Trata-se da manipulação descarada que o DN e a TSF fizeram do resultado da sondagem que encomendaram.
Já o David Justino se referiu a esta matéria, com muita sabedoria e justeza, por duas vezes.
Também o David Justino se referiu à análise técnica competente de Pedro Magalhães no blog Margens de Erro.
Mas eu, com a devida vénia, não me dispenso de transcrever o que diz Pedro Magalhães sobre as sondagens da Universidade Católica e da Marktest
."...Quando se tornam as sondagens comparáveis - seja porque na sondagem Marktest redistribuímos proporcionalmente as opções "não válidas" de voto pelas opções válidas/ equivalentes a resultados eleitorais, seja porque na sondagem da Católica se adopta o procedimento habitual para esse fim (redistribuir indecisos na base de uma squeeze question sobre inclinação de voto e redistribuir proporcionalmente as restantes opções não válidas pelas válidas) - os resultados são muito semelhantes: 56/57 para Cavaco, 19/17 para Alegre e 5/6 para Jerónimo de Sousa. As diferenças só são maiores nos casos de Soares (13/16) e Louçã (6/4), confirmando aliás um padrão anterior de maior instabilidade nas estimativas para estes candidatos nas sondagens feitas até ao momento.Será isto tão difícil de entender? Será assim tão difícil às direcções editorais imporem requisitos mínimos de numeracia a quem trata estas notícias? Será assim tão difícil evitar lançar a opinião pública na confusão total quanto aos resultados das sondagens? Há dias em que, confesso, me apetece mudar de ramo...
5 comentários:
Conclusão: A liberdade criativa na interpretação destes resultados demonstra uma certa incompatibilidade com a ingestão de determinadas criaturas anfíbias de cor esverdeada.
Relativamente a este assunto relembro o nome do actual director do DN e do caminho que percorreu até chegar a esta posição.
Foi apenas por mérito profissional ?
As suas sistemáticas opiniões na comunicação social foram sérias e independentes ?
A TSF e a SIC NOTICIAS foram um palco constante comprovativo da sua falta de independência e seriedade profissional.
Caro Pinho Cardão:
Transponha, s.f.f. o que acabou de escrever para a apreciação recente do Relatório da PGR do ano de 2004 e então se perceberá melhor a competência jornalística, versus critérios jornalísticos.
São os critérios que mandam. E estes são obscuros, muitas vezes.
Critérios de manipulação; de orientação da opinião pública em determinado sentido já generalizado de descredibilização etc etc.
Desta vez toca aos políticos.
Quanto ao Pedro Magalhães, tenho a dizer que não costumo tomar Xanax em ocasião alguma, mas desta vez, tenho que lhe dar os parabéns.
Sempre que uma pessoa fala daquilo que percebe, acerta e informa ,se for honesto.
Quando se mete nas diletâncias, o risco é muito grande, como um bom matemático ou mero sondageiro( sem ofensa e com consideração até) deve saber muito bem. As probabilidades de erro são muito elevadas, nesses casos.
Sutor ne ultra...
E não é que alguém que se pretende minimamente inteligente e informado como o Vicente Jorge Silva enguliu com anzol, chumbada e tudo o mais o titulo de ontem do DN?
(ver a sua crónica de Hoje no DN)
Percebe-e o efeito pernicoso de tais titulos. Não existe qualquer desculpa para tão grosseira manipulação.
O DN deve explicar-se!
Meu caro Cardão:
Parabéns pela transcrição do texto de Pedro Magalhães.
Quanto ao DN, acho que a falta de decoro lhe vai sair cara.
Por mim, deixei de o comprar há semanas e nem me dou ao trabalho de o procurar na net.
O abraço amigo de sempre.
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