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sexta-feira, 25 de setembro de 2009

“Meter a pata na poça”

Gastaram um planeta Terra! “A nossa pegada ecológica global acabou de ultrapassar a biocapacidade da Terra. Até ao final do ano vão ser necessários 1,4 planetas para gerar o que consumimos”.
Aqui está a expressão fiel da tolice da espécie humana, que só sabe viver a crédito! Agora quero ver onde vão buscar o resto do planeta que nos faz falta! Exemplos destes não se esgotam em termos ecológicos, no fundo traduzem comportamentos “económicos”. Basta ver a “pegada política” do nosso PM cuja capacidade de endividar o país é mais do que notório. Já vai, dizem os entendidos, em 107%, e parece que vai continuar.
Pegada ecológica, pegada política, pegada cívica, pegada moral, enfim, só vejo “patas”, cada vez maiores, a enfiarem-se nas poças...

3 comentários:

Bartolomeu disse...

E em cada pata, caro Professor Salvador, uma marca. Um "C" de capitalismo.
Não ha nada no nosso super-mega agredido planeta, que aconteça por acaso, ou sem autor... nem o tal bater de asas de uma borboleta.
E o autor deste consumismo desenfreado que consequentemente esgota a capacidade produtiva do planeta tem um nome: ganância.
Esta famigerada ganância manifesta-se a todos os níveis e reveste-se de características epidemiológicas, cresce sobre si mesma e não possui antídoto, termina quando esgotar a fonte de que se alimenta.
Ainda me recordo bem da época em que a minha tribu, o meu clã, trocava com as tribus do litoral, as tiras de carne de javali fumadas, por sal e conchas de moluscos. Não se conhecia o conceito de lucro, somente a utilidade e a necessidade de trocar o supérfluo pelo necessário.
Depois alguem se lembrou de inventar dinheiro, convencendo todos de que seria a forma justa de trocar bens. Uma parvoice, caro professor, garanto-lhe. A partir dali abriram-se os trilhos que conduziram às super evoluídas transacções comerciais e engenharias financeiras de que o mundo e as sociedades hoje padecem e dão como saldo final as mega-crises financeiras que deixam as economias dos países numa posição de equilibrio instável À beira do abísmo.
A humanidade tem perdido as referências que a podem manter no caminho da harmonia, da estabilidade e da sustentabilidade, trocandoas sem vantagem por pressupostos que lhe são "injectados" como panaceia para tratar uma doença de que so passa a sofrer, depois de lhe ser ministrado o remédio.
Roguemos por aquele que virá de novo "espantar" os vendilhões do templo, caro Professor.

Bartolomeu disse...

Gostei daquele "trocandoas", excede largamente os outros pequenos erros... bem, erros não serão se me desculpar com o tal acordo trans atlântico...
;)))

Anónimo disse...

Desde que eu nasci, meu caro Professor, a população mundial triplicou. A pegada só diminuiria durante esse tempo houvesse a noção de que só há uma terra, não surgiram mais duas...