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segunda-feira, 5 de agosto de 2013

O exemplo chinês

Apesar de algum abrandamento, a China continua a crescer, este ano à volta dos 7% a 7,5% por cento. Mas o que não abranda é a capacidade política e a vontade do governo chinês em propiciar o ambiente que faça retornar a um ritmo de crescimento mais elevado. 
Três pilares de mudança foram definidos pelo novo 1º Ministro, Li Keqiang:
1)  Minimização do controlo governamental sobre a actividade económica
2) Encorajamento do investimento privado em instituições financeiras, nomeadamente no desenvolvimento de bancos privados
3) Minimização do investimento público e proibição de estímulos estatais 
Por cá, numa dita economia de mercado, continuamos com um enorme controle governamental, através de um "condicionamento industrial" burocrático que tudo procura impedir; invectivamos as instituições financeiras e culpam-se os Bancos como fautores de todos os males; e voltamos a ver no investimento público a forma de estimular a economia. 
Enquanto a China se afastou de vez do paradigma da economia de direcção central, a cultura prevalecente em Portugal é entregar ao Estado burocrata a condução da actividade económica. 
A China move-se, perspectiva o futuro e não se contenta em crescer 7% ao ano; por cá, nós regredimos e estagnamos. E mantemos o subido gosto por um Estado que zela pelo nosso empobrecimento.  

2 comentários:

Margarida Corrêa de Aguiar disse...

Caro Dr. Pinho Cardão
O caso japonês é também assinalável. Olhemos para o plano de reformas Abenomics, bem articulado e apoiado pelas empresas, que já está a responder positivamente aos objectivos do relançamento da economia. A falta de estratégia e de liderança explicam o nosso fracasso.

Suzana Toscano disse...

Caro Pinho Cardão, a China como exemplo de liberalismo económico parece ironia, não sei como têm evoluído as teses do comité central mas abertura não quer dizer mudança de ideologia, em qualquer caso o nosso centralismo e a presença do Estado na economia portuguesa não podem comparar-se em nada com o modelo chinês, felizmente. E quanto ao crescimento, nós também já tivemos essa fase de crescer a 6% e ainda havia um forte proteccionismo económico...