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segunda-feira, 20 de junho de 2011

Nobre atitude

Fernando Nobre retirou a candidatura a presidente da Assembleia da República e vai ficar como deputado. Nobre atitude.

E muito rasteiro o comportamento de quem não permitiu a eleição do Candidato do partido mais votado e que lidera o Governo. Como sempre o PSD viabilizou.

Contrastes!

11 comentários:

Anónimo disse...

Eu tenho uma interpretação algo diferente. Entendo que AGORA todos se saíram bem (o que nem sempre aconteceu no passado, designadamente com a apresentação de Fernando Nobre para presidente da AR antes de ser eleito).
Saiu-se bem Pedro Passos Coelho pois honrou, até ao fim, a palavra dada. Uma relíquia na vida política, de tão rara esta atitude.
Saíram-se bem os deputados que exerceram o seu direito de escolherem quem, a seu livre juízo e em consciência, melhor se encontra preparado para a função, implicando o exercício do direito de dizer não ao candidato, ainda que as direcções partidárias dissessem sim. Um passo em frente na dignificação do Parlamento que bem precisa dela.
Saiu-se bem Fernando Nobre pois só desistiu quando percebeu que não tinha hipotese de ser o escolhido pela única via admíssivel, isto é, pela escolha livre da maioria exigida dos seus pares. Mas sobretudo por, contrariando o que julgo ter em tempos anunciado, se manter deputado, honrando a confiança dos que nele votaram.
Ao invés dos habituais comentaristas e paineleiros do reino, não vejo aqui derrota para ninguém. Nem para PPC, nem para o próprio. Nem sinto que ao caso deva dar-se a carga dramática quando há outras prioridades, essas sim, sem alternativa fácil.

Bartolomeu disse...

Peço desculpa a ambos os caríssimos autor e comentador, mas, em minha opinião, os únicos que estiveram bem em todo este processo, foram aqueles que votaram contra a eleição de Fernando Nobre. Foram estes os únicos que demonstraram possuir lucidez. O novo primeiro ministro, demonstrou possuir honra, mas não lucidez. O candidato Fernando Nobre, demonstrou não possuir uma, nem outra, depois de ter afirmado que "deputado, nunca!".

Tonibler disse...

Eu, ao contrário do caro JMFA, vejo uma derrota para muita gente. 10 milhões dela.

Porque é que Nobre não era indicado para uma porcaria de um cargo cuja única função executiva é distribuir dinheiros pelos deputados é algo que me choca porque mostra bem ao que os partidos andam. Não tenho particular simpatia pelo Nobre mas esta parece-me mais uma demonstração que, tal como é voz comum, os políticos estão lá para se encher.

E isto parece-me tão evidente como a enorme perda que o país vai ter por Portas, Guedes e companhia lda. não terem respondido pelas trafulhices do passado. Se há coisa que me parece óbvia para este governo é o objectivo "patriótico" Portas.

Wegie disse...

O Parlamento fica mais bem servido com a Assunção Esteves. PPC honrou os seus compromissos. A derrota de Nobre não é do PSD mas da Maçonaria. Ponto final, data e nome.

iv disse...

A derrota de Nobre é a primeira indicação de que o trabalho de PPC vai ser mesmo muito duro, e de que como dizia o Churchil, os nossos opositores estão na bancada da frente, os nossos inimigos estão na nossa bancada.

Pedro disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
João Pais disse...

A julgar pelo post mais recente deste blog, foi a recusa dos deputados (incluindo os do PSD) que permitiu "Uma escolha de primeira"... (à terceira vez)

Será que o seu (bastante lúcido) juízo está a ficar um pouco turvo pela partidarite? Convenhamos, o modo como Nobre chegou a esta situacao é bastante "unortodoxa".

http://arrastao.org/2288137.html

Anthrax disse...

Caro Dr. PC,

Tenho um recado para si: Aquela moça de óculos escuros e com um apelido diferente do standard português, sugerida pelo "menino mau", sou eu. :)

Suzana Toscano disse...

Caro Ferreira de Almeida, admitir sequer que PPC não viesse afinal a propor FN, para evitar uma previsível derrota,é sinal de que já não esperamos nada dos políticos! pela mesma razão, porque tal hipótese não me atravessou o espírito, fico escandalizada quando se considera o cumprimento da palavra dada como uma qualidade rara. Não é, devia ser o normal, o contrário deveria e deverá merecer sempre uma forte censura.Uma das coisas que mais me agradou foi o ar de normalidade com que PPC afirmou que, evidentemente, manteria a sua palavra e que "os portugueses ~esperariam" isso mesmo.De facto, esperavam, e isso é que é o normal.

Agitador disse...

Mas porquê tanto drama
É obvio que PPC quis ganhar votos
É obvio que FN foi para alem do razoável querendo aquele cargo
É obvio que PPC foi surpreendido com tal exigência mas é um homem de palavra
É obvio que a energia que o FN transmite aos demais nem para presidir à associação do bairro
Não vale apenas andarmos à procura da pureza em todos os procedimentos, temos sim de exigir homens de nobre carácter e que os objectivos da defesa de Portugal sejam atingidos

Anónimo disse...

Minha cara Suzana, é verdade que deveríamos ficar escandalizados com a quebra da palavra. Mas tem sido infelizmente este o hábito que tem vestido o monge. Agora estou consigo quando diz que seria escandaloso que PPC se furtasse à palavra dada para evitar que FN não conseguisse a eleição. Também eu não esperava outra atitude e por isso sublinhei que não vejo como se pode dizer que PPC saiu derrotado. Derrotado sairia o seu comportamento fosse o contrário do que foi.