Iniciando o jogo que em post anterior foi anunciado.
A análise dos Balanços das SADs do Porto, do Benfica e do Sporting referentes ao último ano desportivo permite concluir, e logo em primeiro lugar, que todas as SADs destruíram capital, com a SAD do Benfica à cabeça.
Acumulando prejuízos de 87 milhões de euros, a SAD do Benfica destruiu por completo o capital social accionista de 75 milhões de euros, apresenta um capital próprio negativo de 12 milhões e colocou-se numa situação de "falência técnica".
O mesmo acontece com a SAD do Sporting que, tendo destruído o capital accionista de 42 milhões de euros, soma prejuízos acumulados de 58 milhões de euros, apresenta um capital próprio negativo de 16 milhões de euros e colocou-se também numa situação de "falência técnica".
Não tão negativa se apresenta a situação do FCPorto que, se ainda apresenta capitais próprios positivos de 23 milhões de euros, já destruiu 52 milhões dos 75 milhões de euros do seu capital accionista.
Os Balanços indicam-nos ainda que a SAD que apresenta maior Activo é a do FCPorto, com um valor de 184 milhões de euros, seguindo-se a do Benfica, com 167 milhões e a do Sporting, com 126 milhões de euros. Em matéria de passivos, é o Benfica que apresenta o maior valor, 179 milhões de euros, seguido do FCPorto, com 161 milhões, e do Sporting, com 142 milhões de euros.
Claro que a situação de “falência técnica” referida para o Benfica e o Sporting, embora tenha sentido contabilístico e até económico, não pode ser tomada no seu valor literal, e deve ser interpretada em termos hábeis. Tal só aconteceria quando os valores contabilísticos reproduzissem fielmente os valores reais ou se a “máquina” instalada fosse incapaz de produzir resultados que alterassem radicalmente a situação. No caso, se a generalidade das rubricas deve reproduzir o valor real, o valor do plantel é susceptível de grandes valorizações ou desvalorizações. A concretização, por efeito de alienação dos “passes”, de eventuais valorizações, tem efeitos positivos imediatos nos capitais próprios. Essas alienações com mais-valias constituem, no entanto, acontecimentos futuros e incertos de controle imprevisível.
A análise dos Balanços das SADs do Porto, do Benfica e do Sporting referentes ao último ano desportivo permite concluir, e logo em primeiro lugar, que todas as SADs destruíram capital, com a SAD do Benfica à cabeça.
Acumulando prejuízos de 87 milhões de euros, a SAD do Benfica destruiu por completo o capital social accionista de 75 milhões de euros, apresenta um capital próprio negativo de 12 milhões e colocou-se numa situação de "falência técnica".
O mesmo acontece com a SAD do Sporting que, tendo destruído o capital accionista de 42 milhões de euros, soma prejuízos acumulados de 58 milhões de euros, apresenta um capital próprio negativo de 16 milhões de euros e colocou-se também numa situação de "falência técnica".
Não tão negativa se apresenta a situação do FCPorto que, se ainda apresenta capitais próprios positivos de 23 milhões de euros, já destruiu 52 milhões dos 75 milhões de euros do seu capital accionista.
Os Balanços indicam-nos ainda que a SAD que apresenta maior Activo é a do FCPorto, com um valor de 184 milhões de euros, seguindo-se a do Benfica, com 167 milhões e a do Sporting, com 126 milhões de euros. Em matéria de passivos, é o Benfica que apresenta o maior valor, 179 milhões de euros, seguido do FCPorto, com 161 milhões, e do Sporting, com 142 milhões de euros.
Claro que a situação de “falência técnica” referida para o Benfica e o Sporting, embora tenha sentido contabilístico e até económico, não pode ser tomada no seu valor literal, e deve ser interpretada em termos hábeis. Tal só aconteceria quando os valores contabilísticos reproduzissem fielmente os valores reais ou se a “máquina” instalada fosse incapaz de produzir resultados que alterassem radicalmente a situação. No caso, se a generalidade das rubricas deve reproduzir o valor real, o valor do plantel é susceptível de grandes valorizações ou desvalorizações. A concretização, por efeito de alienação dos “passes”, de eventuais valorizações, tem efeitos positivos imediatos nos capitais próprios. Essas alienações com mais-valias constituem, no entanto, acontecimentos futuros e incertos de controle imprevisível.
O certo é que as SADs dos “três grandes”, e com particular ênfase para as SADs do Benfica e do Sporting, ao terem perdido todo o seu capital, ou mais de metade, a do Porto, encontram-se no âmbito do disposto no artigo 35º do Código das Sociedades Comerciais, sendo obrigadas a repor o montante inicial do capital, através de novas entradas accionistas ou, por exemplo, a reduzi-lo até ao montante dos capitais próprios. Situação esta manifestamente impossível no Benfica e no Sporting, pelo facto de os capitais próprios serem negativos.
Assim, o Benfica pondera repor parte do capital social com a entrega do Estádio da Luz à SAD e o Sporting, entre outras medidas, com a entrega da Academia de Alcochete. O FCPorto, embora preveja que no próximo semestre se encontrará já fora do estabelecido no artigo 35º, pondera uma diminuição do capital próprio.
Assim, o Benfica pondera repor parte do capital social com a entrega do Estádio da Luz à SAD e o Sporting, entre outras medidas, com a entrega da Academia de Alcochete. O FCPorto, embora preveja que no próximo semestre se encontrará já fora do estabelecido no artigo 35º, pondera uma diminuição do capital próprio.
A continuar
7 comentários:
Como é que o FCP pode ter estes resultados financeiros quando:
- é subsidiado por Benfica e Sporting através da OliveDesportos;
- está sempre presente na Liga dos Campeões;
- vende por dezenas de milhões vários jogadores todos os anos?
Caro Fartinho:
O primeiro dos seus argumentos não percebi.
Quanto ao 2º e ao 3º, eles são uma parte importante da explicação para os maus resultados financeiros. Só se pode ser grande na Europa, como o FCPorto, se puder haver uma concorrência mínima na qualidade das equipas em competição. E essa qualidade custa dinheiro. Em investimento e em despesas com o pessoal.
Não seria vendendo jogadores e metendo o dinheiro em caixa que a equipa estaria, de há muitos anos a esta parte, nos primeiros lugares do ranking europeu.Portanto, tem que comprar também e isso custa dinheiro. As mais-valias pagam a qualidade dos atletas. Claro que ERA POSSÍVEL FAZER MELHOR. Eu também gostaria do Porto sem passivo, sem tantos prejuízos acumulados e com a mesma performance. Mas não haverá gestores perfeitos!...
Agora, digo-lhe uma coisa: os rivais em Portugal do FCPorto estão bem pior financeiramente e os êxitos desportivos não se comparam.
Também me dá muitas vezes vontade de criticar a gestão do FCPorto, mas quando penso no que acabei de dizer tenho que concluir que, se considerar essa gestão como má, a dos outros não sei como classificá-la.
Caro Pinho Cardão,
Peço imensa desculpa por só agora esclarecer o primeiro ponto, mas tenho estado com imenso trabalho. Então é assim, o FC Porto recebe uma quantia da OlivesDesportos de difícil explicação. Como pode o terceiro maior clube em audiências televisivas receber muito mais que Benfica (primeiro) e Sporting (segundo), em valores relativos? É por esta razão que afirmo que Benfica e Sporting têm estado a subsidiar o FC Porto através da OliveDesportos. E digo mais, o Estado tem estado a financiar esta empresa através da RTP e como tal a financiar o FC Porto.
NOTA: quero deixar bem claro que acho que o FC Porto não necessita deste dinheiro para vencer, mas não posso deixar de estranhar esta situação por a considerar absurda.
Onde é q o FCP é o terceiro clube em audiências televisivas??
Nos últimos 2 anos (pelo menos) tem estado mais ou menos ao mesmo nível q o slb (os dados são públicos); e as receitas da Olivedesportos são tb da mesma ordem de grandeza.
Enfim, quando não há fantasmas é preciso inventá-los.
Onde é q o FCP é o terceiro clube em audiências televisivas??
Nos últimos 2 anos (pelo menos) tem estado mais ou menos ao mesmo nível q o slb (os dados são públicos); e as receitas da Olivedesportos são tb da mesma ordem de grandeza.
Enfim, quando não há fantasmas é preciso inventá-los.
Caro Fartinho da Silva:
Não sei se é exactamente ou aproximadamente como diz, no que respeita a audiências, desconfio que não, mas tentarei apurar.
De qualquer forma, qualquer negociação depende do poder de mercado e do poder de negociação.
Pode o poder de mercado ser alto, mas o poder de negociação ser baixo. E depois da denúncia que o Benfica fez do contrato e dos problemas em Tribunal o poder de negociação do Benfica era baixo. Por outro lado, as datas dos contratos não são coincidentes.
Assim,ninguém subsidia ninguém. E se o do FCPorto for melhor que o do Benfica, não me levará a mal que me congratule pelo facto.
Caro José Rodrigues:
Pois muitos êxitos para a Reflexão Portista.
Sou um visitante assíduo!...
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