A RTP logo se apressou a promover a absolvição,
entrevistando o réu condenado, que logo fez a contestação mediática da sentença.
Uma particularidade do nosso "estado de direito" é o estado a que o direito chegou. O supremo juízo e a última palavra nos julgamentos são sempre a dos directores das televisões. A última, e tantas vezes também, a primeira!...
Uma particularidade do nosso "estado de direito" é o estado a que o direito chegou. O supremo juízo e a última palavra nos julgamentos são sempre a dos directores das televisões. A última, e tantas vezes também, a primeira!...
6 comentários:
... e com toda a razão. Quando o juízo não abunda...
Peço desculpa, caro Dr. Pinho Cardão mas, provávelmente, o meu estimado Amigo, não dedicou inteira atenção à notícia.
É que, o t...Tribunal não condenou o Sr. Paco Bandeira; uma pena suspensa e um responso, são dados habitualmente a um puto reguila que anda a fanar ténis numa loja da Decatlon, agora, a um gajo que arreia na mulher e lhe aponta uma fusca à carola, leva-me a concluir que os condenados, somos todos nós, a pagar através dos nossos impostos, a luz, água, telefones, manutenção de edifícios, honorários etc. de uma quantidade de gente, para representar uma comédia.
Isto faz-me lembrar aquela paródia do "Pintinho Piu".
http://www.youtube.com/watch?v=N4-UMfLjXlA
... e o estado, também, a que chegaram as televisões...
De facto concordo plenamente que a mediatização da justiça e suas sentenças, com as opiniões avulsas de populares a serem recorrentemente mais destacadas e valorizadas que os resultados efectivos dos julgamentos...só pode resultar num cada vez maior descredito das instituições! (no caso a Justiça)
Se a isto juntarmos a "comercialização dos media", com o voraz enfoque nas audiencias que garantem financiamento publicitário, facilmente concluimos que os principios e coerencia de conteudos se subjugam ás necessidades de facturação.
É de facto um caminho a passos largos para o nivelamento por baixo, e um esquecer de principios, eticas e deontologias.
No entanto, isto é cada vez mais o reflexo de um descredito que o comum dos mortais, tem para com as Instuições e os seus Representantes...
...que outrora "carregavam" com sigo capitais de confiança e legitimação publica e universalmente aceites, suportados por carreiras e percursos determinados, conhecidos e de exigencia a toda a prova.
Ora, hoje em dia, vivemos uma epoca onde os comuns mortais confiam cada vez menos nas Instituições, e duvidam cada vez mais da sua legitimação (não a formal, mas a intrinseca!).
E é aqui que entra a necessidade de voltar a dar legitimidade e credibilidade ás Instituições, que julgo só se irá obter, quando os seus representantes forem dignas dessa mesma credinbilidade e honradez, a toda a prova...
algo que pelos exemplos recentes, desta e das anteriores legislaturas, está cada vez mais longincuo!
P.S - espero ter acertado no tema ,o) !
Caríssimo Pedro:
Oh, caro Pedro! Eu não disse que o meu amigo ainda iria deixar o campo ao lado, entar no jogo, e chutar à baliza?
Pois foi mais depressa do que eu pensava! E logo na primeira jogada a meter golo. Graaaaande golo!
E excelente contribuição para o 4R.
O problema é que os jornalistas e a populaça reinante não quer perceber uma sentença: não as lêem. Abunda o bitaite.
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