Número total de visualizações de páginas

segunda-feira, 16 de junho de 2008

Câmara Clara/Cântico Negro

O programa de Paula Moura Pinheiro, Câmara Clara, transmitido nas noites de domingo na RTP2 é um bálsamo para os sentidos no nauseante panorama da TV actual, transformada numa competição de absurdos e de manifestações de mau gosto entre todas as operadoras (competição onde nenhuma ganha, por mais que se esforce, porque sendo o nível o mesmo o resultado é o sempre o empate).
Um dos momentos de rara excelência aconteceu no programa de ontem: a conversa com Germana Tânger, senhora de clarividentes 88 anos, que diz (não declama!) poesia como poucos dizem, e que ali o demonstrou com um poema de Fernando Pessoa.
Recordou-se outro génio da palavra dita e sentida, João Villaret. Para quem gosta, colhido por aí, na rede, o Cântico Negro de José Régio, dito da forma inolvidável de que Villaret era capaz

4 comentários:

David R. Oliveira disse...

este dito assim sempre foi e será do reino do maravilhoso. Mas, para mim, dito por Villaret o Vida de A. Nobre é de arrepiar, de engolir em seco e ficar com um nó no gargomilo.
David Oliveira

jotaC disse...

Declamado com "alma"...

Jorge Oliveira disse...

Não costumo ver, mas acredito que o programa de Paula Moura Pinheiro tenha virtudes.
Possivelmente mais por ela própria do que por alguns dos convidados.
Com efeito, segundo li no blog Mitos Climáticos (e não tenho razões para duvidar porque conheço bem o autor, o meu colega Rui Moura) no dia 8 de Junho o convidado não deixou boa impressão.
O relato do Rui Moura (atenção, que não vai agradar aos crentes do "aquecimento global") pode ser lido através deste link :

http://mitos-climaticos.blogspot.com/2008/06/filipe-duarte-santos-o-comediante.html

Suzana Toscano disse...

Fabuloso, bela homenagem aos dois.
Sempre que me lembro fico a ouvir a CÂmara Clara/Câmara Escura, é sem dúvida um excelente programa, aprende-se imenso sem dar por isso e quase que nos sentimos interlocutores. Ouvintes, no verdadeiro sentido da palavra.