Nos media portugueses, todos os dias e a todas as horas:
OMO lava mais branco
Noite de violência em Paris: 200 carros incendiados em Seine-Saint Denis
OMO lava mais branco
Mais uma noite de violência em Paris: 300 carros incendiados em Clichy
OMO lava mais branco
Terceira noite de violência em Paris: 400 carros incendiados em Bondy
OMO lava mais branco
Quarta noite de violência em Paris: 400 carros incendiados em Hauts de Seine
OMO lava mais branco
Em França, os tumultos alastraram a Toulouse: mais de 800 carros incendiados
OMO lava mais branco
França: Os tumultos continuam a alastrar-agora em Pau: 1000 carros incendiados
OMO lava mais branco
França: Os tumultos continuam a alastrar-agora em Pau: 1500 carros incendiados
OMO lava mais branco
Oitava noite de violência e de tumultos: Paris, Rennes, Evreux: mais de 1500 carros incendiados
OMO lava mais branco
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A violência alastrou à Bélgica-tumultos e carros incendiados em três cidades
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Jornais franceses e belgas: Em Portugal, na cidade X, tumultos nos bairros periféricos
Elementar, meu caro Watson!....
5 comentários:
Que aborrecido!... É que eu tenho de ir a Bruxelas daqui a 2 semanas e não me dão subsídio de risco. Isto não está nada certo.
Caro Anthrax,
devia revoltar-se perante tamanha exclusão profissional e deveria considerar sériamente ir à garagem do edíficio onde trabalha e queimar os carros dos directores, e quando sair do edíficio aproveite pelo caminho pegue num cinzeiro de pé e agrida o segurança que está à entrada... pode ser que assim mude alguma coisa!
Eu sugiro que se acabe com a publicidade de 10 em 10 min. nos telejornais, ou seja, só poderia haver intervalos após blocos de 30 min. de notícias, e interditar desde já o patrocínio de certo tipo de notícias por qualquer "sponsor" porque mais tarde ou mais cedo a moda vai pegar...
Hmmm... estávamos a falar de acabar com a publicidade durante as notícias não estávamos???
Assisti hoje na Sic Notícias a mais um "directo" de Paris com carros incendiados como pano de fundo e o nosso repórter acabou a notícia, muito emocionado, com a seguinte frase "De Paris, para Portugal, onde os bairros de exclusão também existem...!" Pouco depois, outra vez a mesma notícia, mas desta vez o repórter exemplificou a situação com "bairros semelhantes à Cova da Moura". Por muito maldoso que pareça, às vezes convenço-me de que as televisões estão estalando para que haja cá um ou outro carro incendiado. Não é à falta de sugerirem! O debate que se seguiu, em que era convidado um português vereador na Câmara de um dos locais mais agitados, foi um desfilar de motivos de compreensão e justificações filosóficas sobre o pouco que se teria feito para a integração por parte dos participantes. O tal vereador bem tentou rebater e levar a discussão para um campo mais objectivo, mas foi praticamente celindrado pelo contraditório... Mais valia tê-lo deixado falar para tentarmos perceber mais do que opiniões.
O mais engraçado das políticas de inclusão social é o momento em que, perante os dados obtidos, se começa a questionar se essa política de inclusão é mesmo inclusiva.
Ontem fui visitar uma EB1 do Monte Abrãao, onde ao nível das politicas educativas de inclusão a instituição tem tido (ou tinha tido aparentemente) experiências muito positivas. Então as senhoras envolveram-se num projecto investigação, onde pretendiam demonstrar aos parceiros europeus (outras escolas que não seguem este modelo de inclusão), que o modelo seguido funcionava e tinha bons resultados.
O problema, é que os dados recolhidos contrariam o principio. Ou seja, a prova empírica diz que o modelo de inclusão não o é. O trabalho destas senhoras é fantástico, mas demonstra exactamente o contrário do que defendiam inicialmente.
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