Excelente, o artigo de Mario Vargas Llosa no El País de hoje, sobre a Jornada Mundial da Juventude. Aqui fica um excerto:
" Es esto bueno o malo para la cultura de la libertad? Mientras el Estado sea laico y mantenga su independencia frente a todas las iglesias, a las que, claro está, debe respetar y permitir que actúen libremente, es bueno, porque una sociedad democrática no puede combatir eficazmente a sus enemigos -empezando por la corrupción- si sus instituciones no están firmemente respaldadas por valores éticos, si una rica vida espiritual no florece en su seno como un antídoto permanente a las fuerzas destructivas, disociadoras y anárquicas que suelen guiar la conducta individual cuando el ser humano se siente libre de toda responsabilidad".
" Es esto bueno o malo para la cultura de la libertad? Mientras el Estado sea laico y mantenga su independencia frente a todas las iglesias, a las que, claro está, debe respetar y permitir que actúen libremente, es bueno, porque una sociedad democrática no puede combatir eficazmente a sus enemigos -empezando por la corrupción- si sus instituciones no están firmemente respaldadas por valores éticos, si una rica vida espiritual no florece en su seno como un antídoto permanente a las fuerzas destructivas, disociadoras y anárquicas que suelen guiar la conducta individual cuando el ser humano se siente libre de toda responsabilidad".
11 comentários:
Significa que o estado deve promover os valores daquela igreja porque são bons ao contrário das outras que são maus?
Adoptando LLosa não se pode combater eficazmente a criminalidade em geral sem que ...
Mas se numa sociedade (utópica)florescem todo aqueles predicados podemos chegar até lá dispensando os polícias e os juízes?
É evidente que o nível de corrupção numa sociedade depende do nível de valores nela predominante. Mas se esses valores preponderam o combate à corrupção não se coloca.
Combate-se (deve combater-se) a corrupção onde ela existe em grau elevado por ausência de valores que a previnam.
O artigo será excelente como tirada romântica. Mas é ambíguo, salvo melhor opinião.
Caro Tonibler:
Desconversamos...
Caro Rui:
Claro que princípios justos e conduta ética não são seguidos por todos. Nem a lei, que fica aquém, é seguida por todos. Mas é bom que tudo se faça para que esses princípios sejam seguidos pelo maior número.
A polícia não pode ser dispensada para prevenir e combater quem se furta ao cumprimento da lei. E devia ser mais musculada para quem não a cumpre. Estaríamos todos mais descansados. Querer uma polícia para não intervir, como é politicamente correcto, é dinheiro deitado ao lixo. Acontece que qualquer meliante que se preze não tem qualquer medo da polícia. Se esta intervém, ainda é castigada.
Não, caro Pinho Cardão, o motivo da laicidade do estado é exactamente a originação dessa pergunta.
Foi o Estado que se manifestou?
Sim, no acto de o pagar. Sim, na acção do rei. Aliás, este artigo é sobre isso, como os protestos também o eram. Não é sobre os valores porque esses são comuns a todas as religiões e, a fortiori, aos ateus que, como eu, acham que todas as convicções devem ser igualmente respeitadas.
Claro. Mas há umas que não se podem manifestar? Que respeito por essas é então esse?
No momento em que o estado paga, como aconteceu com a manifestação em concreto, acaba a liberdade religiosa.
E compreendo perfeitamente que os judeus espanhóis, como os portugueses, não queiram ver festejada a igreja que dizimou metade dos seus. Embora possam partilhar valores. Dizer que Jesus foi o messias é uma heresia para os judeus e, quando dita pelo estado, é um atentado à liberdade religiosa. Dizer que jesus é o filho de deus é uma heresia para todas as religiões não cristãs. É essa a incompatibilidade entre um estado não laico e a liberdade religiosa. Esta só existe se o estado não tomar posição. E no momento em que o estado paga, o estado toma posição.
Caro Tonibler:
Continuo a dizer que isso é desconversar. Mas não vou por aí. O que está em causa, salientei e consta do post é o que Vargas Llosa escreveu, isto é: "una sociedad democrática no puede combatir eficazmente a sus enemigos -empezando por la corrupción- si sus instituciones no están firmemente respaldadas por valores éticos, si una rica vida espiritual no florece en su seno como un antídoto permanente a las fuerzas destructivas, disociadoras y anárquicas que suelen guiar la conducta individual cuando el ser humano se siente libre de toda responsabilidad".
Misturar religião, ou estado, ou liberdade religiosa ou lutas religiosas (e todas as religiões foram perseguidoras e perseguidas, umas mais, outras menos)não vem aqui ao caso.
Caro Dr. Pinho Cardão
Comungo totalmente da análise de Vargas Llosa, em especial sobre a incapacidade - eu diria impossibilidade - de a cultura e o conhecimento responderem às grandes perguntas e ansiedades do ser humano sobre a existência e o destino, a vida, o sentido da vida, a morte, o caminho da civilização. O ser humano encontra, naturalmente, na religião - sempre foi assim ao longo da história da humanidade - o refúgio para a falta de respostas das ciências, alimentando a esperança, tantas vezes suportada na fé, de que um dia as dúvidas da condição humana serão finalmente resolvidas.
Eu assumi que esse era só um destaque de um artigo inteiro de propaganda católica de resposta às críticas dos laicos e que termina com
"Creyentes y no creyentes debemos alegrarnos por eso de lo ocurrido en Madrid en estos días en que Dios parecía existir, el catolicismo ser la religión única y verdadera, y todos como buenos chicos marchábamos de la mano del Santo Padre hacia el reino de los cielos"
Assim de repente... diria que não estou muito enganado, mas fico feliz que o Vargas Llosa se tenha aprontado a explicar aos outros como se devem sentir.
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