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quarta-feira, 6 de agosto de 2008

“Os homens são tão capazes como as mulheres”...

A discriminação contra as mulheres constituiu uma linha de orientação intencionalmente fabricada e com interesses machistas. Ao longo dos tempos, a Humanidade assistiu a mudanças substanciais desde a serem reconhecidas como tendo alma, passando pelo direito ao voto e fazer “coisas” de homens como o serviço militar.
O Ministro da Defesa, Nuno Severiano Teixeira, obrigou a Marinha a “respeitar o princípio da igualdade entre homens e mulheres a todas as classes e especialidades”. Nem mais!
A discriminação feminina é difícil de compreender. De qualquer modo foi “legitimada” por correntes sociais e religiosas que relegaram as mulheres para um plano inferior.
Não acredito que Deus tenha criado em primeiro lugar Adão e, depois, através de uma costela do mesmo, retirada à má fila, enquanto dormia, ter feito a Eva. Mas é assim que começa o Livro Sagrado. Superioridade masculina à partida. Estou convicto que talvez tenha sido o contrário. Ou seja, a Natureza é por excelência feminina.
Certas obras literárias e científicas destacam a probabilidade de a estirpe humana básica e primordial ser feminina ou caminhar nesse sentido. O geneticista britânico, Steve Jones, escreveu, há algum tempo, um livro sobre a decadência do cromossoma Y. Uma chatice! Veja-se o que o autor chegou a afirmar: “A masculinidade é um processo que está sempre em decadência. Se olharmos a posição actual dos homens e das mulheres, não só social como emocionalmente, mas também biologicamente, verificamos que os homens se estão a sair muito pior do que antes.
Claro que os machos da espécie humana não vão desaparecer. Quando os machos aparecem na Natureza é muito difícil livrar-se deles. Acontece que algumas espécies podem feminizar-se, caso de alguns répteis ou anfíbios, mas não vão longe! Bom, podemos estar sossegados, não vão desaparecer os machos, embora possam ficar sem o Y. Os pássaros não têm o cromossoma Y e os crocodilos também não. Que raio de machos humanos irão surgir? Uma mistura de “pássaro e de crocodilo”?! Não importa!
Voltando aos primórdios da criação, Doris Lessing, Prémio Nobel da Literatura, em 2007, escreveu, nesse mesmo ano, a obra “A Fenda”. A autora justifica-a com a leitura de um artigo científico que defende a teoria de que os primeiros seres humanos terem sido mulheres. A partir daqui, numa narrativa ultra interessante, descreve o que acontece quando, numa comunidade apenas de mulheres, que controlam a natalidade e só têm filhos do sexo feminino, nasce o “Monstro”, um rapaz. Lá para o fim do livro, e após muitas “eras”, arranjaram maneira de se entenderem, as “fendas” e os “monstros”, também apodados de “esguichos”...
A frase: “As mulheres são tão capazes como os homens” da deputada do PS, Maria Carrilho, que li, a propósito da notícia sobre o fim da discriminação das mulheres no acesso aos Fuzileiros, deveria ser acompanhada de outra: “Os homens são tão capazes como as mulheres” com ou sem o cromossoma Y...
Esperemos!

3 comentários:

Tonibler disse...

Bem..., há aquela coisa dos pilares dos parques de estacionamento...., e do fora de jogo..., e a matemática....,e...





.... mas tirando isso...

Bartolomeu disse...

e... a seguir à matemática, caro Toni ? fiquei curiosíssimo, sou pouco intuitivo...
;))
"The Cleft"
Já os monges guerreiros que defendiam os lugares santos, conheciam um reino que descreveviam como sendo de amazonas, mulheres-guerreiras que viviam precisamente num vale inacessível, mas de vegetação luxuriante, em pleno coração do deserto. Eram auto-suficientes possuiam uma organização militar "espartana" e não permitiam o acesso qualquer estranho. A magia que era utilizada para dar origem ao nascimento de crianças, mesmo que só do sexo feminino, é que ultrapassa completamente o meu entendimento... mas pronto... chego-me à teoria do caro Tonibler e faço fé nas formulas matemáticas...

jotaC disse...

Caro Professor Massano Cardoso
Pois, se calhar até são iguais…
Há dias fui convidado por ir almoçar à messe de um quartel. Às tantas reparei que havia algumas mulheres militares e comentei com o meu anfitrião, que assim é que era bom, enquanto esperava pela guerra convivia com mulheres etc., enfim, conversa da treta, enquanto esperava que servissem. Bem…o homem ficou fora de si e disse-me: -Acha bem haver mulheres na tropa!? Pois eu não acho nada bem!. Olhe…se você fosse militar e tivesse que passar a ronda às camaratas, de certeza que não ia gostar de ver as barbies destas “gajas” em cima das camas!… A Sério!? Trazem as bonecas para o quartel, disse eu! Claro que é a sério!
Bem, de facto não há mal nenhum em levar as bonecas ou os ursinhos de peluche para o quartel… Mas se houver um referendo voto em branco…