... como todos consideram que os senhores conselheiros do Tribunal
Constitucional são pressionáveis. Mais surpreendente só o facto de esse sentimento que une governo, oposição e opinion makers ser encarado com toda a naturalidade...
Estou de acordo com o espanto. Eles são verdadeiramente impressionáveis face ao exterior. Mas impressionam-se deveras quanto aos efeitos no seu foro interno da legislação que validam e dão conta óbvia dessa impressão nos doutos acórdãos constitucionais que proferem. Não vão eles impressionar negativamente a sua pacífica vida constitucional.
Acho que o que é encarado com naturalidade é substancialmente mais grave, que os juízes decidem a favor de interesses próprios, nem sequer é a pressões no abstracto...
Concordo consigo, Zé Mário, mas creio que faz parte das nossas ideossincrasias recusar qualquer possibilidade de independência e de critério objectivo da parte de quem tem o encargo de fazer de fiel da balança, sempre é uma forma de não darmos o braço a torcer quando se decide de forma contrária à que nos convinha mais em cada momento. Faz parte dos espinhos da tarefa dos juízes do TC, também não foram escolhidos para agradar a ninguém mas para cumprir o seu dever.
Penso que esta pressão sobre o TC é uma vingança muito antiga. Lembremos que, segundo estas ideias, quando Sócrates disse que se demitia se o PEC IV não fosse aprovado, estava a pressionar a AR. Por acaso nesse altura a Comunicação Social não referiu esse pressão.
4 comentários:
Estou de acordo com o espanto. Eles são verdadeiramente impressionáveis face ao exterior.
Mas impressionam-se deveras quanto aos efeitos no seu foro interno da legislação que validam e dão conta óbvia dessa impressão nos doutos acórdãos constitucionais que proferem. Não vão eles impressionar negativamente a sua pacífica vida constitucional.
Acho que o que é encarado com naturalidade é substancialmente mais grave, que os juízes decidem a favor de interesses próprios, nem sequer é a pressões no abstracto...
Concordo consigo, Zé Mário, mas creio que faz parte das nossas ideossincrasias recusar qualquer possibilidade de independência e de critério objectivo da parte de quem tem o encargo de fazer de fiel da balança, sempre é uma forma de não darmos o braço a torcer quando se decide de forma contrária à que nos convinha mais em cada momento. Faz parte dos espinhos da tarefa dos juízes do TC, também não foram escolhidos para agradar a ninguém mas para cumprir o seu dever.
Penso que esta pressão sobre o TC é uma vingança muito antiga. Lembremos que, segundo estas ideias, quando Sócrates disse que se demitia se o PEC IV não fosse aprovado, estava a pressionar a AR. Por acaso nesse altura a Comunicação Social não referiu esse pressão.
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