Como qualquer cidadão tenho acompanhado com muita preocupação a situação financeira e económica deste mundo esquisito e do eterno pobre Portugal, não obstante alguns períodos de riqueza que este último já conheceu, mas que deverá ter satisfeito apenas meia dúzia de nacionais, como é obvio. Não é preciso ser-se especialista, nem possuir grandes conhecimentos técnicos, para saber o que é que se passa. Afinal de contas é "apenas" um fenómeno que se observa frequentemente à escala familiar, agora intensificada pelo tamanho da nau e pelos disparates de quem elegemos ou dos quem se "elegem" para governar o povo, tudo isto à mistura com aldrabices capazes de envergonhar o mais hábil dos vigaristas. Gasta-se muito, produz-se pouco e vigariza-se sempre que se pode. As medidas para aumentar as receitas são fáceis de equacionar, e elas estão aí no máximo, ou melhor, já ultrapassaram, e de que maneira, os limites aceitáveis. Quanto à redução da despesa sente-se um estranho tremor, não sei se de medo ou se devido a alguma incapacidade neurológica a prever um desastre incontrolável. "A ver vamos, como dizem os cegos". Quanto aos vigaristas, não vejo grandes medidas na sua eliminação ou controlo, até penso, posso estar errado, que esta situação lhes pode ser favorável.
Quanto aos chamado "imposto sobre os mais ricos", proposto pelos próprios, os supermilionários, torço o nariz. Não é que ponha em causa a filantropia de alguns, muitas ações humanitárias desta particular fauna estão bem patenteadas e merecem o máximo respeito. Contudo, é preciso conhecer como é que são ou foram produzidas as suas fortunas. Não acredito que muitas delas se tenham baseado em "valores" adotados posteriormente quando passaram a ser ricos. Se a situação económica se agravar também irão sofrer as consequências e deixarão de obter mais lucros, assim, o melhor é prescindir, através de um imposto especial a pedido, de algum do seu património, aliviando tensões sociais e permitir que os estados consigam estabilizar ou inverter a crise (o que eu não creio), e ainda podem ficar bem no filme! Ah! Há qualquer coisa que não bate bem nesta história, pode não ser nada disto, mas que há não duvido. "Gato escaldado da água fria tem medo", e eu já levei muitos escaldões!
4 comentários:
O imposto pago pelos bilionários franceses equivale ao que é pago ao estado português por um trabalhador que ganhe ~1230 euros limpos.
Sobre isso, tenho a dizer que não vejo ninguém a dizer que vai trabalhar mais para que o estado tenha mais receitas, mas vejo os socialistas, do BE ao CDS, a reclamarem por uma fatia maior do trabalho alheio dando-me a sensação de que o que este país precisa é de uma chuva de Quitoso.
Quando se perceber que taxar mais os ricos não torna os pobres menos pobres vai perceber-se que estas valvulas de escape da pressão social são fantasia.
Desde que ouvi esta notícia de possível imposto sobre a riqueza que me pergunto:
-Comparado com um desempregado, que sobrevive sem subsídios do estado e com o apoio de familiares, um português com um salário de 400 euros será rico?
-Como podem os portugueses, mesmo os que se dizem de esquerda, pedir mais impostos quando urge fazer exactamente o contrário?
O Senhor Presidente da República Portuguesa, disse ha pouco que os Portugueses atingiram o limite dos sacrifícios que se lhes pode pedir... Não referiu, mas desconfio que irá tomar medidas e pedir ao governo que passe a cobrar impostos, somente aos estrangeiros residentes no país...
Aqueles que residem no Allgarbe, não irão estranhar essa medida... já se começaram a habituar à onda de assaltos...
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