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terça-feira, 28 de julho de 2009

Parvoíce ibérica

Sintomático! Algo vai mesmo mal entre nós. O El País noticia hoje que “El 40% de los portugueses apoya una unión política con España”. O que é curioso é a perfeita indiferença dos espanhóis a esta posição. Entretanto, 89% dos portugueses apoiam a aprendizagem da língua espanhola e, mesmo, 50% consideram que deveria ser obrigatória. Do lado de lá, 76,2% dos espanhóis entrevistados rejeitam qualquer obrigação de aprender português, mas 97% têm a noção de que nós ganharíamos se uníssemos ao país vizinho.
Claro que eles já têm problemas de sobra, para quê mais um? Não são parvos, mas nós até somos...
Provincianos ibéricos!

11 comentários:

Bartolomeu disse...

É histórico... e cultural, caro Professor Salvador Massano Cardoso.
Nuestros hermanitos castellanos, no quieren aprender a hablar portugués, porque no pueden.Hay cosas que trascienden la quiere, porque requieren las competencias.
A menos que o nosso (nosso?) Socrates convença o Sr. Sapateiro a adoptar em Espanha o regime das Novas Oportunidades, que é como quem diz: Nuevas Oportunidades.
A nós Portugueses, desenrascados que somos, não nos faz diferença alguma. Com as espanholas, "las chicas-lolitas", entendemo-nos na maior. Com os espanhois, para lhes vendermos o Alentejo a retalho, tambem não ha problema, ainda para mais a moeda é única, quando era a peseta é que se tornava mais difícil o negócio, agora não. Convida-se o espanhol para um bom restaurante em Évora, Beja ou Serpa, manda-se vir um bom naco de carne alentejana... desde que não calhe em dia de abestinência, pela defesa do não-desmatamento, nesse caso vai-se pró achigan da barragem do Alvito que, preparado por quem sabe, tamém é um real petisco e rega-se bem a festarola com um Turiga tinto do cumpadre Nabeiro e eu garanto-lhe caro professor... no fim do repasto o magano do espanhol está conquistado e com um bocadinho de jeito, antes de se levantar da mesa já vai a falar Algarvio e Minhoto.
E vai ser desse jêto cagente os vai a conquistari, julgando eles que nos vão conquistari a nóis... vá por mim caro Professor.
;)))

Massano Cardoso disse...

Caro Bartolomeu
Sendo assim, também alinho, pelo menos nos petiscos ;)

jotaC disse...

Bom, caro Professor Massano Cardoso, era pior se esses 40% apoiassem também a integração geográfica do nosso País! Porque aí, apesar do longo desfasamento temporal - 1640-2009, tenho a certeza que os nossos ancestrais se contorciam nas campas…
Mas, apesar da globalidade do mundo de hoje, não deixo de sentir uma pequena angústia quando leio estas coisas; e fica-me a sensação de que os nossos vizinhos acham que somos (!?) um povo precatório…

Adriano Volframista disse...

Caro Professor

O seu post, se comentado seriamente, tem dois, comentários possíveis:
a) 1580-1640 não aconteceu por acaso e não foram os maus castelhanos que enganaram os ingénuos portugueses.
Foi bom enquanto durou e depois, fomos cada um à sua vida.
Simetricamente, se nos unimos e desunimos uma vez, pode suceder o mesmo (processo) uma segunda.
b) Recordo-lhe que nós somos o mesmo povo/nação que realizou um peditório nacional para comprar um cruzador (em segunda mão), ao Reino Unido para vingar a afronta do Ultimato imposto por esse mesmo Reino Unido.
Não percebo, salvo a lhana explicação de que estamos na parvónia, porque desejamos entrar numa aliança federativa que regista sinais preocupantes de tensões e de centrifugação.

O grande problema é que 34 anos de democracia, 48 de Estado Novo, cerca de 40 de experimentação educacional e 22 anos de União Europeia, transformou-nos em pedintes profissionais. Como somos a segunda nação mais antiga da Europa, ainda creio que se trata de uma (má) fase.
Cumprimentos
João

Tonibler disse...

Acho que era Einstein que dizia que, ao contrário do universo, a estupidez humana não conhece limites. E não há melhor humano que o português...

Anónimo disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Fartinho da Silva disse...

E se por acaso Portugal fosse parte integrante de Espanha poderiam os meus caros apontar os aspectos negativos daí resultantes?

Salários? Educação? Saúde? Justiça? Desporto? Cidadania? Qualidade de vida? Cidades?

Peço ajuda porque eu não os encontro...

jotaC disse...

Pois, caro fartinho, se Portugal fosse...mas não é! Mas tem toda a razão, comparativamente, eles vivem melhor, são mais ricos, têm mais isso tudo que aponta. A verdade é que nós só temos aquilo que merecemos e, certamente, para resolvermos este desiderato, de sermos mais alguma coisa, não me parece que o meio mais superior seja negarmos a nossa paternidade...

Suzana Toscano disse...

Boa resposta, caro jotac, é isso mesmo, o caro Fartinho da Silva até talvez tenha razão, não piorávamos em nada, e se a Espanha se integrasse em França, e esta na Alemanha, e por aí fora, éramos todos mais felizes. Só que não era Portugal.

Anónimo disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
lidiasantos almeida sousa disse...

Essa 4r não passa de uma cambada de idiotas que se limitam a tentar ser engraçadinhos. Ontem fiz um comentário sobre a não condução do ilustre LOBO ANTUNES, QUE NÃO LHE CHEGA O CARGO EM QUE FOI INVESTIDO DE CONSELHEIRO DE ESTADO, substituindo o arrancado a ferros mas bem simpático Dias Loureiro. Em fins de Julho o PR viu a lista dos nomeados e poderia ter dito ao seu PARTIDO PARA O NOMEAR pois a nomeação não era obrigação do Governo. O Senhor foi para férias e disse que não falaria de politica. A desobediente Casa Civil 8 dias depois vem dizer que o PR ESTAVA ESTUPEFACTO. Alguma coisa não está a correr bem na agencia de criação de factos politicos naquela assessoria.