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segunda-feira, 4 de dezembro de 2006

"Esclerose múltipla"...

Comemora-se hoje, pela primeira vez entre nós, o “Dia Nacional da Pessoa com Esclerose Múltipla”.
Trata-se de uma doença com consequências bastante graves e de evolução, de modo geral, lenta, afectando alguns milhares de compatriotas.
A terapêutica desta afecção é gratuita, mas dispendiosa, a tal ponto que, segundo o presidente da Entidade Reguladora de Saúde, alguns hospitais não deverão estar a aceitar estes casos para pouparem alguns milhares de euros!
Ao ouvir a notícia fiquei chocado com o facto, porque, sendo uma atitude discriminatória, vem levantar algumas dúvidas sobre a “real política na área da saúde”. Importa, face à gravidade da denúncia, saber, concretamente, o que é que se está a passar. Se for verdade, então podemos perguntar: - O que é que o senhor ministro tem a dizer?

3 comentários:

RuiVasco disse...

Não sei que se passa, mas deu-lhes, agora, para embirrar com as Entidades Reguladoras!
Será que as Entidades Reguladoras foram atacadas pela Esclerose Multipla? Pois, poupem-se um Euros e acabe-se com as tais Entidades!...A da Electecidade, a da Comunicação Social , a da Saúde e outras que por aí existam!
Aliás, de imediato propunha a criação de uma Entidade Reguladora Geral, a ERG, para analisar e regular as Entidades Reguladoras!
Este 4R ainda vai salvar este País!

Massano Cardoso disse...

Admitiu pois! Ouvi à hora do almoço e VI no Telejornal às 20.00 h. Uma perfeita loucura. Insanidade? Já não digo nada.

Margarida Corrêa de Aguiar disse...

Caro Professor Massano Cardoso,

A atitude discriminatória que refere, absolutamente intolerável, é o resultado da falta de capacidade de os serviços de saúde prestarem com todo o zelo, como é sua obrigação, em tempo e com os necessários recursos, os serviços de saúde que cada situação exige.
Não são também uma desumanidade as filas de espera para cirurgias críticas e para tratamentos oncológicos? Não são vidas que correm perigo?
Infelizmente acompanhei muito de perto a evolução da esclerose múltipla de uma prima que acabou por morrer, ainda muito nova.
O que testemunhei foi falta de cuidados de saúde e de acompanhamento psicológico e total ausência de assistência ao domicílio para assegurar os mais básicos cuidados – higiene, alimentação, médicos e enfermagem. É preciso não esquecer que as pessoas com esclerose múltipla muito avançada acabam totalmente dependentes. Que apoios é que o Estado presta?
As famílias não têm na maioria dos casos condições para estarem presentes as 24 horas do dia. Precisam muitas vezes de apoio psicológico, atento o sofrimento e cansaço a que se submetem.
É por esta e por outras que não fico convencida quando o Senhor Ministro da Saúde declara que está a fazer história no sistema de saúde, porque os casos que conheço, e são muitos, são verdadeiras tragédias.
Não me digam que o Senhor Ministro não está informado!
E quanto às extraordinárias declarações do Regulador nem faço comentários!