à que vivemos no n/ país e que é a Representativa! Ora presumo que a Participativa também será Democracia e era esse o meu ponto...
Mas compreendo, e prometo não lhe causar mais constrangimentos com as m/ questões!
Com todo o respeito.
Fenix
Ora essa, cara Fénix, não constrange nada.
O que respondi é o que penso. Raras vezes corresponde ao politicamente correcto. Se foi agora...pois que hei-de fazer?
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