Paulo Portas está contra a privatização da RTP. Diz que o mercado publicitário não aguenta mais um canal.
Faz-me impressão este tipo de argumento retrógado que, no fundo, retoma a ideia do Estado protector da iniciativa privada: o Estado é que sabe o que convém ou não convém ao investimento privado. E quando convém.
Faz-me impressão e faz-me lembrar os tempos passados da abertura da televisão aos privados, em que o argumento aduzido era exactamente o mesmo.
Mal do Governo, que ainda não deu os primeiros passos, se quiser governar o país com ideias tão insensatas. Deixe os eventuais interessados escolher. Deixe-se de proteccionismos sem senso nem substância.
Faz-me impressão este tipo de argumento retrógado que, no fundo, retoma a ideia do Estado protector da iniciativa privada: o Estado é que sabe o que convém ou não convém ao investimento privado. E quando convém.
Faz-me impressão e faz-me lembrar os tempos passados da abertura da televisão aos privados, em que o argumento aduzido era exactamente o mesmo.
Mal do Governo, que ainda não deu os primeiros passos, se quiser governar o país com ideias tão insensatas. Deixe os eventuais interessados escolher. Deixe-se de proteccionismos sem senso nem substância.
PS: A fonte da notícia foi o jornal Expresso, diz o Jornal de Negócios
6 comentários:
Inteiramente de acordo.
Se não há mercado para tanto canal é porque há canais a mais.
O serviço público (o que é isso?) pode ser (deve ser)emitido pelos canais privados em tempos negociados pelo governo como parte das contrapartidas das concessões.
Passos Coelho (ou o PSD?) pretende privatizar um canal. Não faz sentido nenhum. Deve privatizar tudo!
Quem quer canais privados, paga-os. Quem quer canais públicos, que se aguente com a publicidade.
Já agora: Por RTP deve também entender-se o conjunto dos actuais canais de rádio públicos.
«o mercado publicitário não aguenta mais um canal» - Portas.
Ou como um dos políticos mais políticos do sistema,
aparece agora transformado em especialista de publicidade.
Ou será isso que ele é?
Sou, de há muito, defensor da integral privatização de todos os canais de televisão e rádio detidos pelo Estado (para além da participação na Lusa). Abordei este tema mais uma vez na sequência da notícia do Expresso. Espero bem, para que uma mais sadia relação com o poder se possa instalar entre nós, que o governo deixe de ter uma "voz do dono" ao seu dispor. Como sempre aconteceu desde que me recordo. Ou seja, desde o tempo do Dr. Ramiro Valadão.
Porque é que nas medidas do MoU não aparece a RTP? Ou os gastos com media?
Sempre foi uma coisa que me fez muita confusão. Se é difícil que isso tenha passado aos "troikos", é porque alguma coisa foi dada em troca para cobrir isso. E não deve ser por causa do Portas...
«Privatize-se tudo, privatize-se o mar, privatize-se a água e o ar, privatize-se a justiça e a lei, privatize-se a nuvem que passa, privatize-se o sonho, sobretudo se for diurno e de olhos abertos. E finalmente, para florão e remate de tanto privatizar, privatizem-se os Estados, entregue-se por uma vez a exploração deles a empresas privadas, mediante concurso internacional. Aí se encontra a salvação do mundo... e, já agora, privatize-se também a .... que os ..... a todos»
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