"Quem me quiser apoiar livremente que o faça, mas não vou sentar-me à mesa de negociações com ninguém. Quero manter a nossa autonomia" - Helena Roseta ao DN de 2 de Abril de 2009.
Volvidos três escassos meses, num destes últimos dias Roseta caiu em si. Uma súbita epifania (as epifanias são por definição inesperadas, e então na política...) fê-la ver que o acordo com o PS (o partido que esteve na origem da sua candidatura independente) é agora um imperativo, quiça um desígnio, já que a fragmentação do poder na autarquia nos últimos dois anos comprometeu muitas realizações: "Houve uma data de coisas que não se puderam fazer.". - DN de 17 de Julho de 2009.
A senhora Arquitecta anuncia ainda que se acontecer alguma coisa a Costa (de bom, é o que aqui desejamos) que o afaste da presidência da Câmara caso seja eleito, que não, que nunca irá ocupar o seu lugar e que existe, firme, um "acordo de honra". Tudo por Lisboa a que se dedicam os cidadãos que a apoiam.
O amor a Lisboa faz estes milagres de desprendimento e esvaziamento da ambição pessoal, em primeiro lugar; e de coerência em segundo, mas não menos importante.
Nada que a política feita com amor e exemplar afirmação de princípios não nos tenha já habituado.
7 comentários:
Oh caro Ferreira de Almeida, o amor tem dessas coisas, mas depois vêm as epifanias...
Como o meu Amigo compreende bem o fenómeno, cmonteiro!
Recomendo estes 2 vídeos, o 1º sobre o Terminal de contentores:
http://www.youtube.com/watch?v=KXhYH4a9gYY
0 2º sobre o aeroporto, continuará a arquitecta empenhada na defesa de Portela +1?
http://videos.sapo.pt/4asFAghDmHRYSnFIKznj
Políticos, daqueles que não são todos iguais, embora seja cada tiro cada melro....
Caro Ferreira de Almeida,
Também não consigo deixar de pensar na «epifania» que deu à Drª Manuela Ferreira Leite e ao Dr. Pedro Santana Lopes... Não sendo tão diferente, é muito mais arrebatador. Repare que estão envolvidos o Amor e o Ódio, ou ao contrário. O Ódio e o Amor...
A "epifania" do Costa e da Roseta é assim coisa muito mais ligeira, ao nível de um pestanejar de olhos e um sorrisozinho matreiro que só resulta num apalpãozinho ao de leve...
Agora no PSD....
Pois, meu caro cmonteiro, os desígnios dos deuses são mesmo insondáveis.
Sabe-se lá porque razão dão a alguns o dom de ver o que ninguém mais vê...
Ah, eu sabia que era coisa divina. Só os deuses sabem, de facto.
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