Achei muito interessante o projecto "Uma Casa Portuguesa" hoje apresentado no DE. Trata-se de um projecto empreendedor, como explica a jovem empresária responsável, que pretende ser uma montra viva para a divulgação e promoção de produtos portugueses.
Uma Casa Portuguesa é um conceito inovador. Trata-se de uma casa construída e decorada com materiais e produtos totalmente portugueses com o recurso a acordos de parceria com empresas fabricantes nacionais que participam de forma gratuita. A contrapartida do investimento das empresas reside na divulgação e publicidade do seu nome e dos seus produtos incorporados na Casa Portuguesa.
A Casa Portuguesa sendo uma montra de produção nacional, vai ser replicada através de uma rede de turismo rural que será desenvolvida para o efeito, após receber o selo de conformidade "Compro o que é nosso". Está de parabéns a empreendedora deste projecto social que visa estimular os produtos portugueses. A economia agradece...
8 comentários:
Olá Margarida ,
Isso não é a apologia do proteccionismo ?Nós não deveríamos estar a incentivar a casa europeia no lugar de incentivar a casa portuguesa ?
É que realmente temos que produzir... mas para vender fora ..competir com o mercado global ..vender no mercado global.
Apelar agora ao "compro o que é nosso" ..é perigosíssimo.É contribuir para o definhamento.. É o não acreditar !
Os genes dos Portugueses são do mais alto nível ..está provadissimo.Agora ..para que as coisas resultem é necessário que o governo maximize condições de trabalho .Eliminem impostos sobre micro empresas ..criem leis laborais competitivas ..e vão ver como a crise se sublima.
Não existe mercado "por caridade"
Apoiado
No equilíbrio e no bom senso é que está o caminho. Porque não este projecto? A UE assenta na unidade de 27 países, na pluralidade dos valores e da cultura dos seus povos. O medo inicial de se perder a identidade nacional ou da sua diluição com esta União foi rapidamente ultrapassada com a tomada de consciência por todos os parceiros dos valores intrínsecos à sua história e culturas únicas, ou seja, da união de tantos povos não surgiu uma homogeneização cultural mas sim um respeito e uma vontade de mostrar e de conhecer as particularidades de todos, povos, regiões, países. Todos diferentes, um projecto comum.
Mais do que ver portugueses a comprar produtos nacionais, agrada-me sobretudo verificar que, em Inglaterra, encontro gente local a consumir vinho Mateus Rosé. Tal como é bom encontrar sumos Compal em Estocolmo ou café Delta em Espanha. Assim como é reconfortante descobrir que os franceses usam sapatos Miguel Vieira. Do mesmo modo, dá um especial prazer quando se toma conhecimento de que o mármore português é utilizado na Malásia.
O meu desejo é que, noutros países, não estimulem demasiado o consumo de produtos nacionais. Espero que estejam abertos a apreciar aquilo que se produz em Portugal.
Na aldeia global, vigora um princípio básico: “não faças aos outros o que não gostas que te façam a ti”. Se todos preferirem o que é nacional, os produtos portugueses serão esquecidos no estrangeiro.
Por isso, faz-me alguma confusão o apelo nacionalista à preferência por bens portugueses. Somos dez milhões de consumidores, com fraco poder de compra. Não se resolve nada se andarmos só a tentar vender uns aos outros.
Pelo contrário, eu e muitos portugueses optamos amiúde por adquirir produtos estrangeiros, cuja origem é certificada como integrando uma rede de fair trade ou comércio justo.
Em Portugal, o melhor é começarmos a pensar em exportar o que fazemos de melhor. Tenhamos como horizonte o globo terrestre. Trata-se de 7 mil milhões de pessoas a quem podemos vender a nossa produção.
o cimento e o vidro ainda são portugueses e a areia
já o aço nem por isso
uma casa portuguesa só era possível há 50 anos necessita de muita massa para trabalhos de manutenção
Ó Margarida ,
Então vc não defende o seu ponto de vista ?
Pode sempre alegar ..que claro ..antes de exportar a Compal vendeu no mercado interno ..e como ela muitas outras ..
Normalmente se começa pequeno ..e se não consegue vender no mercado interno dificilmente exportará ..
Pode sempre alegar que é mais fácil e menos exigente começar pelo mercado interno ..
Enfim ..pode sempre defender o seu ponto de vista ..né ? ;-)
Caro Caboclo
Porque razão não haveria de concordar na promoção do que é português, cá dentro e lá fora, que tem qualidade, que é bom? E porque razão o que é português não há-de ser conhecido cá dentro? Não é uma questão de proteccionismo.
Veja por exemplo o caso do turismo. Gosto de fazer viagens ao estrangeiro, mas também gosto de fazer turismo cá dentro. Porque não havemos de conhecer o nosso próprio país? Temos muita coisa bonita para ver e há uma oferta variada e de muita qualidade.
A Cara Paula diz uma verdade muito acertada, que "no equilíbrio e no bom senso é que está o caminho".
Caríssima Margarida ,
Uma coisa é promover ..outra é defender abertamente o proteccionismo ..e foi isso que vc fez .
O proteccionismo é a pior coisa que vc pode defender ..é como manter o filho debaixo da saia da mãe ..ele vai ser um zé melado para sempre ..
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