Colbert foi ministro de Estado e da economia do rei Luiz XIV. Mazarino era cardeal e estadista italiano que serviu como primeiro ministro na França.
Colbert: Para encontrar dinheiro, há um momento em que enganar (o contribuinte) já não é possível. Eu gostaria, Senhor Superintendente, que me explicasse como é que é possível continuar a gastar quando já se está endividado até ao pescoço...
Mazarino: Se se é um simples mortal, claro está, quando se está coberto de dívidas, vai-se parar à prisão. Mas o Estado... o Estado, esse, é diferente!!! Não se pode mandar o Estado para a prisão. Então, ele continua a endividar-se... Todos os Estados o fazem!
Colbert: Ah sim? O Senhor acha isso mesmo ? Contudo, precisamos de dinheiro. E como é que havemos de o obter se já criamos todos os impostos imagináveis?
Mazarino: Criam-se outros.
Colbert: Mas já não podemos lançar mais impostos sobre os pobres.
Mazarino: Sim, é impossível.
Colbert: E então os ricos?
Mazarino: Sobre os ricos também não. Eles deixariam de gastar. Um rico que gasta faz viver centenas de pobres.
Colbert: Então como havemos de fazer?
Mazarino: Se se é um simples mortal, claro está, quando se está coberto de dívidas, vai-se parar à prisão. Mas o Estado... o Estado, esse, é diferente!!! Não se pode mandar o Estado para a prisão. Então, ele continua a endividar-se... Todos os Estados o fazem!
Colbert: Ah sim? O Senhor acha isso mesmo ? Contudo, precisamos de dinheiro. E como é que havemos de o obter se já criamos todos os impostos imagináveis?
Mazarino: Criam-se outros.
Colbert: Mas já não podemos lançar mais impostos sobre os pobres.
Mazarino: Sim, é impossível.
Colbert: E então os ricos?
Mazarino: Sobre os ricos também não. Eles deixariam de gastar. Um rico que gasta faz viver centenas de pobres.
Colbert: Então como havemos de fazer?
Mazarino: Colbert! Tu pensas como um queijo, como um penico de um doente! Há uma quantidade enorme de gente situada entre os ricos e os pobres: são os que trabalham sonhando em vir a enriquecer e temendo ficarem pobres. É a esses que devemos lançar mais impostos, cada vez mais, sempre mais! Esses, quanto mais lhes tirarmos mais eles trabalharão para compensarem o que lhes tiramos. É um reservatório inesgotável.
5 comentários:
Caro Dr. Pinho Cardão,
Precisamente. Aqui também pretendi reflectir sobre esta punção sobre a classe média, ou o que resta dela.
Cool Bert: Maz Arino, não estarás por ventura a esquecer-te que os tempos mudaram e hoje já nem o Estado, nem a Igreja, detêm os mesmos poderes? E que hoje as sociedades revoltam-se contra os governos opressores? E muitas vezes, nas actuais sociedades, são os media que quase governam, influênciando a opinião pública, levando as massas à revolta?
Maz Arino: Bee Cool Bert...! As sociedades actuais diferem das antigas, é certo, mas continuam a existir dois fortes argumentos que as podem controlar: Pão e porrada!
Cool Bert: Como assim??
Maz Arino: Elementar, meu caro Cool Bert: Numa mão o pão, na outra o bordão!
Bartolomeu,
A opção porrada, mas daquela a sério mesmo, bordoada forte e feio ... ainda não chegamos lá, e espero nunca chegar.
Para já, a fórmula do pão e circo, vai bastando e sobrando.
Mas palpita-me, caro AF, que a malta já se fartou de palhaçadas, o que quer dizer que o circo é capaz de ter os dias contados... as feras amestradas, já não conseguem assustar os espectadores, os equilibristas, perderam o equilíbrio, os trapesistas, aterram constantemente na rede, os truques de magia, já todos os conseguem topar à distância...
Parece-me que o mais certo é voltarmos brevemente aos jogos do pau, que antigamente eram o divertimento nas feiras...
É certo que algumas cabeças sairão rachadas, mas, para o uso que fazem delas, tanto faz assim como inteiras...
Talvez, caro Bartolomeu, no dia em que as galinhas tiverem dentes ... e mesmo assim, duvido.
Mas o meu amigo vê mesmo alguém a levar paulada? Como diria o Tonibler, e então, ninguém vai preso?
Não, caro Bartolomeu, o circo continua de boa saúde, e os palhaços não são os que estão no palco.
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