Regressei há dois dias de Cabo Verde onde me desloquei em trabalho. Há já uns bons pares de anos que tinha estado em Cabo Verde também em trabalho, no âmbito de um programa de cooperação mas distinto do contexto que desta vez me levou de novo a reencontrar o povo de Cabo Verde.
Nem de propósito, esta viagem coincidiu com a atribuição da UNESCO à Cidade Velha, na Ilha de Santiago, do título de Património Mundial da Humanidade. Trata-se da primeira cidade “europeia” nos trópicos distinguida com esta magnifica classificação. Foi fundada em 1462 pelos portugueses segundo “um plano de urbanização ocidental decorrente do modelo renascentista” e foi “a primeira cidade colonial construída pelos europeus nos tópicos”.
Nem de propósito, esta viagem coincidiu com a atribuição da UNESCO à Cidade Velha, na Ilha de Santiago, do título de Património Mundial da Humanidade. Trata-se da primeira cidade “europeia” nos trópicos distinguida com esta magnifica classificação. Foi fundada em 1462 pelos portugueses segundo “um plano de urbanização ocidental decorrente do modelo renascentista” e foi “a primeira cidade colonial construída pelos europeus nos tópicos”.
Não admira, pois, que a população de Cabo Verde esteja muita satisfeita e orgulhosa pelo significado desta classificação.
O que me surpreendeu nesta viagem foi a feliz constatação de um País que encontrou um caminho de progresso e que está verdadeiramente empenhado em lutar pela sobrevivência através da via do desenvolvimento, apostando com muita inteligência nos seus recursos humanos. Alguém me dizia que os recursos humanos são os “diamantes” de Cabo Verde!
Na verdade, uma terra insular, seca de recursos naturais, na qual as águas da chuva são uma preciosidade raramente vista, descobriu que a luta pela sobrevivência e a descoberta de uma via para o desenvolvimento sustentável passa pelo investimento na educação, qualificação e formação dos seus cidadãos.
O que me surpreendeu nesta viagem foi a feliz constatação de um País que encontrou um caminho de progresso e que está verdadeiramente empenhado em lutar pela sobrevivência através da via do desenvolvimento, apostando com muita inteligência nos seus recursos humanos. Alguém me dizia que os recursos humanos são os “diamantes” de Cabo Verde!
Na verdade, uma terra insular, seca de recursos naturais, na qual as águas da chuva são uma preciosidade raramente vista, descobriu que a luta pela sobrevivência e a descoberta de uma via para o desenvolvimento sustentável passa pelo investimento na educação, qualificação e formação dos seus cidadãos.
Foi interessante verificar que os cabo-verdianos, de diversas classes sociais, têm a plena consciência de que precisam de estudar e trabalhar muito para que o País possa vencer e que o seu futuro de bem estar passa necessariamente por um esforço colectivo.
Foi surpreendente constatar que as pessoas em geral estão bem informadas sobre o desígnio nacional e as principais apostas políticas e que têm a clara noção das dificuldades mas também dos benefícios que no futuro poderão colher e os seus filhos.
Encontrei um povo coeso, alegre e feliz, contente com os progressos alcançados, sereno e confiante, ávido de fazer mais e melhor, esperançado no futuro e muito orgulhoso dos resultados do seu trabalho.
Não fiquei indiferente a este estado espírito, quando penso na muita pobreza que Cabo Verde ainda tem para erradicar e na tarefa gigantesca que têm pela frente!
Lembrei-me de Portugal, na ausência de coesão nacional que nos vai consumindo e na falta de um verdadeiro desígnio nacional que nos vai dispersando...
Não fiquei indiferente a este estado espírito, quando penso na muita pobreza que Cabo Verde ainda tem para erradicar e na tarefa gigantesca que têm pela frente!
Lembrei-me de Portugal, na ausência de coesão nacional que nos vai consumindo e na falta de um verdadeiro desígnio nacional que nos vai dispersando...
3 comentários:
"...Lembrei-me de Portugal, na ausência de coesão nacional que nos vai consumindo e na falta de um verdadeiro desígnio nacional que nos vai dispersando..."
Pressinto algum cansaço e desalento, até bem fundados, mas tenhamos esperança...
Caro jotaC
Não há nada que não esteja ao nosso alcance. Temos que fazer escolhas criteriosas e trabalhar muito. Faz falta, isso sim, um querer colectivo. O tempo não espera, anda depressa.
A esperança é a última a morrer...
Não há nada como darmos um saltinho fora para identificarmos com mais nitidez o que faria falta por cá. Com muita vantagem sobre quilómetros de teorias...
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