Eu pensava que a defesa do ambiente se destinava preservar e a aumentar o bem-estar do ser humano, e não constituía nenhum valor em si, ou nenhuma finalidade de per si. Hoje de manhã, fiquei a saber o contrário, num destes programas da rádio de defesa do ambiente.
Contava a autora que a sílica era usada no processo de fabrico utilizado pela indústria de confecções para tornar os jeans rotos ou com ar de usados, antes de serem postos à venda. Como a sílica constituía um atentado ao meio ambiente, os consumidores deveriam abster-se da compra desse tipo de jeans. E terminava: o ambiente agradece.
Portanto, aí está a mensagem: não comprar esse tipo de jeans, porque faz mal ao ambiente; que faça mal às pessoas, isso não tem qualquer importância.
Percebe-se o que a menina queria dizer. Mas utilizar o ambiente como razão final e não as doenças que a sílica causa a quem a ela fica exposta vem apenas comprovar que, lá no fundo, as pessoas são uma segunda ou terceira derivada no mundo dos ambientalistas. Porque o ambiente está acima de tudo.
Contava a autora que a sílica era usada no processo de fabrico utilizado pela indústria de confecções para tornar os jeans rotos ou com ar de usados, antes de serem postos à venda. Como a sílica constituía um atentado ao meio ambiente, os consumidores deveriam abster-se da compra desse tipo de jeans. E terminava: o ambiente agradece.
Portanto, aí está a mensagem: não comprar esse tipo de jeans, porque faz mal ao ambiente; que faça mal às pessoas, isso não tem qualquer importância.
Percebe-se o que a menina queria dizer. Mas utilizar o ambiente como razão final e não as doenças que a sílica causa a quem a ela fica exposta vem apenas comprovar que, lá no fundo, as pessoas são uma segunda ou terceira derivada no mundo dos ambientalistas. Porque o ambiente está acima de tudo.
3 comentários:
Mais uma pescadinha-de-rabo-na-boca, não lhe parece, caro Dr. Pinho Cardão?!
Se existisse uma consciência universal, capaz de conjugar atitudes que visassem a protecção do ambiente, estaria automáticamente essa consciência a proteger-se a si mesma.
Mas como a tendência é para o "deixar para depois" e priveligiar o prazer do imediato... então, adensa-se a teia e aperta-se o cerco à consciência, fracturando-a e frágilizando-a, resultando consequentemente nos maiores e mais diversos atentados ao ambiente e a todos os seres vivos (até ver) que nele habitam.
Cada vez mais o mundo caminha no sentido daquilo para que o argumento de um filme já velhote" Mad Max", nos alertava e que na altura foi tido como ficção impossível de vir um dia a tornar-se realidade.
Essa senhora não é burra. Apenas se aproveita da ignorância das pessoas para espalhar meias-verdades que muitas vezes escondem outros propósitos bem menos ecológico$.
Em primeiro lugar, a sílica não é usada para tornar os Jeans usados. O material que é usado é pedra-pomes, que ao se desfazer se torna em sílica.
A sílica é um material inerte, mas a sua poeira fina é cancerigena e provoca um cancro chamado de silicose (Doença dos mineiros), por isso hoje em dia só pode ser usada em espaços confinados, bem ventilados e com filtros apropriados (Que não são muito caros) - Esta é a verdade do que a eco-fascista disse.
Agora o que ela não disse:
O processo de "envelhecimento" dos jeans é feito em espaço combinado e em meio húmido. Basicamente é uma máquina de lavar gigante onde em vez de detergente coloca-se pedra-pomes. Por isso a silica não afecta o ambiente, bastanto uma simple e barata decantação para a retirar e sob o ponto de vista da saúde e segurança dos trabalhadores.
E porque é que eu lhe chamei Eco-Fascista?
Porque ela demonstrou que a protecção do ambiente não é a sua preocupação, pois se o fosse aconselharia a não comprar jeans, pois o envelhecimento dos mesmos obriga a:
Tingir com indigo os jeans (Processo muito poluidor).
Retirar cerca de 60 a 80% do indigo anteriormente tingido para dar o efeito velho (Processo muito poluidor, não pela sílica, mas pelo indigo, corante insoluvel em água e que obriga a processos complexos e caros de redução e decantação. Nisto ela não falou e apenas posso concluir que quem fabrica o corante também deve ter um produto que pode substituir a pedra -pomes, mas é muito mais caro e por isso há que criar o medo, para conseguir a substituição.
Mas a burrice da eco-fascista é tal, pois dizer sílica ou areia é a mesma coisa e não me parece que uma praia cheia de sílica seja um atentado ambiental, muito menos que fiquemos com a saúde em ricos por passearmos na areia descalços.
Caro Luís Bonifácio:
Ora aí está em excelente esclarecimento.
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