Não consigo compreender certas atitudes, nomeadamente de quem exerce altos cargos públicos. Um péssimo exemplo. Não basta pedir desculpas. Deve ser exonerado ou pedir a demissão. É o mínimo que pode fazer.
Tenho pena. Acho que falta mais disto. Grave é roubar, mentir, extorquir, chantagear, tirar dinheiro aos pobres, abusar de posições dominantes,.......e podia continuar por aí fora e que constitui o dia-a-dia do parlamento. Demitir alguém porque fez uns gestos a quem contribui diariamente para aquela lista é uma injustiça.
O homem já fez na sic o balanço da sua prestação no governo, até parecia o calimero... Ah, atenção! Não dá entrevistas e conferências a ninguém! Se calhar também vai jogar golfe como o outro! :)
Está a falar a sério? Eu sei que é grave "roubar, mentir, extorquir, chantagear, tirar dinheiro aos pobres, abusar de posições dominantes,......." Eu sei, como qualquer um. E também sei que quem comete crimes graves devia ir dentro, de preferência durante "150 anos", e quanto a outros crimes menos graves deveriam, no mínimo, ir para a rua. Mas a postura do senhor é, além de lamentável, uma forma de convite a muitos dos crimes que enuncia. Se acha que faz falta comportamentos destes então já não sei o que dizer, pensar e, até, mesmo se deveremos continuar a pugnar por atitudes cívicas e vontade de mudança! Espero que o seu comentário seja uma "brincadeira", que um smile poderia, muito facilmente, explicar o seu verdadeiro sentimento...
caro tonibler quem contribui para a lista que refere tem de ser julgado politicamente através do voto. E não, com gestos obscenos e ordinários de ministros, num espaço que é o símbolo da República e da Democracia: A Assembleia da República, ... ainda por cima, com agravante de estar a ser transmitido em directo, para todos os Portugueses.
Se um Ministro de Estado não respeita um político, ... como podemos exigir que um aluno respeite um Professor ? Ou um doente na relação com o médico ? Ou um filho na relação com o Pai ? Ou um cidadão na relação com uma força de segurança ? (só pra dar alguns exemplos...)
O tonibler só pode estar a brincar ....
É esta casta de políticos que se arrogam à posição de estarem a fazer um favor ao País e aos Portugueses ao aceitarem cargos de governação, que devem desaparecer o mais rapidamente possível do panorama político português. O Povo agradece.
E também não devem posteriormente à demissão assumir funções profissionais que de algum modo possam estar relacionadas com o cargo político que ocuparam. Pelo menos durante alguns anos.
A camarada pézinhos nao tem tomado particular atenção a esse icone da República chamado Alberto João Jardim. Não lhe suscita assim tanta indignação porquê, se já teve gestos e frases mais graves?
Igualmente também não vejo muita indignação quando manifestantes fazem coisas com dedos ao governo...
O país está, genericamente falando, claro, «sonsamente» indignado.
Caro cmonteiro, ainda me há-de explicar essa expressão ... "a camarada pézinhos" .. LOL !... mas por agora, não nos desviemos do "cherne" da questão.
Como cidadã portuguesa exijo dos governantes e representantes políticos do meu País, uma postura de respeito, de grandeza, que seja para nós Portugueses, motivo de Orgulho, e nunca, motivo de vergonha.
Esta notícia abaixo, em nada contribui para a elevação da auto-estima dos Portugueses. What a shame !!!
Não acha o Caro cmonteiro, que dá uma imagem de "bandalheira" do nosso País ?
Ainda por cima e tipo "cereja no bolo", tem este ministro, a distinta lata de dizer que vai passar umas "belíssimas férias" depois de ter envergonhado o País na qualidade de Ministro e ...pior ainda .... no espaço da Assembleia da República.
Quantos portugueses há muito vivem as "férias" tenebrosas do DESEMPREGO, sem qualquer direito a .... "belíssimas férias" ... ?
Um pouco mais de Respeito, por favor .... (ao estilo "vital")
Sobre este gesto, condenável para qualquer pessoa de bem, muito haveria a comentar. Por manifesta falta de tempo deixo aqui somente o registo de que ontem à noite assisti sem surpresa ao exercício de suprema hipocrisia que foi ver e ouvir na televisão um número significativo de habituais malcriados condenar veemente a má-criação.
Ah ah ah... Bem observado, caro DR. José Mário! De qualquer modo o Sr. ex-Ministro tambem foi incompreendido em algumas das suas gaffes, como por exemplo a dos salários baixos que se praticam em Portugal. Quanto a mim a intenção seria atrair o investimento estranjeiro, aumentando a produção e o PIB criando desse modo condições que possibilitassem melhorar os salários...(?) Este gesto do Sr. ex-Ministro (indo um pouco ao encontro daquilo com que o caro Tonibler brinca «só pode, como é obvio caro Sr. Professor MC»), reflecte uma distracção... é que a época tauromáquica está a iniciar-se, vem aí a grande corrida da RTP e, com aquelas "touradas" a que se assiste tão frequentemente às 5ªs-feiras... é fácil que aconteça um momento de distracção...
Como podemos crescer com políticos deste gabarito?
Ontem, mais uma vez, o Parlamento parecia um cruzamento entre a Venezuela e as Honduras...
Cada vez me convenço mais que "houve um erro geológico há alguns milhões de anos atrás quando uma placa tectónica se partiu e foi arrastada até à Península Ibérica. A essa sobra da placa original, foi atribuído o nome Portugal" como diz um grande amigo para explicar as enormes diferenças entre nós e os espanhóis apesar de partilharmos o mesmo espaço geográfico. :)
o exemplo vem de cima. Ministro é ministro. Não tem margem de manobra para a má educação. Em toda e qq situaçao representa o Estado Português e os 10 milhões de portugueses. Não foi mandatado para envergonhar o País, com gestos obscenos. E fazer corninhos na testa é um gesto manifestamente "ordinário".
A relevância mediática internacional dada ao incidente fala por si, quanto à gravidade do gesto do Ministro Manuel Pinho.
Não, não estou a brincar. A valorização que se faz da conversa mole de grande elevação no parlamento leva pessoas à miséria. Dá-se um belo espectáculo parlamentar de assaltos de retórica, mas o resultado é que morrem pessoas nas filas das cirurgias e não há um deputado que chame assassino ao responsável, porque não é "elevado". Amanhã, vamos continuar com grande elevação enquanto vão morrendo mais alguns. Vamos chamar "não muito competente" a alguém que leva dezenas de pessoas à morte, à miséria, à invalidez, à solidão, à ignorância, à...mas, no fim do dia, levamos todos grande elevação para casa.
Se eu gostava que fosse tudo tratado com grande elevação? Claro. Mas se a única coisa que é tratada com elevação é a conversa, acabando os actos por serem matar, roubar, mentir, etc..., então o que faz falta é mesmo "porrada". No dia em que deixarmos de valorizar os vendedores de automóveis usados e passarmos a olhar para os conteúdos, então venha lá a forma. Acredito mesmo que se, há uns anos, houvesse alguém que no parlamento tivesse chamado assassino ou tivesse dado um par de estalos num ministro da saúde, a nossa saúde hoje era muito melhor. Não deveria ser assim? Claro que não. Mas é.
Nisto os coreanos são bons. Há tareia mês sim, mês não, no parlamento, mas têm a melhor educação do mundo, os melhores serviços de saúde do mundo, etc... O objectivo da mudança, não está nos comportamentos, está no bem estar das pessoas, que é essa a causa pública. Se para isso os comportamentos parlamentares tiverem que ser piores, pois sejam. Mas não matem as pessoas pela conversa.
Na semana passada, no Expresso, li um artigo de opinião, onde foi citado o pensamento de Jurgen Habermas. Às páginas tantas reti a seguinta frase: "qualquer orientação verdadeiramente democrática tem de aceitar como racional a discordância (talvez mesmo toda a discordância). Por este motivo o normal não é chegar, sobretudo em certas áreas, caso da política, a consenso. Deste modo, considero como normal a sua discordância à minha posição. E não há volta a dar! Eu não vou alterar em nada o que já afirmei e, no seu caso, pelos vistos também não. Quanto aos problemas e valores de fundo que enunciou, bom, isso é outra coisa. Não sou insensível, antes pelo contrário, mas nada pode justificar a atitude do senhor ex-ministro Manuel Pinho.
Concordo totalmente com o Massano Cardoso e a cara Pezinhos e não resisto a deitar uma acha à conversa com os caros Tonibler e cmonteiro. É que os limites têm que ser fixados em qualquer momento, sob pena de admitirmos cada vez mais só porque já fomos admitindo antes, até aos desrespeito e mesmo desprezo por todos os que se atrevam a entrar na política. E este limite já está muito para além do que devia estar, no caso concreto e como prova o simples facto de um ministro ter tido aquele impulso e ter levado algum tempo até mostrar (não sei se sentiu) arrependimento e ainda mais até ter realizado que o gesto era inaceitável. A questão não é desculpar a estes porque já se viu outros a fazer tão mau ou pior, a questão está em exercermos juízos críticos sobre essas atitudes todas, única forma de, em liberdade, se conterem impulsos ofensivos e agressividades que não ajudam a pensar e a escolher.
Não vou conseguir fazer vencer o argumento de que a atitude do ministro é louvável, obviamente. Até porque não a acho.
Agora que acho que todos os deputados estãoa fazer-se de virgens ofendidas, isso estão, até porque a alguns deles se podem apontar comportamentos bem menos dignos...
E pior, estão a por os interesses partidários acima dos da nação, ao aceitar que o país fique sem um ministro, só para enfraquecer um governo! Um bom ministro, ainda por cima.
Bem pior é a indignação do "cidadão comum" que aceita que durante quatro anos se humilhe dia após dia um primeiro ministro, que trata todos os políticos como lixo, e que dá azo a que ministros façam gestos daqueles, porque acha mais interessante ver o jornal da Moura Guedes à sexta-feira.
O desespero de Manuel Pinho é o desespero de quem vem de fora e tem que aturar todas as humilhações quando podia estar no BES a ganhar o triplo do que ganha, e com menos preocupações.
Os Bernardinos Soares estão aí para tomar todas as pastas de ministros, se não invertermos este caminho de devassa da vida dos politicos e de politiquice baixa.
O meu amigo Tonibler estabelece uma oposição obtusa entre a forma e o conteúdo. Diz que prefere um bom conteúdo, com uma forma grosseira, relativamente a uma forma educada, com um conteúdo perverso. Existem, porém, mais duas hipóteses que parece ter negligenciado, a saber: 1) forma e conteúdo sofríveis, a roçar a indigência humana; 2) forma e conteúdo elevados, num contínuo rumo à excelência. Eu voto na hipótese 2. Qualquer desvio, quer na forma quer no conteúdo, deve ser assinalado e, sempre que possível, corrigido. Quando se degrada uma das componentes do sistema, do comportamento, é certo e sabido que se gera uma espiral negativa que arrasta as demais. O problema é saber onde se deve parar. Talvez à estalada… António Barreto, no seu discurso do dez de Junho, falava do exemplo, do exemplo das “elites”. Eu concordo. É pelo exemplo que conseguiremos influenciar a mudança. O mais é um exercício do absurdo
O caro cmonteiro tem, em parte, razão no que diz. Porém, este ministro não era propriamente virgem em dislates. Antes pelo contrário, militava com grande empenho no desconchavo, na asneira, no apoucamento daqueles de quem discordava. Lembra-se do permanente anúncio de investimentos inconsequentes, lembra-se da cena da farinha mayzena aplicada ao Paulo Rangel... Pois. O saco de boxe é um excelente adversário, não reage. Mas o mundo real não é assim. Quem vai à guerra… Ficam as energias renováveis do lado da boa memória do (ex)ministro Manuel Pinho.
A prática não tem sido a conversa aberta (vamos chamar assim). No entanto, não tem sido por isso que o parlamento é aquilo que é, e podemos inventariar inúmeros actos de grande elevação como, mais recentemente, fazerem um orçamento rectificativo devido à crise em que aumentam as dotações do meu bolso para os respectivos partidos. Devido à crise. Aprovado por unanimidade. Se formos há 10 anos, encontraremos situações semelhantes, tal como há 20 anos. "Cornudo", parece-me elogioso, até.
Por isso, Suzana, pela lógica até pode ter razão. Mas, infelizmente, aquilo que a prática mostra é que as pessoas não melhoraram nada apesar da conversa elevada, pelo contrário.
Elites??? Elite sou eu. Estamos a falar de empregados e representantes que devem comportar-se em função da minha vontade e dos meus interesses, porque que sou eu que pago a festa, e não o contrário.
23 comentários:
As protuberâncias na testa
que patetas tentam aparentar,
qualifica quem os atesta
não merecendo ripostar!
A banda desenhada
é rica em personagens,
na política mal amanhada
fazem-se ignóbeis clonagens!
O pateta é engraçado
pela sua ingenuidade,
mas um político eriçado
perde toda a dignidade.
Epílogo
Perdida a inteligência
e a consciência moral,
é abjecta a intransigência
deste socialismo visceral!
O homem mostrou na matéria a competência que lhe falta em assuntos de natureza um pouquito mais complexa: perfeita ilustração do Princípio de Peter
Tenho pena. Acho que falta mais disto.
Grave é roubar, mentir, extorquir, chantagear, tirar dinheiro aos pobres, abusar de posições dominantes,.......e podia continuar por aí fora e que constitui o dia-a-dia do parlamento. Demitir alguém porque fez uns gestos a quem contribui diariamente para aquela lista é uma injustiça.
O homem já fez na sic o balanço da sua prestação no governo, até parecia o calimero... Ah, atenção! Não dá entrevistas e conferências a ninguém!
Se calhar também vai jogar golfe como o outro!
:)
Tonibler
Está a falar a sério?
Eu sei que é grave "roubar, mentir, extorquir, chantagear, tirar dinheiro aos pobres, abusar de posições dominantes,......." Eu sei, como qualquer um. E também sei que quem comete crimes graves devia ir dentro, de preferência durante "150 anos", e quanto a outros crimes menos graves deveriam, no mínimo, ir para a rua. Mas a postura do senhor é, além de lamentável, uma forma de convite a muitos dos crimes que enuncia. Se acha que faz falta comportamentos destes então já não sei o que dizer, pensar e, até, mesmo se deveremos continuar a pugnar por atitudes cívicas e vontade de mudança!
Espero que o seu comentário seja uma "brincadeira", que um smile poderia, muito facilmente, explicar o seu verdadeiro sentimento...
que é isto ? Já chegámos à Madeira, não ?
caro tonibler quem contribui para a lista que refere tem de ser julgado politicamente através do voto. E não, com gestos obscenos e ordinários de ministros, num espaço que é o símbolo da República e da Democracia: A Assembleia da República, ... ainda por cima, com agravante de estar a ser transmitido em directo, para todos os Portugueses.
Se um Ministro de Estado não respeita um político, ... como podemos exigir que um aluno respeite um Professor ? Ou um doente na relação com o médico ? Ou um filho na relação com o Pai ? Ou um cidadão na relação com uma força de segurança ? (só pra dar alguns exemplos...)
O tonibler só pode estar a brincar ....
É esta casta de políticos que se arrogam à posição de estarem a fazer um favor ao País e aos Portugueses ao aceitarem cargos de governação, que devem desaparecer o mais rapidamente possível do panorama político português. O Povo agradece.
E também não devem posteriormente à demissão assumir funções profissionais que de algum modo possam estar relacionadas com o cargo político que ocuparam. Pelo menos durante alguns anos.
É assim noutros países da Europa.
hoje atingimos o grau zero da política.
correu mal o dia.
ao País.
A camarada pézinhos nao tem tomado particular atenção a esse icone da República chamado Alberto João Jardim. Não lhe suscita assim tanta indignação porquê, se já teve gestos e frases mais graves?
Igualmente também não vejo muita indignação quando manifestantes fazem coisas com dedos ao governo...
O país está, genericamente falando, claro, «sonsamente» indignado.
Caro cmonteiro, ainda me há-de explicar essa expressão ... "a camarada pézinhos" .. LOL !... mas por agora, não nos desviemos do "cherne" da questão.
Como cidadã portuguesa exijo dos governantes e representantes políticos do meu País, uma postura de respeito, de grandeza, que seja para nós Portugueses, motivo de Orgulho, e nunca, motivo de vergonha.
Esta notícia abaixo, em nada contribui para a elevação da auto-estima dos Portugueses. What a shame !!!
http://www.elpais.com/articulo/internacional/Dimite/ministro/portugues/insultar/diputado/elpepuint/20090703elpepiint_10/Tes
Não acha o Caro cmonteiro, que dá uma imagem de "bandalheira" do nosso País ?
Ainda por cima e tipo "cereja no bolo", tem este ministro, a distinta lata de dizer que vai passar umas "belíssimas férias" depois de ter envergonhado o País na qualidade de Ministro e ...pior ainda .... no espaço da Assembleia da República.
Quantos portugueses há muito vivem as "férias" tenebrosas do DESEMPREGO, sem qualquer direito a .... "belíssimas férias" ... ?
Um pouco mais de Respeito, por favor ....
(ao estilo "vital")
Cumprimentos,
(#followfriday - @massanocardoso + @pezinhosnareia)
Sobre este gesto, condenável para qualquer pessoa de bem, muito haveria a comentar.
Por manifesta falta de tempo deixo aqui somente o registo de que ontem à noite assisti sem surpresa ao exercício de suprema hipocrisia que foi ver e ouvir na televisão um número significativo de habituais malcriados condenar veemente a má-criação.
Caro Ferreira de Almeida,
Na mouche!!!
Camarada Pézinhos (fica engraçado),
Olhe, e o ALberto João?...
Olhe, e durante 4 anos a fio andarem a enxovalhar o primeiro-ministro na praça pública?
Olhe, e os insultos (daqueles a sério) dos professores na Avenida da Liberdade?
Olhe, só agora é ficou assim muito indignada?
Que raio, tem uma indignação selectiva, a minha cara.
Ah ah ah...
Bem observado, caro DR. José Mário!
De qualquer modo o Sr. ex-Ministro tambem foi incompreendido em algumas das suas gaffes, como por exemplo a dos salários baixos que se praticam em Portugal. Quanto a mim a intenção seria atrair o investimento estranjeiro, aumentando a produção e o PIB criando desse modo condições que possibilitassem melhorar os salários...(?)
Este gesto do Sr. ex-Ministro (indo um pouco ao encontro daquilo com que o caro Tonibler brinca «só pode, como é obvio caro Sr. Professor MC»), reflecte uma distracção... é que a época tauromáquica está a iniciar-se, vem aí a grande corrida da RTP e, com aquelas "touradas" a que se assiste tão frequentemente às 5ªs-feiras... é fácil que aconteça um momento de distracção...
Como podemos crescer com políticos deste gabarito?
Ontem, mais uma vez, o Parlamento parecia um cruzamento entre a Venezuela e as Honduras...
Cada vez me convenço mais que "houve um erro geológico há alguns milhões de anos atrás quando uma placa tectónica se partiu e foi arrastada até à Península Ibérica. A essa sobra da placa original, foi atribuído o nome Portugal" como diz um grande amigo para explicar as enormes diferenças entre nós e os espanhóis apesar de partilharmos o mesmo espaço geográfico. :)
Bom Dia Caro cmonteiro,
o exemplo vem de cima. Ministro é ministro. Não tem margem de manobra para a má educação. Em toda e qq situaçao representa o Estado Português e os 10 milhões de portugueses. Não foi mandatado para envergonhar o País, com gestos obscenos. E fazer corninhos na testa é um gesto manifestamente "ordinário".
A relevância mediática internacional dada ao incidente fala por si, quanto à gravidade do gesto do Ministro Manuel Pinho.
Aqui: http://ultimahora.publico.clix.pt/noticia.aspx?id=1390058
Até na Ásia ...
http://news.asiaone.com/News/AsiaOne%2BNews/World/Story/A1Story20090703-152398.html
cumprimentos,
Ao fim de tantas horas de "parlapatar", o que resta do Estado da Nação é pura linguagem gestual!
É deprimente.
O problema é portanto uma questão de visibilidade. Tá certo...
Caro prof,
Não, não estou a brincar. A valorização que se faz da conversa mole de grande elevação no parlamento leva pessoas à miséria. Dá-se um belo espectáculo parlamentar de assaltos de retórica, mas o resultado é que morrem pessoas nas filas das cirurgias e não há um deputado que chame assassino ao responsável, porque não é "elevado". Amanhã, vamos continuar com grande elevação enquanto vão morrendo mais alguns. Vamos chamar "não muito competente" a alguém que leva dezenas de pessoas à morte, à miséria, à invalidez, à solidão, à ignorância, à...mas, no fim do dia, levamos todos grande elevação para casa.
Se eu gostava que fosse tudo tratado com grande elevação? Claro. Mas se a única coisa que é tratada com elevação é a conversa, acabando os actos por serem matar, roubar, mentir, etc..., então o que faz falta é mesmo "porrada". No dia em que deixarmos de valorizar os vendedores de automóveis usados e passarmos a olhar para os conteúdos, então venha lá a forma. Acredito mesmo que se, há uns anos, houvesse alguém que no parlamento tivesse chamado assassino ou tivesse dado um par de estalos num ministro da saúde, a nossa saúde hoje era muito melhor. Não deveria ser assim? Claro que não. Mas é.
Nisto os coreanos são bons. Há tareia mês sim, mês não, no parlamento, mas têm a melhor educação do mundo, os melhores serviços de saúde do mundo, etc... O objectivo da mudança, não está nos comportamentos, está no bem estar das pessoas, que é essa a causa pública. Se para isso os comportamentos parlamentares tiverem que ser piores, pois sejam. Mas não matem as pessoas pela conversa.
Bem sei que não concordamos nisto, mas pronto.
Caro Tonibler
Na semana passada, no Expresso, li um artigo de opinião, onde foi citado o pensamento de Jurgen Habermas. Às páginas tantas reti a seguinta frase: "qualquer orientação verdadeiramente democrática tem de aceitar como racional a discordância (talvez mesmo toda a discordância). Por este motivo o normal não é chegar, sobretudo em certas áreas, caso da política, a consenso. Deste modo, considero como normal a sua discordância à minha posição. E não há volta a dar! Eu não vou alterar em nada o que já afirmei e, no seu caso, pelos vistos também não. Quanto aos problemas e valores de fundo que enunciou, bom, isso é outra coisa. Não sou insensível, antes pelo contrário, mas nada pode justificar a atitude do senhor ex-ministro Manuel Pinho.
Concordo totalmente com o Massano Cardoso e a cara Pezinhos e não resisto a deitar uma acha à conversa com os caros Tonibler e cmonteiro. É que os limites têm que ser fixados em qualquer momento, sob pena de admitirmos cada vez mais só porque já fomos admitindo antes, até aos desrespeito e mesmo desprezo por todos os que se atrevam a entrar na política. E este limite já está muito para além do que devia estar, no caso concreto e como prova o simples facto de um ministro ter tido aquele impulso e ter levado algum tempo até mostrar (não sei se sentiu) arrependimento e ainda mais até ter realizado que o gesto era inaceitável. A questão não é desculpar a estes porque já se viu outros a fazer tão mau ou pior, a questão está em exercermos juízos críticos sobre essas atitudes todas, única forma de, em liberdade, se conterem impulsos ofensivos e agressividades que não ajudam a pensar e a escolher.
Cara Suzana,
Não vou conseguir fazer vencer o argumento de que a atitude do ministro é louvável, obviamente. Até porque não a acho.
Agora que acho que todos os deputados estãoa fazer-se de virgens ofendidas, isso estão, até porque a alguns deles se podem apontar comportamentos bem menos dignos...
E pior, estão a por os interesses partidários acima dos da nação, ao aceitar que o país fique sem um ministro, só para enfraquecer um governo! Um bom ministro, ainda por cima.
Bem pior é a indignação do "cidadão comum" que aceita que durante quatro anos se humilhe dia após dia um primeiro ministro, que trata todos os políticos como lixo, e que dá azo a que ministros façam gestos daqueles, porque acha mais interessante ver o jornal da Moura Guedes à sexta-feira.
O desespero de Manuel Pinho é o desespero de quem vem de fora e tem que aturar todas as humilhações quando podia estar no BES a ganhar o triplo do que ganha, e com menos preocupações.
Os Bernardinos Soares estão aí para tomar todas as pastas de ministros, se não invertermos este caminho de devassa da vida dos politicos e de politiquice baixa.
O meu amigo Tonibler estabelece uma oposição obtusa entre a forma e o conteúdo.
Diz que prefere um bom conteúdo, com uma forma grosseira, relativamente a uma forma educada, com um conteúdo perverso.
Existem, porém, mais duas hipóteses que parece ter negligenciado, a saber:
1) forma e conteúdo sofríveis, a roçar a indigência humana;
2) forma e conteúdo elevados, num contínuo rumo à excelência.
Eu voto na hipótese 2.
Qualquer desvio, quer na forma quer no conteúdo, deve ser assinalado e, sempre que possível, corrigido.
Quando se degrada uma das componentes do sistema, do comportamento, é certo e sabido que se gera uma espiral negativa que arrasta as demais. O problema é saber onde se deve parar. Talvez à estalada…
António Barreto, no seu discurso do dez de Junho, falava do exemplo, do exemplo das “elites”. Eu concordo. É pelo exemplo que conseguiremos influenciar a mudança.
O mais é um exercício do absurdo
O caro cmonteiro tem, em parte, razão no que diz. Porém, este ministro não era propriamente virgem em dislates. Antes pelo contrário, militava com grande empenho no desconchavo, na asneira, no apoucamento daqueles de quem discordava. Lembra-se do permanente anúncio de investimentos inconsequentes, lembra-se da cena da farinha mayzena aplicada ao Paulo Rangel... Pois. O saco de boxe é um excelente adversário, não reage. Mas o mundo real não é assim. Quem vai à guerra…
Ficam as energias renováveis do lado da boa memória do (ex)ministro Manuel Pinho.
Cara Suzana,
A prática não tem sido a conversa aberta (vamos chamar assim). No entanto, não tem sido por isso que o parlamento é aquilo que é, e podemos inventariar inúmeros actos de grande elevação como, mais recentemente, fazerem um orçamento rectificativo devido à crise em que aumentam as dotações do meu bolso para os respectivos partidos. Devido à crise. Aprovado por unanimidade. Se formos há 10 anos, encontraremos situações semelhantes, tal como há 20 anos.
"Cornudo", parece-me elogioso, até.
Por isso, Suzana, pela lógica até pode ter razão. Mas, infelizmente, aquilo que a prática mostra é que as pessoas não melhoraram nada apesar da conversa elevada, pelo contrário.
Caro Esménio,
Elites??? Elite sou eu. Estamos a falar de empregados e representantes que devem comportar-se em função da minha vontade e dos meus interesses, porque que sou eu que pago a festa, e não o contrário.
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