Temos tido notícias,
e conhecemos casos que nos são mais ou menos próximos, de que há alunos do
ensino superior que por falta de dinheiro são forçados a desistir ou que não
podem progredir nos estudos. É injusto que alunos talentosos,
estudiosos e empenhados em aprender sejam barrados, pura e
simplesmente, nos estudos por motivos de condição económica. É
muito negativo um jovem sofrer tão rude golpe e não é menos traumática a
impotência com que muitos se confrontam para dar a volta ao problema. Mas é também muito mau
para o país desperdiçar jovens com capacidade para ir mais longe na sua
formação.
Tenho a percepção de que estão a aumentar os casos de alunos que precisam de apoio financeiro. Também tenho a percepção que no sistema público os apoios não são suficientes e que estão a aumentar os casos que ficam pelo caminho.
Precisamos de aproveitar ao máximo o talento dos jovens, em especial daqueles que se esforçam por obter bons resultados e que não querem desistir. Se por um lado, a lei tem vindo a aumentar a escolaridade obrigatória, por outro lado, temos alunos que tendo capacidade de progredir são confrontados com a impossibilidade de o fazer não por inaptidão ou por falta de empenho mas por razões de natureza económica.
Queremos ser melhores, proclamamos esta necessidade todos os dias, queremos ser empreendedores e inovadores e competir no mercado global. Ora, é justamente nos jovens que temos que depositar uma boa fatia da esperança, são eles que têm mais energia, mais força para transformar e mais tempo para vencer.
É, por isso, louvável a campanha da Universidade Católica do Porto, porventura existem outras do género, de angariação de fundos junto de particulares e empresas com o objectivo de apoiar o pagamento de propinas de alunos com talento, evitando que desistam por razões estritamente financeiras. Assim a sociedade civil saiba corresponder. Estou em crer que sim, há responsabilidade e solidariedade para ajudar quem precisa e merece uma oportunidade. Também se trata de ajudar o país…
Tenho a percepção de que estão a aumentar os casos de alunos que precisam de apoio financeiro. Também tenho a percepção que no sistema público os apoios não são suficientes e que estão a aumentar os casos que ficam pelo caminho.
Precisamos de aproveitar ao máximo o talento dos jovens, em especial daqueles que se esforçam por obter bons resultados e que não querem desistir. Se por um lado, a lei tem vindo a aumentar a escolaridade obrigatória, por outro lado, temos alunos que tendo capacidade de progredir são confrontados com a impossibilidade de o fazer não por inaptidão ou por falta de empenho mas por razões de natureza económica.
Queremos ser melhores, proclamamos esta necessidade todos os dias, queremos ser empreendedores e inovadores e competir no mercado global. Ora, é justamente nos jovens que temos que depositar uma boa fatia da esperança, são eles que têm mais energia, mais força para transformar e mais tempo para vencer.
É, por isso, louvável a campanha da Universidade Católica do Porto, porventura existem outras do género, de angariação de fundos junto de particulares e empresas com o objectivo de apoiar o pagamento de propinas de alunos com talento, evitando que desistam por razões estritamente financeiras. Assim a sociedade civil saiba corresponder. Estou em crer que sim, há responsabilidade e solidariedade para ajudar quem precisa e merece uma oportunidade. Também se trata de ajudar o país…
7 comentários:
Cara Margarida,
Mais um aspecto em que a U.C.P. se afirma como uma Escola de vanguarda...não vai pdeinchar dinheiro ao Estado - que de resto nos últimos anos tem sido hostil em relação à U.C.P.- mas procura ajudar os cidadãos recorrendo às capacidades ainda disponíveis da sociedade civil.
Resta saber por quanto tempo a sociedade civil terá forças para resolver estes problemas, defrontada com um Estado insaciável, que não desarma de sugar os cidadãos até ao limite, utilizando para isso todos os meios...como agora vimos com este inverosímil acórdão do T.C., emitido em quadro de evidente conflito de interesses).
Mas também os alunos devem fazer alguma coisa por si. Existem procedimentos de financiamento bancário para o investimento pessoal num curso superior. É uma via a seguir, nomeadamente por aqueles alunos cujas famílias têm dificuldades , mas não ao nível de permitir acesso às bolsas ou subsídios. Acontece que estamos muito habituados a que o estado tudo resolva.
Cara Margarida, parece-me que esta reflexão deveria começar por outro ponto que é a racionalização dos apoios prestados pelo estado. É que é muito diferente o estado apoiar estudantes de engenharias, medicina ou economia e apoiar estudantes de inutilidades (ou, como mínimo, caprichos de países ricos). Para lhe ser sincero há uma série de cursos que desde onde vejo a coisa não deviam sequer haver no público. No privado isso é assunto das faculdades privadas, dos seus alunos e dos paizinhos dos alunos.
Isto concordando totalmente também com o comentário do estimado Pinho Cardão.
Haverá certamente limites, Dr. Tavares Moreira. Continuamos sem saber quais serão as funções que estarão reservadas ao Estado no futuro, que modelos regulatório, de funcionamento, de operação e financiamento vamos ter, como se vão combinar as funções públicas com as funções privadas, quem faz o quê, como, quem paga o quê. Estão a ser tomadas muitas medidas para reduzir a despesa nos sectores sociais, mas sem se perceber quais são os modelos.
Caro Dr. Pinho Cardão
A iniciativa em causa não invalida a alternativa do financiamento. Há que ter cuidado com o sobreendividamento, muitos dos alunos com dificuldades económicas pertencem a famílias carenciadas, muitas delas em situação de sobreendividamento e é também preciso olhar para as condições que estão a ser praticadas pelos bancos e se há de facto crédito disponível para financiar propinas. Li há dias que a Faculdade de Arquitectura da Universidade Técnica de Lisboa para resolver o problemas das propinas em dívida decidiu que a forma de dar resposta aos alunos com mais carências era encaminhá-los para o financiamento bancário.
Caro Zuricher
Estou de acordo com a sua chamada de atenção. O Ministério da Educação estabeleceu muito recentemente uma nova metodologia que faz depender as vagas em licenciaturas da sua empregabilidade. Já é alguma coisa (sobre este assunto escrevi aqui: http://quartarepublica.blogspot.pt/2012/06/no-caminho-certo.html).
Para melhorar o estado de espírito geral aconselho o Jornal Boas Notícias!: http://boasnoticias.clix.pt/
Caro Tiago Barbosa
Belíssima sugestão. Estamos a precisar de ter boas notícias e de conhecer as que existem. A notícia da UCP que motivou o meu post veio de lá.
A Fubndação Rocha dos Santos e, agora a EPIS, também concedem bolsas de estudo a alunos que queiram frequentar o ensino superior e tenham mérito para isso, felizmente já há essa demonstração das empresas do valor que se deve atribuir a uma formação qualificada.
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