O que acontece quando se combinam más politicas, maus governantes e péssimos economistas? Uma mortandade em grande escala!
Já tive oportunidade, no ano passado, de falar sobre o síndroma do status. Agora, a O.M.S. revela que o efeito “tóxico” daquela associação é devastadora.
A injustiça social é um factor muito importante para explicar muito do sofrimento e morte dos seres humanos, numa escala verdadeiramente dramática. Mata mesmo, sendo perfeitamente evitável tantas mortes.
Andam os responsáveis e as autoridades muito preocupados com o cancro, com a sida, com a diabetes, com a obesidade, com as doenças cardiovasculares, com as toxicodependências, entre outras, quando muitas das doenças não são mais do que diferentes “outcomes” das mesmas causas!
Hoje, no The Independent, um artigo assinado por James Macintyre aborda este assunto. Merece ser lido, porque obriga-nos a reflectir.
É preciso ir às raízes dos problemas...
Já tive oportunidade, no ano passado, de falar sobre o síndroma do status. Agora, a O.M.S. revela que o efeito “tóxico” daquela associação é devastadora.
A injustiça social é um factor muito importante para explicar muito do sofrimento e morte dos seres humanos, numa escala verdadeiramente dramática. Mata mesmo, sendo perfeitamente evitável tantas mortes.
Andam os responsáveis e as autoridades muito preocupados com o cancro, com a sida, com a diabetes, com a obesidade, com as doenças cardiovasculares, com as toxicodependências, entre outras, quando muitas das doenças não são mais do que diferentes “outcomes” das mesmas causas!
Hoje, no The Independent, um artigo assinado por James Macintyre aborda este assunto. Merece ser lido, porque obriga-nos a reflectir.
É preciso ir às raízes dos problemas...
6 comentários:
Caro Massana Cardoso,
O relatório está disponível aqui:
http://www.who.int/mediacentre/news/releases/2008/pr29/en/index.html
Entretanto fiquei com uma dúvida sobre outro tema. Já leu o artigo de hoje no Público de Correia de Campos criticando a posição do Presidente sobre a lei do divórcio?
Confesso que fiquei confuso, pois aqui estão duas "pessoas" (uma é em todo o rigor uma instituição), pelas quais tenho grande consideração, a dizerem o contrário uma da outra.
Cumprimentos,
Paulo
Caro Paulo
Obrigado pela informação. É um relatório que vai ser muito útil para efeitos académicos.
Quanto ao artigo confesso que não li, mas ainda vou procurar.
Cumprimentos
Caro Professor:
Não creio que possa meter no mesmo saco de culpados governantes e economistas, a não ser que estes últimos sejam governantes...
Mas aí também teria que meter sociólogos, psicólogos, médicos, físicos, engenheiros e engenheiros técnicos, enfermeiros, operários, soldados e camponeses.
A última escolha pertence aos políticos e eles são os responsáveis.
Vá lá, desta vez ficaram de fora os advogados...
Meus caros amigos
Eu compreendo a vossa reacção. Qualquer profissão exerce a sua acção nas demais. É mais do que evidente. Acontece que certas linhas de acção, nomeadamente as de cariz político e económico são, sem qualquer sombra de dúvida, as principais determinantes do bem-estar social, o qual, naturalmente, se repercute na saúde das pessoas. Sendo assim, continuo a afirmar que as principais causas das doenças e dos factores determinantes da saúde são consequências de “maus políticos e maus economistas” e de “bons políticos e bons economistas”, respectivamente.
Desde há longos anos que venho a afirmar que as “causas” de doenças e de morte são devidos a muitos factores, dentro dos quais se destacam a condução política e económica de um povo.
A toxicidade de uma má política e de uma má economia é muito perigosa para a saúde. Quanto aos intervenientes? Na política aparece de tudo, médicos, juristas, economistas, professores, engenheiros, sociólogos, psicólogos, metalúrgicos, estudantes, “sem-profissão”, etc. Na economia, bom, aqui o mundo é muito mais restrito, mas também mais complexo...
É sem dúvida importante "centrar"as questões de vez em quando, para não se perder a noção do que é determinante e do que é acidental. No entanto,muito se tem evoluido quer no campo do combate às desigualdades quer no campo da melhoria da qualidade de vida das pessoas, ao ponto de a longevidade ser hoje um enorme problema, da facgtura da saúde ser galopantemente crescente, do investimento em prevenção de doenças, condições sanitárias, ambiente e educação ser incomparavelmente maior do que há poucas décadas. Em compensação, o poderio bélico da Europa, a mais avançada nestas áreas, foi sendo sucessivamente reduzido, como prova das prioridades escolhidas. Por isso, também não me parece que se possa acusar assim tanto de incompetência generalizada os políticos (e todos os profissionais que, se uma forma ou de outra, se metem no processo de decisão). Há medida que evoluimos nessa qualidade e na sensibilidade e consciência social, também se torna mais intolerável ver o que falta fazer, já não nos conformamos e além disso já não olhamos sópara o quadradinho nacional, é o mundo que está em análise, milhões e milhões de crianças subnutridas, milhões e milhões de pobres, analfabetos, etc. É de salientar que os casos mais dramáticos resultam da guerra, em países ainda por cima muito ricos em matérias primas. E, não sendo possível eliminar as causas, ao menos vamos investido no combate às consequências, tratando e investigando as formas de tratar as doenças. Acredito que se pode melhorar, a realidade prova-o, mas nunca haverá essa igualdade de oportunidades, o status aí estará sempre, em termos relativos saltará sempre à vista, é como o Menino Jesus a querer transportar o mar com uma concha, para uma covinha na areia...
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