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quarta-feira, 23 de novembro de 2005

Desfaçatez

O Sindicato dos Professores da Região Centro encontrou um argumento para reagir ao estudo sobre a escandalosa situação das faltas dos professores (vidé o meu post do passado dia 18).
O argumento é muito simples: não estão sozinhos!
Segundo este Sindicato, o actual Secretário de Estado Adjunto e da Educação, Walter Lemos, terá perdido o mandato de vereador na Câmara Municipal de Penamacor, por faltas injustificadas, em 1993.
E para provarem tão importante facto, já anunciaram que apresentarão oportunamente uma certidão de uma acta da referida Câmara Municipal.
Afinal, o Sr. Mário Nogueira, ilustre coordenador deste sindicato, já nem sequer se dá ao trabalho de explicar as faltas dos professores.
Recorre à velha técnica - se não gostas da mensagem, mata o mensageiro.
Estão desculpados!

20 comentários:

Adkalendas disse...

Isto só mostra que a parte mais fraca desta questão são sempre os professores.
Como já dise aqui, só falto por doença ou para participação em congressos e encontros importantes para a minha área científica. E mesmo assim muitas vezes vou a estes congressos sem prejuízo das aulas e dos alunos.
No entanto, sou considerado da mesma forma que aqueles que faltam muito.
Quanto a esta questão, por muito que vos custe, tem tudo a ver. Prova que quem manda não faz sequer aquilo que exige dos outros.
Para mim é isso que está em causa.
E como sempre, os professores são saco de boxe para o ME, os média, os pais, os alunos e os Conselhos Executivos.
E quem os defende? É claro que os sindicatos os defendem mal, mas o que é certo é que ninguém mais os defende.
De facto, neste país não se pode exercer uma profissão com responsabilidade e competência. De um momento para o outro, uma carreira de sacrifício e trabalho é destruída pela classificação fácil e pela opinião demagógica.
Vou mas é emigrar

Anthrax disse...

Caro fr,

Não se apoquente. Tudo isto faz parte do folclore sasonal associado à caça à raposa. Neste caso particular, a raposa são os professores.

Veja as coisas por outro prisma, enquanto estiverem ocupados a correr atrás da raposa, não se preocupam com coisas mais sérias.

Ana M. disse...

Sobre o mesmo assunto, o meu último post -"Princípios e Fins", no Ecos da falésia.
Cumprimentos.

Anónimo disse...
Este comentário foi removido por um gestor do blogue.
Anónimo disse...

Entendo plenamente o desconforto sentido pelo fr.
De facto a generalização de comportamentos inegavelmente censuráveis, como são os do absentismo injustificado de professores, tendem a criar da profissão e dos profissionais uma imagem negativa que é injusta e desmotivante para quem cumpre e sempre cumpriu os seus deveres.
Esses sentir-se-ão violentados porque, como aqui se manfifesta o fr, são metidos no mesmo saco daqueles que prevaricam.
E o que é grave é que essa injustiça seja fomentada por alguns responsáveis que alimentam esta ideia de que os professores são todos maus profissionais, como todos os magistrados são uns preguiçosos, todos os advogados fogem ao fisco, todos os médicos fazem por atender pouco, etc., etc, etc...

crack disse...

As notícias sobre as faltas do agora secretário de estado apareceram, à época, em jornais regionais. Sexa Valter Lemos nunca se afadigou a desmenti-las, até agora.
Não concordando com os métodos, importa lembrar que são iguais na equipa do governo e nos sindicatos, o que reduz todos estes procedimentos a luta de galinheiro. Uma vergonha, que mais me confirma a ideia que esta equipa da educação já não reúne credibilidade suficiente para se manter em funções.

SL disse...

Confesso que começo a ficar cansado de ser saco de pancada para toda a gente que temum qualquer complexo de ódio aos professores. Eu, que trabalho 60 horas por semana, que usufruo de um vencimento banalíssimo, que para efectivar preciso de me deslocar uns 200km ou 300km, ainda tenho de aturar a comunicação social, o menino tonecas e pais desresponsabilizados pelo próprio sistema educativo. Vou seguir o conselho que já aqui vi e mudar de profissão. Oproblema é que qualquer dia os bons professores vão embora e depois... bem, depois fazemos como a Inglaterra com a Física.

Anthrax disse...

Caro Prof24,

Não sou professor, mas trabalho há uns anitos com professores e tenho de confessar (como já por diversas vezes fiz), que de um modo geral é um pesadelo.

Durante muito tempo fui incapaz de separar os "bons" dos "maus" profissionais e então, achei que era muito mais simples colocar tudo dentro do mesmo saco. Assim, cada vez que apanhava um pela frente, mesmo antes do coitado abrir a boca, eu já estava a rosnar.

Actualmente, apesar de continuar a ser muito critico da classe, já consigo pensar doutra forma e já consigo distinguir entre uns e outros. Como é que se deu essa transformação? Simples, em vez de estar aqui sentadinho na minha secretária, fui ver "in situ" o que andavam os moços a fazer e fui falar com eles cara a cara. Como em tudo na vida, é muito mais fácil dar instruções quando se está numa posição distanciada, mas quando nos aproximamos a coisa muda de figura.

Há professores que fazem autênticos "milagres" socorrendo-se dos poucos instrumentos que têm disponiveis. Há professores que conseguem desenvolver projectos fantásticos à base da carolice pessoal e essa gente deve e tem de ser respeitada porque são pessoas que têm muito valor. É claro que outros há que são muito boas pessoas, mas é melhor não se porem a fazer nada. Isto não quer dizer que não devam ser respeitados, quer apenas dizer que se calhar escolheram mal a profissão.

Eu não me dei ao trabalho de criticar o absentismo dos professores, exactamente, para não cometer o erro de colocar dentro do mesmo saco aqueles que faltam porque vão participar em alguma formação e aqueles que faltam porque sim. São de facto situações muito diferentes e penso que as faltas dos primeiros, nem sequer, deviam ser consideradas enquanto tal porque nesses casos, os professores "faltam" com a autorização das instituições onde leccionam e com a autorização das DRE's, pelo que como estes processos de autorização têm um timing para ser despoletados, as instituições têm também tempo para arranjar um professor substituto, podendo assim salvaguardar o cumprimento do programa. Se não o fazem, é porque não querem ou então porque não sabem gerir o estabelecimento.

Relativamente à desresponsabilização dos pais, aqui vamos bater na tecla do papel da familia na educação. A maior parte das famílias acha que é só chegar à escola, depositar os "putos" e voltar lá ao fim do dia para os recolher. A partir desse momento, o papel do professor tem obrigatoriamente de acumular com o papel que a familia deveria desempenhar, mas não desempenha. Como dar a volta a isso? Pois, sinceramente, não sei mas terá de ser com muita paciência. Aqui, talvez fosse interessante pôr as Associações de Pai a fazer esse estudo, talvez conseguissem moderar algum tipo de discurso mais enflamado.

No que respeita ao sistema educativo, não há nada melhor do que compará-lo com os outros. Para isso, deve-se sempre consultar os dados da rede Eurydice em http://www.eurydice.org/Eurybase/frameset_eurybase.html

Isto porquê? Porque uma pessoa só pode dizer que alguma coisa é boa, ou é má, se já a tiver comparado com outras idênticas. Por exemplo; relativamente à questão do respeito pelos professores na sala de aula, aqui em Portugal é um "Valha-me Deus!", na República Checa cada vez que um professor entra numa sala de aula os alunos têm de se levantar todos e cumprimentá-lo. É obrigatório. Estou a falar nisto porque houve cerca de 20 alunos portugueses que participaram nesse intercâmbio com a CZ e passaram por isso, e a verdade é que o comportamento deles mudou.

Enfim, isto já é um grande cometário por isso vou acabar por aqui.

Anthrax disse...

Ó "Valha-me Deus"! Desculpem lá a ortografia mas isto o dia está torto.

Não é "enflamado", mas sim "inflamado" e certamente que não será "cometário" (primo do cometa), mas sim "comentário".

Suzana Toscano disse...

Excelente comentário, Anthrax, concordo inteiramente com o que disse e como o disse.

Anthrax disse...

Muito obrigado Suzana ;)

Fernando Reis disse...

Concordo com a Suzana e ainda mais com o que Anthrax escreveu.
De facto, fugir à tentação do mais fácil é difícil.
E é muito fácil criticar sem conhecer os problemas por que passam muitos professores.
E os bons sofrem diariamente o tratamento de choque dado pelos alunos, pelos pais, pelas direcções das escolas e pelo Ministério.
Pelo que conheço, os bons fazem sempre mais do que devem. Esforçam-se muito para além do que lhes pode ser exigido.
No final, levam pancada de toda a gente e muitos entram em depressão.
QUanto a mim, não é a profissão que causa a depressão. É a falta de condições reais de trabalho em ligação com a formação que receberam.
Na verdade, os professores passam os dias a tapar os buracos de um sistema pesado e mal gerido. E ainda são criticados.
Claro que há muitos professores que não fazem isso, mas esses beneficiam do mesmo mal. Ou seja, podem fazer as maiores asneiras que não lhes acontece nada.
Afastar um professor manifestamente incompetente da carreira é mais difícil do que ganhar o totoloto.
Desculpem a extensão.

crack disse...

Meu amigo Anthrax
MUITO BEM! Mesmo.
Veja lá se me começa a dar razão! É que há professores que nunca se enganam, e felizmente nunca tiveram dúvidas!:))

Tonibler disse...

Desculpem lá, mas não concordo com nada disso. Uma coisa é a nossa visão dos professores em particular, outra é a nossa visão enquanto investidores na educação dos nossos concidadãos. E neste aspecto os números são claros e os resultados deprimentes. Se há quem trabalhe 60 horas, certamente haverá quem não faça um corno. Infelizmente para todos nós, o instrumento que escolhemos para levar a edcuação aos nossos concidadãos é um 'saco' de professores e, assim, devem ser colocados no mesmo saco, sim!

SL disse...

Anthrax:

Inteiramente de acordo com as suas palavras.

Tonibler: se na sua empresa dez funcionários forem maus e nove, entre os quais o Tonibler, forem mesmo muito bons, o que devo fazer? Mandar todos para a rua?

Esse tipo de soluções messiânicas só funcionam quando se aplicam aos outros.

Anthrax disse...

Ok Tonibler, tem toda a razão.

Uma coisa é a nossa visão dos professores em particular, outra é a nossa visão enquanto investidores na educação dos nossos concidadãos.

Para começar, parte logo de uma permissa ligeiramente incorrecta. É que nós não somos "investidores" na educação dos nossos concidadãos. Nós somos parte activa na educação dos nossos concidadãos, porque se não o formos, estamos a desresponsabilizarmo-nos e a olhar para a escola como um "aterro sanitário" onde podemos despejar os "detritos" e quem lá trabalhar que se amanhe porque é para isso que lhe pagamos.

Realmente, os números são claros e deprimentes ou não, dizem-nos à cabeça duas coisas:

1º Que, de um modo geral, os "putos" são burros como penedos.

2º Que, de um modo geral, os professores são de má qualidade.

Mas então e o resto? Onde é que estão os números que reflectem a avaliação qualitativa dos restantes agentes educativos? É que quando se faz uma 'avaliação' sobre o estado da educação não se pode olhar só para os professores, ou só para os resultados dos alunos e concluír que as coisas estão mal. E se vamos metê-los (aos professoes) todos dentro do mesmo saco, tudo bem, mas façamo-lo como deve ser e coloquemos lá dentro, também, os "investidores" porque não estão a cumprir com o papel que lhes cabe.

Desta forma, se estivermos a olhar para tudo isto isto como um corpo, havendo orgãos que não cumprem o seu papel é uma questão de tempo até tudo o resto começar a falhar. Assim é caso para se dizer «quando a cabeça não tem juízo, o corpo é que paga...»

Tonibler disse...

Anthrax,

Qual é a minha preocupação com a educação dos outros? Não é que fiquem aptos a gerar riqueza para todos nós? Então sou um investidor. Se a educação fosse um fim em si mesma, cada um que se amanhasse. E o facto de sermos investidores é a nossa forma de empenho e responsabilização. Recordo que há, entre nós, quem tenha que passar grandes dificuldades na vida para que consigamos pagar este sistema educativo. Portanto, somos mais que parte activa.

Os números são efectivamente claros e deprimentes. Mas são 'fechados'! Isto é, mesmo sem se estar a avaliar a qualidade da educação que é prestada no seu todo, se as horas e os programas prestam para alguma coisa, os números são maus, porque os exames são feitos neste mesmo enquadramento.

Não sei exactamente que outros agentes educativos se refere. O resto é "back office", vivem porque há professores que, por sua vez, existem porque há alunos. Não há mais nada pelo meio. Há uns gestores que não podem gerir nada, umas senhoras que abrem portas, uns ministros e sub-directores-gerais-adjuntos-do-sub-secretário,...

Tenho alunos para educar e professores para o fazerem. É esse o nosso sistema, infelizmente. Um sistema que tem 8(OITO) alunos por professor no secundário (se fossem menos eram tutores, não eram professores), que mesmo assim deixa 9000000 de aulas para serem dadas e com os resultados deprimentes que se veêm. Há quem trabalhe 60 horas e acha que não deve ser metido no mesmo saco? Temos pena...

Se o investidor tiver que fazer mais que isto, então vai decidir por mandar os putos para casa e os professores e outros agentes à vida...

SL disse...

Ainda a propósito dos números, e para que a ignorância não seja erigida em deusa, cá vai:

• Em média, cada professor faltou 0,4 dias (menos de meio dia) por ano ao abrigo do Estatuto do Trabalhador Estudante;
• Por conta do período de férias cada professor faltou, em média, 3 dias por ano (têm direito a 24)
• Por doença, cada professor ou educador faltou 6 dias por ano por motivo de doença. Ora, correspondendo muitas dessas faltas a doenças prolongadas, foram inúmeros os que não deram qualquer falta por doença;
• Para assistência à família (filhos com mais de 10 anos ou familiares idosos) cada professor faltou, em média, 1 dia por ano;
• Já para assistência a filhos menores de 10 anos cada docente, em média, utilizou 0,8 dias;
• E para tudo o resto (acções de formação, reuniões sindicais, greve, falecimento de familiares, casamento, cumprimento de obrigações legais, faltas não imputáveis ao trabalhador, participação em campanhas eleitorais como candidato) cada professor, em média, utilizou 5 dias por ano.

Os números são do próprio ME via GIASE.

Resta ainda repetir o que já foi dito aqui: http://quartarepublica.blogspot.com/2005/11/direito-greve-e-indignao.html#comments

De resto, apraz-me registar que os meus argumentos não foram refutados.

SL disse...

Caro Prof David Justino,

Diz que "há um conjunto não maioritário de professores que usam e abusam do regime de assiduidade do funcionalismo público. Porém, o que sabemos, é que estes docentes acabam por ter as mesmas condições de progressão na carreira, o mesmo estatuto remuneratório, o mesmo tipo de reconhecimento pelo mau ou bom desempenho.
Este é o problema de base e enquanto continuarmos a tratar todos pela mesma bitola, dificilmente chegaremos ao que é fundamental: dignificar o papel dos professores, elevar o seu reconhecimento social e criar condições para a sua valorização profissional.
O igualitarismo profissional consagrado no actual estatuto da carreira docente dá cobertura aos incompetentes e ignora os competentes, esconde os faltosos e responsabiliza todos por igual. É isto que está mal e é isto que está a contribuir para a desmotivação e desalento que todos nós sentimos, principalmente entre os melhores professores."

Absolutamente de acordo.

Repito aqui que já escrevi em http://professorsemquadro.blogspot.com/2005/11/o-estado-no-tem-dinheiro.html

"Sinceramente, penso que esta discussão [acerca do absentismo dos professores] é inútil e vã. E por dois motivos essenciais.

O primeiro é que existem, existiam e existirão bons e maus profissionais em toda a parte. Há bons e maus professores, tal como há bons e maus profissionais em qualquer outra actividade. O facto de um determinado professor trabalhar muito pouco e mal não deve ser extrapolado para os milhares de professores do país.

O segundo é que a questão das aulas de substituição ou a questão das 35 horas são questões menores. O que interessa verdadeiramente é discutir os problemas essenciais da educação - e para esses não tem havido disponibilidade por parte de quem de direito.

A que me refiro? (Sim, porque é bom dizer de que falamos quando dizemos "os problemas essenciais" em abstracto e depois não sabemos enunciar quas são...) Refiro-me aos objectivos que pretendemos atingir com um sistema educativo. Para que serve a Escola (independentemente de ser ela pública ou privada)?

A Escola deve servir para formar. Formar em dois sentidos: formar cidadãos e formar profissionais. Será que a Escola que temos o faz? Não creio. Um post num blog é coisa demasiado superficial para expôr tudo o que deve ser dito/pensado acerca do assunto - e existem neste país pessoas com mais qualidades para o fazer. Mas aquilo que, pessoalmente, penso é que há um excesso de "Ciências da Educação" ao seu pior nível - o "eduquês". Há um discurso politicamente correcto de compreensão para com a indisciplina, o desleixo, a passividade, a mediocridade. Os alunos passam de ano sem nada saberem, sem estarem preparados. Os Pais demitiram-se da sua função primordial e só se preocupam em entregar os filhos à guarda da escola, onde estão supostamente seguros e livres de droga. Os professores deixaram degradar a sua própria condição docente, ao ponto de passarem horas e horas a tratar de assuntos burocráticos que pertenciam aos funcionários administrativos. Os professores sentem-se claramente desmotivados perante uma carreira - é o meu caso - que os obriga a abandonar esposa ou marido e filhos e partir para o degredo, 200km mais a sul ou a norte. As Escolas são, muitas, demasiadas, edifícios velhos, húmidos e frios no Inverno, quentes e abafados no Verão. Longe vão os tempos em que os alunos gostavam de ir para a escola porque tinham lá melhores condições de habitabilidade do que em casa; agora é ao contrário. As escolas estão sujas porque não há funcionários, têm bares e cantinas miseráveis explorados por empresas sem escrúpulos, instalações anacrónicas por não haver financiamento para adquirir novos equipamentos. Há escolas onde a aula de informática é feita em mesas sem computadores, porque não há computadores. Há escolas onde as aulas de ginástica são dadas em salas normais ao lado de salas normais. Onde os alunos não têm chuveiro para tomar banho.

Ensinar ainda é uma coisa séria, mas aprender já não o é. Ainda há dias o Prof. Jorge Buescu afirmava no DN que a Matemática que se ensina nas escolas é uma Matemática-pimba, e quem quiser verificar isso pode comparar os actuais programas com os dos anos 70.

(...)

Quem são os culpados? Todos, com toda a certeza.

Daí que esta discussão acerca das 35 horas ou das aulas de substituição me faça alguma confusão, pois trata-se apenas da ponta do iceberg. Há questões muito mais importantes para e por discutir, mas a voracidade mediática - e política, tanto dos governos como das oposições - não permite discutor mais que o acessório, o superficial.

O que me faz mais confusão é que os Pais se preocupem tanto com as questões menores e não pensem no resto: para que é que os filhos deles estão na Escola? Saem de lá melhores cidadãos? Saem de lá bons profissionais? Garantem com os cursos uma boa empregabilidade? Garantem uma boa formação inicial para enfrentar os desafios das sociedades modernas?"

Cordialmente,

SL disse...

Os números oficiais estão em http://www.giase.min-edu.pt/upload/docs/faltas_dos_professores.htm