O ministro da Economia foi vaiado na Covilhã por um grupo de poucas dezenas de trabalhadores e activistas, referiam as notícias do dia. Algumas acrescentavam: afectos à Intersindical.
Produto noticioso primário, sem características para grande distribuição e consumo, considerou a Central de Informação da Intersindical. Pouca rentabilidade para o investimento feito. Haveria que acrescentar-lhe valor para uma distribuição em massa.
O Ministro da Economia foi alvo de uma manifestação popular na Covilhã e vaiado por uma multidão de trabalhadores e sindicalistas, rectificou o critério editorial.
Estava melhor, mas a Central Coordenadora do Critério Jornalístico considerou que o investimento feito ainda assim não dava o retorno desejado. Haveria que afinar o critério editorial, criando novo valor ao produto inicial.
População da Covilhã manifesta-se e vaia o Ministro da Economia, ouvi esta manhã, dois dias passados.
Atingiu-se assim a perfeição do produto estruturado: informação sem facto subjacente. Assim já gera retorno apetecível.
PS: Devido a produtos bancários tóxicos sem activo subjacente, muita gente já foi parar à cadeia. Nos EUA, claro está! Malditos especuladores!
3 comentários:
No momento negro que a vida política e social do país atravessam, aqueles que poderíam ter uma palavra importante a dizer, não o fazem. Pessoalmente, estou convencido que ninguém sabe o que dizer, por não ter a certeza de que aquilo que diga, seja acertado.
Gostei do gesto do Sr. Ministro, apesar de um tanto atabalhoado, demonstrou vontade de dialogar, talvez de esclarecer. Menos bem, apresentou-se o Sr. Autarca. A despropósito, destruiu a intenção, o simbolismo do gesto honesto do Sr. Ministro.
Em resumo; quem se manifestava, não se achava preparado para ser ouvido pelo Ministro, quem recebia, achou-se acima de quem se manifestava e ainda, acima do Ministro.
Um sinal evidente de que, quando quem deve ouvir se dispõe a fazê-lo, quem tem oportunidade de falar, não sabe fazê-lo.
Falta aos portugueses, como já tive oportunidade de referir ha uns dias atrás, cultura cívica.
Ouvi num dos canais de TV, numa daquelas entrevistas em que os jornalistas interrogam outros jornalistas, uma senhora a dizer que para ela o jornalismo não era nem um trabalho nem um emprego e que as escolas que formam jornalistas os enganam com essa ideia de que se trata de uma profissão. Expôs depois longamente o que eu interpretei como um apostolado: a senhora abraçou o jornalismo para mudar o mundo. Há pessoas com sorte...
A especulação está na raiz inversa do autismo político generalizado face ao que sente a cidadania descrente na mentira, ignorância, esbulho, servilismo, facciocismo, ...
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