Admiro, e em certa medida acarinho, muitas medidas de cariz ambientalista que tenham repercussões a nível global e na saúde individual. Tudo o que se possa fazer para estimular uma consciência ambiental é bem-vindo. Mas há alguns aspetos que me deixam perplexo, como foi o caso de ontem, quando li uma reportagem na qual um senhor ia de Carcavelos até ao Cais de Sodré de comboio e depois montava na bicicleta até o seu local de trabalho, salvo erro, para as bandas do Saldanha. De fato e gravata. Fazia o percurso em 25 minutos.
Diminuir a circulação de automóveis numa cidade é desejável. O exemplo deste senhor é, aparentemente, de louvar, mas nas circunstâncias em que o faz é muito perigoso para a sua saúde. Andar de bicicleta exige esforço, aumento da frequência respiratória e muitos mais litros de ar a entrar nos pulmões. Só de pensar que tem de subir as avenidas da Liberdade e da Fontes Pereira de Melo, até me arrepio todo. Com tantos poluentes naquelas artérias, a sua saúde pode vir a sofrer consequências muito graves se persistir nesse hábito, a não ser que queira vir a ser considerado um “mártir ambiental” e, desta forma, tornar-se um ícone para os lisboetas. Como não vejo grande vontade para modificar os hábitos de circulação, não obstante a qualidade dos transportes da cidade, aqui vai um conselho para os amantes do ambiente que queiram usar a bicicleta: não subam aquelas avenidas de bicicleta, levem-na nos transportes públicos (aqui está uma boa medida, facilitar o transporte das bicicletas) quando tiverem de subir colinas. No regresso, como é a descer desde o Saldanha até ao Cais do Sodré, então usem a bicicleta e façam verdadeiros sprints para escaparem aos ares doentios da baixa lisboeta. Para baixo todos os santos ajudam e protegem das doenças.
Diminuir a circulação de automóveis numa cidade é desejável. O exemplo deste senhor é, aparentemente, de louvar, mas nas circunstâncias em que o faz é muito perigoso para a sua saúde. Andar de bicicleta exige esforço, aumento da frequência respiratória e muitos mais litros de ar a entrar nos pulmões. Só de pensar que tem de subir as avenidas da Liberdade e da Fontes Pereira de Melo, até me arrepio todo. Com tantos poluentes naquelas artérias, a sua saúde pode vir a sofrer consequências muito graves se persistir nesse hábito, a não ser que queira vir a ser considerado um “mártir ambiental” e, desta forma, tornar-se um ícone para os lisboetas. Como não vejo grande vontade para modificar os hábitos de circulação, não obstante a qualidade dos transportes da cidade, aqui vai um conselho para os amantes do ambiente que queiram usar a bicicleta: não subam aquelas avenidas de bicicleta, levem-na nos transportes públicos (aqui está uma boa medida, facilitar o transporte das bicicletas) quando tiverem de subir colinas. No regresso, como é a descer desde o Saldanha até ao Cais do Sodré, então usem a bicicleta e façam verdadeiros sprints para escaparem aos ares doentios da baixa lisboeta. Para baixo todos os santos ajudam e protegem das doenças.
2 comentários:
Excelente conselho, caro Professor Massano Cardoso.
Mas olhe que já tenho visto pessoas a pedalar e a fumar em simultâneo.
Ou então, que troquem a bicla por um cavalo e enquanto sobem a da Liberdade, vão trauteando aquele trecho velhíssimo de revista «eu cá para mim, não ha ai não, maior prazer que o selim e a mulher... rédeas na mão, sorrir, trotar, amar, esquecer e digam lá...»
Não podia haver comparação mais imbecil para fazer naquele dia... AC fê-la... e acredito que houve muita gente que "papou".
Porquê? porque era um Porsche... e o povo pensa logo: "é bem feita, para os ricaços, querem todos vir de Porsche pró trabalho e querem mais túneis... vão-se lixar!!"
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