Nas minhas idas a Lisboa, cada vez mais frequentes, devido a uma crescente força centrípeta, lembrando arrogantemente aos pobres cidadãos (da província!) onde se situa a sede do poder, acabo, de vez em quando, por ser convidado para almoçar com simpáticas colaboradoras. Nada de especial, excepto o facto de serem almoços vegetarianos. Na minha qualidade de médico, acabo por ser alvo de atenções especiais (o que não deixa de ser agradável!), mas tenho de ouvir verdadeiras dissertações sobre as múltiplas virtudes dos pratos propostos. Por exemplo quando falam de um determinado tipo de sopa bombardeiam-me com coisas do género: - Vai ver que gosta, e além do mais faz bem ao fígado, ao coração, aos rins, ao colesterol, ao cérebro, olhe faz bem a tudo! Percebe? Está a ver não está, são coisas fabulosas que o senhor doutor tem que saber! Claro que simpática e educadamente vou anuindo com um ligeiro sorriso e um discreto acenar de cabeça. É evidente que, de um modo geral, os produtos vegetais são bons. Por outro lado o excesso de consumo de produtos animais, nomeadamente carnes vermelhas e gorduras saturadas têm sido responsabilizados por inúmeros problemas de saúde, desde certas formas de cancro à aterosclerose.
Há necessidade de modificar certos hábitos, seleccionando certos produtos alimentares e evitar excessos de outros. Enquanto ia a pensar nestas coisas já estava a comer a sopita que, diga-se em abono da verdade, era agradável, embora, reflexamente, começasse a recordar as saborosíssimas sopas com que sempre fui mimoseado. E também são vegetarianas, tirando uma ou outra.
A par destas reflexões, recordei-me de um trabalho publicado numa importante revista médica internacional em que se concluía que os que optaram pelo regime vegetariano, em crianças tinham quocientes de inteligência superiores aos não vegetarianos, e eram mais saudáveis. Talvez, o facto de terem Q.I. mais elevados facilitasse a aquisição de estilos de vida mais saudáveis, nos quais se integra a opção vegetariana que, sendo habitualmente saudável, face a muitas outras opções, evitariam o aparecimento de muitas doenças.
De facto, as minhas acompanhantes apresentam traços inquestionáveis de inteligência superior, corroborando os achados.
Passando ao restante prato com “simulacros” de “carne vegetariana”, cujos nomes e classificações e formas de confeccionar iam debitando com uma força e confiança notáveis, também consegui comer. No entanto, confesso que – quando ingeria os produtos – me perpassou pela mente coisas como torresmos, dobrada, rojões e outras coisas que dispenso de enunciar. O pior foi a bebida. Não quis, naturalmente, pedir algo que pudesse contrariar o ritual e, deste modo, bebi chá. Fiquei tranquilo, embora preferisse beber água ou um vinhito, mas como adoro chá, pensei que não teria problemas. Pois foi! Não gostei daquele chá e não consegui bebê-lo todo. Às tantas deveria ser um chá “apropriado” para acompanhar os alimentos. Não desgostei de todo da refeição, nem passei fome e reconheço naturais virtudes aos vegetais e frutas na alimentação humana. Quanto ao resto, opção vegetariana, acabo por concluir, através do citado estudo, que devo estar uns pontos abaixo dos valores encontrados no Q.I. dos vegetarianos. Não sei se me fazem falta, mas, em contrapartida, ao contribuir pela opção omnívora, propicia-me alguns prazeres gastronómicos que não dispenso. Sem abusos, claro!
Há necessidade de modificar certos hábitos, seleccionando certos produtos alimentares e evitar excessos de outros. Enquanto ia a pensar nestas coisas já estava a comer a sopita que, diga-se em abono da verdade, era agradável, embora, reflexamente, começasse a recordar as saborosíssimas sopas com que sempre fui mimoseado. E também são vegetarianas, tirando uma ou outra.
A par destas reflexões, recordei-me de um trabalho publicado numa importante revista médica internacional em que se concluía que os que optaram pelo regime vegetariano, em crianças tinham quocientes de inteligência superiores aos não vegetarianos, e eram mais saudáveis. Talvez, o facto de terem Q.I. mais elevados facilitasse a aquisição de estilos de vida mais saudáveis, nos quais se integra a opção vegetariana que, sendo habitualmente saudável, face a muitas outras opções, evitariam o aparecimento de muitas doenças.
De facto, as minhas acompanhantes apresentam traços inquestionáveis de inteligência superior, corroborando os achados.
Passando ao restante prato com “simulacros” de “carne vegetariana”, cujos nomes e classificações e formas de confeccionar iam debitando com uma força e confiança notáveis, também consegui comer. No entanto, confesso que – quando ingeria os produtos – me perpassou pela mente coisas como torresmos, dobrada, rojões e outras coisas que dispenso de enunciar. O pior foi a bebida. Não quis, naturalmente, pedir algo que pudesse contrariar o ritual e, deste modo, bebi chá. Fiquei tranquilo, embora preferisse beber água ou um vinhito, mas como adoro chá, pensei que não teria problemas. Pois foi! Não gostei daquele chá e não consegui bebê-lo todo. Às tantas deveria ser um chá “apropriado” para acompanhar os alimentos. Não desgostei de todo da refeição, nem passei fome e reconheço naturais virtudes aos vegetais e frutas na alimentação humana. Quanto ao resto, opção vegetariana, acabo por concluir, através do citado estudo, que devo estar uns pontos abaixo dos valores encontrados no Q.I. dos vegetarianos. Não sei se me fazem falta, mas, em contrapartida, ao contribuir pela opção omnívora, propicia-me alguns prazeres gastronómicos que não dispenso. Sem abusos, claro!
8 comentários:
Há coisas que não consigo entender! Então os vegetarianos com o seu QI superior, não conseguem entender que um cozido á portuguesa, como o que comi hoje, no alto na Serra da Sra do Socorro, ali para os lados de Torres Vedras, não é superior a um crepe ou uma qq coisa vegetariana... ou que a dobrada à portuguesa, que comi como aperitivo, roubado ao prato vizinho, não é superior a qq salada verde, por muito boa que seja! Claro uma sopa de legumes, com feijão, vegetariana, é sempre um encanto de sabor superior, mas se, à lavrador, levar, na cozedura um ossos de um bom porco ou vaca, a "engordurar o caldo" não fica bem melhor?
Confesso que este Mundo é para mim um poço permanente de surpresas! E tenho de confessar, por desagradável que seja, para alguns, : os vegetarianos que conheço, têm sempre um ar, amaraleado ou esverdeado, algo doentio, que me preocupa!
Sem abusos, claro, professor! Mas o meu QI nunca se queixou de uma boa posta mirandesa, ou de um morcela com grelos, entre Trás os Montes e a beira Alta!
Caro RuiVasco
Pela descrição que acabou de fazer, que tal proceder à descrição de um roteiro gastronómico, simples, directo e prático?
Não se inquiete com as consequências epigenéticas de um bom cozido à portuguesa! Ainda podemos encontrar eventuais efeitos benéficos... Quem sabe?
Caro Pinho Cardão´
Pois, pois...
A propósito de boa comida e corro borando as afirmações dos Srs. Massano Cardoso e Rui Vasco, e ainda para todos os que se desloquem ou residam na zona de Lisboa, faço apologia aos "petiscos" gastronómicos do conselho onde resido, Arruda dos Vinhos. No sector dos peixes, podemos deliciar-nos com o polvo à lagareiro, feito no forninho a lenha, acompanhado de saborosas migas, ou o bacalhau com natas, ou assado na brasa, acompanhado da bela batatinha da zona. No sector das carnes, temos a belíssima costeletona de novilho bravo, criado no campo, sem aditivos, as bochechinhas de porco, no forno, com batatinha miuda, enchidos e pãozinho em forno de lenha e para acompanhar e porque estamos numa zona típicamente vinícula, temos à nossa disposição variadíssimos "chás" de parreira. Eu dou preferência aos monocasta, porém, fácilmente se encontram conjugações de castas que ultimamente têm evoluido, de excelentes paladares. Onde? No Fuso, que é sobejamente conhecido, no Nazareth que se encontra situado em frente, no Saloio, que fica na encosta sul. Porém, deixem que opine, a melhor utilização do nosso QI, está no saber comer, conjugando os alimentos, com a bebida, não ultrapassando nuns e noutros os níveis de moderação.
Caro Senhor Pinho Cardão, outras referências de locais onde é servida boa comida, existem tanto no conselho de Arruda, como de Sobral de Mont'Agraço,ou de Alenquer. A 2 passos de Lisboa, temos a oportunidade de encontrar sabores típicos, ambiente calmo e quase despoluido, gentes simples e afáveis. Se me permite, sugiro-lhe um passeio agradável. Almoço no restaurante "A Cudelaria", está localizado na estrada que liga Alenquer a Torres Vedras, sensivelmente a 4 km de Alenquer -convem fazer marcação-Tl. 263719338- em frente a este restaurante, encontra-se a conhecida Quinta de Pancas, que produz excelentes vinhos e que poderá visitar. Depois, poderá retomar a estrada para Alenquer, seguir no sentido de Ota, Abrigada e em seguida, se for apreciador de montanhas, poderá subir Monte Junto. É uma subida fácil e que merecerá a pena, não só pela paisagem que ira apreciar mas tambem porque poderá visitar locais como os famosos poços de gelo e locais de nidificação de aves que dificilmente se encontram no seu habitat natural.
Bom almoço e bom passeio.
Parece-me que já anda por aí alguma "publicidade encapotada"! A ERIDC, Entidade Reguladora Independente Destas Coisas, terá de analisar o assunto!
:)))
Nada disso, caro Rui Vasco, simples partilha de conhecimento, com referências mais ou menos precisas. Isto, para que se deixe margem à descoberta, o que também tem o seu gostinho especial.
Pois é, Sr. Rui Vasco... é por essas e por outras, que devido à proliferação não controlada de pessoas com QI equivalente ao seu, este planeta se encontra no estado em que está!...
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