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domingo, 27 de novembro de 2005

Quando se esquece o essencial...

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... trata-se dos assuntos olhando para pormenores ou para aspectos laterais e secundários. Se necessário deturpa-se a realidade e inventa-se um facto que até dá uma ajuda à notícia.
Vem isto a propósito da posição que o PSD - do qual sou militante - tomou sobre as notícias relacionadas com as faltas dos professores: "Ministra e Walter Lemos devem tirar ilações políticas".
Porque é que o PSD nada diz sobre as faltas dos professores? A que se deve o silêncio sobre o questão central: a escandalosa taxa de absentismo dos professores!
Será que o PSD quer ganhar credibilidade embarcando nas manobras rasteiras do Bloco de Esquerda e do Sr. Mário Nogueira do Sindicato dos Professores da Região Centro?
Será que um partido como o PSD que tem graves responsabilidades - mesmo estando na oposição - se esquece que a política não pode ser feita recorrendo a este tipo de expedientes?
Quando já todos percebemos que o actual Secretário de Estado da Educação não foi assíduo como Vereador da Câmara Municipal de Penamacor - e é irrelevante discutir se perdeu ou não o mandato - porque é que nos andam a tentar distrair com esta bagatela?
Afinal, o que é que o meu Partido tem a dizer ao País sobre o absentismo dos professores?
Fico à espera!

16 comentários:

Massano Cardoso disse...

O que é o nosso partido tem a dizer ao País sobre o absentismo dos professores? - Nada! Também andam com problemas de absentismo... O que é que tu queres?

Arrebenta disse...

GRANDE ENTREVISTA DE CAVACO SILVA A KATIA REBARBADO D'ABREU (6ª Parte) - "Cultura e mais Cultura"

K.R.A. — Quanto à Arquitectura, é incontornável o nome de Tomás Taveira.

C.S. – (Tosse e bebe um copo de água).

K.R.A. — … como, aliás, é incontornável o fenómeno de proliferação descontrolada das periferias urbanas, com desertificação do Interior, e acumulação das populações em caixotes não-arquitectónicos, dormitórios explosivos, como recentemente se manifestaram, em França…

C.S. – Minha senhora, vai-me dizer que um residente, hoje, das urbanizações de Ranholas seria eventualmente, mais feliz numa terra sem água, luz ou televisão, nas proximidades de Fornos de Algodres?...

K.R.A. — Isso terá de perguntar às pessoas que lá vivem, não a mim…
Do mesmo modo, há quem o acuse de ter desfigurado Lisboa, importando para o interior do perímetro urbano soluções indignas do subúrbio de qualquer cidade europeia civilizada…

C.S. — Não, minha senhora… não…

K.R.A. – Sim, Professor Cavaco, sim, há mesmo quem diga que, no seu tempo, na esquina em que antes havia uma pastelaria tradicional, o senhor instalou um banco, aliás, um banco, um drogado e um pedinte…

C.S. — Por amor de Deus!...

K.R.A. -- … e que a situação de miséria, insegurança e ostentação era já tal, que, no final da 2ª Maioria absoluta, em cada esquina, já só se via um banco, um pedinte, um drogado e também um polícia, e quando havia que se cortar nalguma coisa, pois…, cortava-se no polícia!...

C.S. — Minha senhora que exagero!...

K.R.A. – Professor Cavaco Silva, quer-me, a propósito, falar de Droga, quer-me explicar que soluções apresenta hoje para o problema da Droga, talvez a epígrafe de todo o seu período enquanto foi Primeiro-Ministro?... Quer explicar aos Portugueses como é que, e basta traçar o paralelo com as cidades do país vizinho, com a sua agitada vida nocturna, quer-me explicar que medidas vai tomar para impedir que, mal caia a noite, 10 000 000 de cidadãos fiquem sujeitos a uma espécie de “recolher obrigatório”, que tornou os nossos núcleos urbanos reféns do medo de assaltos de uns quantos milhares de excluídos, eventualmente toxicodependentes, ou meros membros de “gangs” de excluídos, ou de indivíduos com comportamentos sociopatas potenciados?...

C.S. — Nas Minhas Ambições para Portugal… (bebe um copo de água)

K.R.A. – Nas suas ambições para Portugal…

C.S. — Nas Minhas Ambições para Portugal, assumo claramente que “não me conformo com as bolsas de pobreza e exclusão social” e que irei promover um combate efectivo “à toxicodependência e ao alcoolismo”…

K.R.A. – Como?... Promovendo políticas contrárias às do período em que governou Portugal, e em que todas essas bolsas tiveram início e se expandiram descontroladamente?... Lembra-se das mulheres desempregadas de Setúbal que se tinham de prostituir, quando o senhor deixava, todos os dias, falir fraudulentamente empresas, aí, e pelo país inteiro?... O que vai fazer agora, num tempo em que já não há os célebres três orçamentos, o de Estado, o das Privatizações e o Comunitário, para resolver problemas agravadíssimos?...

C.S. — (pausa) Minha senhora, “procurarei afastar desânimos e pessimismos quanto ao futuro do país, reavivar a esperança e transmitir aos Portugueses uma vontade nacional de vencer, progredir e responder com energia aos desafios colocados pela mudança, convicto, que estou, do papel decisivo da confiança nas nossas próprias capacidades”…

K.R.A. – Portanto, assim com os Funcionários Públicos, eventualmente, ficará à espera de que toxicodependentes, excluídos e desempregados acabem por morrer…

C.S. — Se entretanto não se encontrar uma solução melhor, deixe-me que lhe pergunte a si… e por que não?... E por que não?...

K.R.A. – Voltando à Cultura, de que modo acha que a sua eventual… digamos, magistratura de influência, poderia melhorar o clima de desastre cultural do País?

C.S. – Olhe, minha senhora, para isso, conto com o precioso apoio da Senhora Minha Esposa: deixe que lhe revele aqui um outro pequeno episódio da nossa intimidade. Recentemente, e estando a rever no canal “História” um episódio sobre a biografia de Jacqueline Kennedy, a drª. Maria Cavaco Silva revelou-me que tinha uma particular admiração por Jacqueline, e que muitas das suas orientações de vestir e de estar, ainda hoje, eram fortemente influenciadas por essa amargurada senhora…

K.R.A. – Está-me, portanto, a querer dizer que, no seu íntimo, a Drª. Maria Cavaco Silva se compara com Jacqueline Lee Bouvier Kennedy Onassis?...

C.S. – Isso, exactamente isso (sorri). Suponho, portanto…, que…, se…, quando…, em Janeiro for eleito Presidente da República, a figura da minha esposa também poderá exercer uma verdadeira magistratura de influência internacional e do projectar do gosto de um Portugal, renascido, além-fronteiras (bebe um copo de água). Aliás, quando ela me fala de quando chegará esse importantíssimo momento, eu costumo sempre responder-lhe, “Filha, 300 000 votos: a diferença entre haver, ou não haver, uma 2ª. Volta, separam-nos da tua, nossa, eterna glória”…

K.R.A. – Uma última pergunta sobre este tema, Professor… Para um homem que se diz ter preocupações culturais, lembra-se de Santana Lopes, e dos tempos em que foi Secretário de Estado da Cultura dos seus governos?...

C.S. – (pausa) Sim, lembro…

K.R.A. – Deve estar recordado da célebre história dos Concertos de Violino de Chopin?...

C.S. – (Põe uma Pose de Estado à Henrique Santana) … Minha Senhora, no meu manifesto “As Minhas Ambições para Portugal”, está bem explícito que tudo farei para que Portugal “preserve o seu tradicional repúdio pelo racismo e pela xenofobia”… No tempo em que era Secretário de Estado da Cultura, o dr. Santana Lopes foi acusado de ter dado primazia à descoberta desses inéditos do património musical mundial, os referidos Concertos de Violino de Chopin… Os Portugueses poderiam argumentar, há 10, ou 15 anos, que não era justificável que os recursos financeiros e culturais do nosso país fossem aplicados na divulgação da obra de um compositor estrangeiro, para mais, externo ao espaço comunitário, como era o caso do polaco Chopin. Isso, para mim, já na altura se chamava “Xenofobia”. Hoje, em 2005, na óptica da Globalização e com a Polónia a ser membro de pleno direito do Espaço Económico Europeu, já era, ou não era, visionário que eu, através do meu Secretário de Estado para a Cultura, promovêssemos a obra desconhecida de um compositor de um futuro membro e parceiro da Europa alargada?... Ora, responda lá a senhora por mim!...

(Continua)

Tonibler disse...

Pois, essa coisa do que é bom para o país é bom para o partido só deve funcionar mesmo no MPT...

Fernando Reis disse...

Caro Vitor Reis
Deixe que lhe pergunte: mas qual escândalo das faltas dos professores?
O que devia era falar do escândalo da manipulação dos números das faltas dos professores.
Porque será que os políticos se defendem uns aos outros e encontram sempre 'culpados' noutras pessoas.
Se o Vitor exigir a clarificação dos números e daí se concluir, de facto, que a maioria dos professores falta muito, terá o meu apoio e eu também direi: escândalo das faltas dos professores.
Agora tirar conclusões precipitadas a partir de números deturpados por terem sido manipulados, por favor...
Neste caso, é muito maior o escândalo do Secretário de Estado, por ter manipulado os números.
E não me diga que o caso das faltas do Secretário de Estado não é importante.
Só as faltas dos professores são importantes?
Vamos mal com políticos assim...

Vítor Reis disse...

Caro adkalendas
Quando se fazem médias cometem-se sempre injustiças porque como é óbvio vão todos para o mesmo saco.
Já em posts anteriores tive o cuidado de referir que não se deve generalizar. Nem com os professores, nem com qualquer outro grupo - nomeadamente os políticos!
Agora afirmar que esta situação das faltas não existe e que os números estão manipulados...
...fico-me por aqui.

Caro Pinho Cardão
Logo que encontre uma boa razão, endireito o símbolo.

Fernando Reis disse...

Caro Vitor Reis
Agradeço a resposta, embora não concorde consigo.
Para se criticar uma classe da forma que o faz, deve basear-se em estudos sérios. E os números lançados pelo Secretário de Estado não são sérios, só isso.
Se a sua sensibilidade lhe diz que os professores faltam muito, para mim, isso não é suficiente.
Gostaria de ver números verdadeiros.

Quanto ao símbolo do PSD invertido, confesso que me chocou quando li o seu post. Concordo com Pinho Cardão. Penso que não há razão para isso.
E eu não sou militante nem simpatizante do PSD, nem militante de nenhum partido.

O Reformista disse...

Obviamente que é necessário tirar consequências políticas. E estas passam por percebermos que temos um sistema altamente disfuncional.Passam politicamente pela criação de um novo paradigma. Contudo, embora me pareça difícil, enquanto o sistema for esta é preciso mantê-lo e optimizá-lo

O Reformista disse...

Obviamente que é necessário tirar consequências políticas. E estas passam por percebermos que temos um sistema altamente disfuncional.Passam politicamente pela criação de um novo paradigma. Contudo, embora me pareça difícil, enquanto o sistema for esta é preciso mantê-lo e optimizá-lo

pindérico disse...

Pois, meu caro, eu não sou sequer simpatizante PSD, como não sou de nenhum outro partido, mas sei bem(porque por lá andei!) da irresponsabilidade que se esconde, e vive, na sombra de muito bom profissional que luta e se sacrifica pelo sucesso dos alunos.
Deixe porém que lhe diga que, com essa frontalidade, vai muito longe no meu apreço mas dificilmente irá longe na podre da nossa vida política.

crack disse...

Caro Vitor Reis
Li, com perplexidade, este seu post, encimado por um vandalizado símbolo do partido a que julgo que pertence. Como raramente cedo à tentação de reagir a quente, deixei “pousar” a raiva para comentar, vendo agora que outros comentadores já se encarregaram de lhe deixar, melhor do que eu o faria, observações sobre os aspectos que também me mereceram reservas.
Sobre a seta invertida, Pinho Cardão disse-lhe o essencial, pelo que nem merece a pena reforçar a lembrança de que Santana anda por aí, o que obrigaria qualquer militante social-democrata a pensar muito bem antes de persistir no trilho de destruição que ele deixou no partido e na sociedade portuguesa. Preferiu o caro Vitor Reis não o fazer, no que terá as suas razões, esperando eu, no entanto, que aguarde outros sinais, que não os do leitor de estrelas, para o reverter o símbolo à sua digna posição.
Mas a questão central do seu post tem a ver com as faltas dos professores. Como já lhe disseram o mais substantivo sobre o assunto, vou apenas deixar-lhe aqui umas achegazitas para sua ruminação.
O “estudo” tirado da cartola pela seráfica ministra, no exacto dia da greve dos professores, não se recomenda, quer porque de estudo tem pouco, quer porque de fiabilidade não tem nenhuma. Mas, convenhamos, por comodidade de análise, que os “resultados” reflectem a realidade. O que ficámos a saber? Que em 2004/05 os professores tinham faltado a 9,3% do total de aulas previstas e que 6% do total de professores nunca faltaram no ano lectivo 2004-2005 e que há largas dezenas de milhares que faltaram muito menos do que 10% às aulas que lhes cabia ministrar. Não sendo admissível que os milhões de horas de aulas em falta tivessem resultado de faltas injustificadas dos docentes, só podemos concluir que foram dadas a coberto do direito que lhes é reconhecido na legislação aplicável. Onde está então a vergonha, o insulto, a falta de profissionalismo? Sendo ainda que a percentagem de faltas avançada pelo “estudo” tem como referência o número de aulas previstas, importa saber se e como, destas foram retiradas as férias escolares, os feriados, as licenças de parto e de doença, as licenças para formação, todas elas situações previstas e a coberto da lei. Como vê, demagogia e desonestidade andam de braço dado, e àqueles que têm responsabilidades como políticos “profissionais” (passe o termo, no sentido da responsabilidade que a sua arena de intervenção lhes confere) impôe-se um mínimo de frieza na leitura dos números, quando foram estes reduzidos ao objectivo do mero combate político.
Ainda nos limites de uma abordagem não técnica do problema, lembro-o que as faltas dos professores são registadas hora a hora, o que é uma situação inédita noutros grupos profissionais. Dito de outra fora: sete horas de trabalho de um professor são, EFECTIVAMENTE, SETE HORAS de trabalho, enquanto que noutro profissional são às sete horas descontado o tempo dos cafés, das conversas de corredor, das idas à casa de banho e ao gabinete vizinho, dos telefonemas e dos momentos de pausa a olhar para o tecto, das leituras enviesadas do jornal, do joguinho de computador, enfim, do que caracteriza a vida quotidiana do trabalhador de “secretária, ou gabinete”, sem qualquer desprimor para estes profissionais, muito menos sem qualquer reserva de pensamento sobre a sua performance profissional, a sua competência e a sua dedicação. Apenas, vivem circunstâncias profissionais diferentes.
Depois disto, teria tido muito gosto em vê-lo preocupado com o facto de haver um membro do governo que tutela a educação que se dá ao despudor de manipular informação sobre factos do seu passado que o revelam como alguém pouco responsável e pouco interessado na coisa pública. Não tanto pelas faltas que deu, mas porque elas não lhe mereceram o cumprimento das normas de justificação a que estaria obrigado e, quando descoberto, manipulou a verdade, num manifesto desrespeito pelos cidadãos deste país. Quem sabe, fosse ele do PSD e talvez eu compreendesse a seta envergonhada com que nos brindou. Assim, só me lembro do velho ditado popular: «com amigos destes...»

Vítor Reis disse...

Caro crack
Está cheio de razão quando fala dos bons professores. E daqueles que são assíduos.
Sobre isto não há qualquer controvérsia.
Sobre o estudo, pode ter todos os defeitos que se lhe quiser atribuir. Mas o estudo veio confirmar aquilo que acontece semanalmente aos meus dois filhos:
TRÊS FUROS POR SEMANA!!!!!
Acha aceitável?
O que é que os professores - aqueles que são competentes e assíduos - estão a fazer para pôr ordem na sua classe profissional.
Vão continuar a aceitar o discurso e a prática dos seus sindicatos que se dedicam quase exclusivamente a defender os chamados "direitos" que só servem para deixar florescer a mediocridade?

crack disse...

Caro Vítor Reis
Respondendo à sua pergunta, digo-lhe que o que não acho aceitável é que os nossos responsáveis políticos analisem a realidade a partir das suas situações pessoais, e que seja sobre as suas assim obtidas certezas, convicções e interesses, que emitem opinião, propõem legislação, influenciam a acção governativa, ou governam. Tem sido por isto que nunca passámos da cepa torta, e não iremos a lado nenhum.
Como julgo que lhe terá escapado, digo-lhe que pouco, ou nada, centrei as minhas observações na divisão entre bons e maus profissionais, falando dos professores. Poderemos ir por aí, mas isso acontece com todos os grupos profissionais, pelo que devemos considerar o universo dos docentes, quando nos dispomos à abordagem desta questão.
Conhece algum estudo sério que compare a assiduidade dos docentes com a dos outros profissionais? Alguém já provou que a assiduidade dos professores é mais baixa que as dos outros funcionários públicos, por exemplo? Existe um estudo da assiduidade docente por níveis de ensino, regiões, condições específicas dos estabelecimentos, épocas do ano, estrutura da população discente? Alguma vez se cruzaram dados como esses com dados da saúde, do trabalho, da segurança social, da actividade policial, etc? Na falta de dados fiáveis, e seguindo a sua preferência pela observação "doméstica", pode começar por reparar no seguinte:com excepção do 1º ciclo,cada aluno tem, em média, 5/6 professores. Se um deles falta, tendo cada professor, em média, 100 alunos num dia, quantas crianças e respectivas famílias não se sentem atingidas ao fim do dia de aulas? Esta é a mais simplista das abordagens possíveis, mas talvez lhe dê uma perspectiva do problema, se comparar, por exemplo, com as "repercussões em cadeia" da falta de um técnico ou de um administrativo, num qualquer serviço público.
Vejo que ignorou também um aspecto importante: a legalidade das faltas face à lei que as prevê e as regula, a sua "justificação", se quiser.Esquecem sempre esse ponto. Porquê? Porque toca em direitos laborais, que as famílias preferem esquecer, exigindo em troca um "profissionalismo" que, no seu conceito oculto, está mais perto do missionário, do que do profissional de educação. Lamento sempre uma abordagem primária desta questão, pelo que não posso deixar de ter uma visão muito crítica do discurso e da prática dos sindicatos do sector. Apesar disso, não os culpo, em primeira linha, pela mediocridade de que fala. Encontro-a, primeiro, no discurso e na acção política,pelas razões que todos conhecemos e lamentamos.Sobretudo porque a questão das faltas dos docentes só assume a relevância que assume porque o Estado tem sido incapaz de gerir, eficazmente, o sistema. Cortes sucessivos em recursos humanos e materiais, ausência de objectivos claros para o sector, experiências e reformas constantes, falta de incentivos de carreira, a par de uma culposa ausência de rigor e de exigência relativamente aos docentes, incapacidade de regular a autonomia das escolas...poderíamos ficar aqui o resto da noite, que tínhamos do que falar. Como vê, caro Vitor Reis, falar é fácil. Dar o rebuçado do discurso dos bons professores, também se agradece, mas dispensa-se. Pensar uma nova escola, correctamente, é mais difícil. Veja-se no que deram as iniciativas do actual governo, que partiu para o problema de premissas exactamente iguais às suas.

Anthrax disse...

Caro V.R (a.k.a "Virtual Reality"... eh eh, estou a brincar).

Não sou fundamentalista, por mim pode virar a setinha para onde quiser, se bem que... se virou a setinha só por causa dos professores, devo dizer-lhe que há assuntos mais preocupantes pelos quais se deveria virar a setinha de cabeça para baixo.

Eu mesmo estive quase, quase, a dar um pontapé na malvada da setinha aqui há uns 10 ou 12 meses atrás, só não o fiz porque o Crack (que vira frangos há mais anos do que eu), me explicou que não valia a pena.

Devo dizer-lhe que não concordo nada com o que diz. É claro que é lamentável que os seus filhos tenham 3 furos por semana, mas isso é um problema que a escola tem de resolver, ou então coloque-os num colégio, assim pelo menos reduz as possibilidades disso acontecer frequentemente.

De resto concordo com o Crack e com o Dr. "D", por isso não acrescentarei mais nada às palavras deles.

Anthrax disse...

Mas afinal que obsessão é essa com o símbolo do partido?!!

Daqui a pouco está tudo a gritar "Queimem o herege!".

O homem está desgostoso e por isso ficou com a setinha para baixo. Dêem-lhe tempo! A setinha voltará a subir.

Massano Cardoso disse...

Vítor segue o conselho do Anthrax: SETA PARA CIMA...

Ruvasa disse...

Viva, V. Reis!

Infelizmente, de há uns bons tempos a esta parte o PSD nada diz ao país... nem a ninguém.

Sobre este assunto e sobre todos os restantes.

Por vezes pergunto-me: será que o meu/nosso partido existe?

Mais:

Não é apenas o nosso partido que nada diz a ninguém, porque, infelizmente, nada tem a dizer. Com os outros partidos passa-se o mesmo. Nenhum deles tem seja o que for a dizer seja a quem for. Menos ainda aos portugueses.

A "zerificação" é geral. E, sabe?, o pior é que nem túnel existe! Como é que se pode pretender ver luz no fundo de algo que inexiste?

Está é difícil que os portugueses percebam isso de uma vez por todas. Ou então, já perceberam, mas resistem na crença, tentando não perder a... crença!...

Coitados de nós!

Cumprimentos

Ruben Valle Santos