Verifiquei que houve, durante o período do fim de semana alargado, em que estive ausente, uma animada discussão no 4R sobre a morte de Pinochet.
Mas pouco se falou de Allende. Salvador Allende nasceu em 1908 e concorreu por 4 vezes às eleições presidenciais do Chile, tendo sido derrotado em 1952, 1958 e 1964, tendo ganho as de 1970. Nestas eleições, concorreu como candidato da coligação de esquerda Unidade Popular, um agrupamento formado por socialistas, comunistas, alguns sectores católicos e liberais do partido Radical e do Partido Social Democrata.
Embora sem maioria absoluta, conquistou o primeiro lugar com apenas 36,2% dos votos. Segundo a Constituição Chilena, coube ao Congresso confirmar a eleição, sem o que teria que haver nova consulta popular. Numa atitude de grande espírito democrático, o Congresso confirmou a eleição de Salvador Allende.
Allende, com apenas 36% dos votos, pretendeu destruir o que denominava de predomínio económico imperialista, abrindo caminho para a construção de uma sociedade socialista, embora dissesse que o pretendia fazer em liberdade. Com esse propósito, iniciou nomeadamente a concretização do seu plano de nacionalizações e de reforma agrária.
O processo não correu bem, tendo gerado enorme perda de nível de vida, descontentamento, greves e profunda agitação social.
O resto é conhecido.
É voz corrente que a política de Allende era legitimada pela vontade popular, já que ganhou eleições. Mas tal é um logro e uma completa falsificação da história. Allende quis impor uma “revolução” no Chile, contra a vontade da maioria da população, já que apenas um terço lhe dera o seu apoio. Esta é uma verdade que tem sido escondida.
Escamotear a história e não aprender com ela dá sempre maus resultados.
Mas pouco se falou de Allende. Salvador Allende nasceu em 1908 e concorreu por 4 vezes às eleições presidenciais do Chile, tendo sido derrotado em 1952, 1958 e 1964, tendo ganho as de 1970. Nestas eleições, concorreu como candidato da coligação de esquerda Unidade Popular, um agrupamento formado por socialistas, comunistas, alguns sectores católicos e liberais do partido Radical e do Partido Social Democrata.
Embora sem maioria absoluta, conquistou o primeiro lugar com apenas 36,2% dos votos. Segundo a Constituição Chilena, coube ao Congresso confirmar a eleição, sem o que teria que haver nova consulta popular. Numa atitude de grande espírito democrático, o Congresso confirmou a eleição de Salvador Allende.
Allende, com apenas 36% dos votos, pretendeu destruir o que denominava de predomínio económico imperialista, abrindo caminho para a construção de uma sociedade socialista, embora dissesse que o pretendia fazer em liberdade. Com esse propósito, iniciou nomeadamente a concretização do seu plano de nacionalizações e de reforma agrária.
O processo não correu bem, tendo gerado enorme perda de nível de vida, descontentamento, greves e profunda agitação social.
O resto é conhecido.
É voz corrente que a política de Allende era legitimada pela vontade popular, já que ganhou eleições. Mas tal é um logro e uma completa falsificação da história. Allende quis impor uma “revolução” no Chile, contra a vontade da maioria da população, já que apenas um terço lhe dera o seu apoio. Esta é uma verdade que tem sido escondida.
Escamotear a história e não aprender com ela dá sempre maus resultados.
Mas nada perdoa nem desculpa os crimes de Pinochet.
1 comentário:
Caro Dr. Pinho Cardão,
Apoiado. Muito bem.
Em jeito de balanço, ao enquadramento político, sobejamente debatido e mais ou menos consensual - sem esquecermos, pois, a questão do desempenho de Pinochet quanto a Direitos Humanos – pareceu-me importante ter em mente, como parte objectiva e contabilizável, o espectacular arranque económico do Chile e o seu processo de blindagem financeira, iniciados depois da implantação da ditadura.
Sobre o sistema económico e financeiro chileno, penso que importa verificar como funciona o país e a imensa vantagem que leva sobre o mundo da América Latina. As perspectivas macroeconómicas são muito satisfatórias e a cuidadosa gestão da economia continua a recomendar-se.
Há muito que existe no Chile um forte consenso quanto ao seu exemplar esquema macroeconómico, assente na férrea disciplina orçamental e no regime pré definido da meta da taxa de inflação. Os sucessivos programas governativos chilenos – o que foi iniciado na ditadura – empenhando-se fortemente nas necessidades sociais, focalizam-se na reforma da educação, na inovação e no aperfeiçoamento do sistema financeiro, para garantir o prosseguimento da competividade do país na economia global.
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