Saber porque é que as doenças ocorrem é vital para as combater e prevenir, contribuindo para que possamos viver mais e com qualidade. Dentro das diversas teorias, algumas começam a ter certa relevância não só pelo impacto que possam causar, mas sobretudo, porque na sua essência mexem com determinados valores, explicando muito do inexplicável.
O desenvolvimento intra-uterino é influenciado por muitos factores, nomeadamente alimentares. Mas também o período a seguir ao nascimento é muito vulnerável às condições ambientais. Tanto num caso, como noutro, podem ocorrer modificações na expressão de certos genes (“ligam-se” uns e “desligam-se” outros de acordo com as exigências da situação) que irão acompanhar o indivíduo. A hipótese segundo a qual muitas doenças crónicas têm origem neste período ganha alguma credibilidade. Por exemplo, as pessoas que à nascença tinham pouco peso – condicionado por más condições alimentares durante a gestação – têm mais probabilidade de virem a sofrer, décadas mais tarde, doenças cardiovasculares. Quase que poderíamos afirmar que o tal “ligar e desligar”, à nascença, foi o mais adequado perante a falta de alimentos. Uma forma de adaptação, sensata sem dúvida. Mas com o tempo essa adaptação não será a melhor, sobretudo se o indivíduo for confrontado com a “abundância”. Deste desajustamento sairá alguma desordem que pode materializar-se num risco cardiovascular acrescido. “Misérias uterinas”! No entanto, os problemas não se cingem apenas a aspectos de saúde, estendem-se, também, ao sucesso socioeconómico. Os recém-nascidos menos robustos, que foram gerados em períodos de fome ou de epidemias, revelavam menos probabilidades de ingressarem no ensino superior. Os homens mais tarde auferiam menos proventos, além de serem mais pobres, relativamente aos seus descendentes e outros da mesma geração.
A saúde dos adultos depende, em parte, das condições em que decorrem o desenvolvimento intra-uterino e os primeiros tempos de vida. Mas não se esgota na área da saúde, já que ocorrem sequelas socioeconómicas nada desprezíveis, comprometendo o desenvolvimento de muitos povos onde a fome e as péssimas condições de alimentação e de higiene são uma realidade. As “misérias uterinas” não se esgotam naquele momento, mas prolongam-se no tempo com graves consequências para a saúde das pessoas, e bem-estar das comunidades, comprovando que uma política de boa saúde pré-natal se acompanha, no futuro, de um efeito muito forte em termos de ganhos.
O desenvolvimento intra-uterino é influenciado por muitos factores, nomeadamente alimentares. Mas também o período a seguir ao nascimento é muito vulnerável às condições ambientais. Tanto num caso, como noutro, podem ocorrer modificações na expressão de certos genes (“ligam-se” uns e “desligam-se” outros de acordo com as exigências da situação) que irão acompanhar o indivíduo. A hipótese segundo a qual muitas doenças crónicas têm origem neste período ganha alguma credibilidade. Por exemplo, as pessoas que à nascença tinham pouco peso – condicionado por más condições alimentares durante a gestação – têm mais probabilidade de virem a sofrer, décadas mais tarde, doenças cardiovasculares. Quase que poderíamos afirmar que o tal “ligar e desligar”, à nascença, foi o mais adequado perante a falta de alimentos. Uma forma de adaptação, sensata sem dúvida. Mas com o tempo essa adaptação não será a melhor, sobretudo se o indivíduo for confrontado com a “abundância”. Deste desajustamento sairá alguma desordem que pode materializar-se num risco cardiovascular acrescido. “Misérias uterinas”! No entanto, os problemas não se cingem apenas a aspectos de saúde, estendem-se, também, ao sucesso socioeconómico. Os recém-nascidos menos robustos, que foram gerados em períodos de fome ou de epidemias, revelavam menos probabilidades de ingressarem no ensino superior. Os homens mais tarde auferiam menos proventos, além de serem mais pobres, relativamente aos seus descendentes e outros da mesma geração.
A saúde dos adultos depende, em parte, das condições em que decorrem o desenvolvimento intra-uterino e os primeiros tempos de vida. Mas não se esgota na área da saúde, já que ocorrem sequelas socioeconómicas nada desprezíveis, comprometendo o desenvolvimento de muitos povos onde a fome e as péssimas condições de alimentação e de higiene são uma realidade. As “misérias uterinas” não se esgotam naquele momento, mas prolongam-se no tempo com graves consequências para a saúde das pessoas, e bem-estar das comunidades, comprovando que uma política de boa saúde pré-natal se acompanha, no futuro, de um efeito muito forte em termos de ganhos.
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