Na 5ª feira passada, eu e mais quatro convidados visitámos uma empresa, onde reunimos com a Administração, visitámos a fábrica e almoçámos. No fim, fomos presenteados com uma caneta cuja marca não consigo vislumbrar, um porta-chaves normal e um porta-chaves com lâmpada embutida, tudo metido dentro de um saco de pano com o nome da empresa gravado. Por mero acaso, e como muitas vezes acontece em visitas como essa, não estava entre os presentes nenhum político, por exemplo, Ministro, Presidente da Câmara ou Vereador, nem funcionário público, por exemplo, do Instituto de Emprego.
Porque, caso estivessem presentes e aceitassem, a oferta equivaleria a suborno e, de imediato, significaria crime. Apanhados em flagrante delito por qualquer denúncia anónima, seriam logo convidados a ver o sol aos quadradinhos...
Feliz sou eu por não ser político nem funcionário. E posso perceber o desnorte dos Deputados do Partido Socialista: impedidos de receber relógios, agendas e calendários, não têm noção do tempo e do lugar, nem sabem a quantas andam...
3 comentários:
Será que é assim tão difícil encontrar-se um meio termo em Portugal? Ou oito ou oitenta!
Já que vão fazer mais uma lei, vejam antes a alínea j) do n.º 1 do artigo 18º do Estatuto Disciplinar aprovado pela Lei n.º 58/2008, de 9 de Setembro.
Pelo menos podem reutilizar o texto...
Caro Pinho Cardão
Há mais de quinze anos, no pico do "Tangentopoli", nem uma garrafinha de vinho rasca, podia ser oferecido aos "pulcros" funcionários públicos italianos.....
Como vê, nem sequer é novidade.....
É por estas e por outras, que Bismark tem tanta razão:"Errar é estúpido, prefiro aprender com os erros dos outros..."
Cumprimentos
joão
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