Uma coisa irrita os croatas e eslovenos, que é englobá-los na designação genérica, mas muito comum, de países da Península Balcânica, ou de países balcãs. Porque é falso em termos geográficos e porque, sobretudo, atenta quanto à sua própria identidade.
Quanto a pertencerem Península Balcânica, basta olhar para o mapa da Europa para lhes reconhecer toda a razão. A Eslovénia e a Croácia estão situados em plena massa continental, não havendo qualquer península próxima.
Quanto a serem países Balcãs, também não é verdade. A cordilheira dos Bálcãs estende-se do leste da Sérvia até ao mar Negro. Acontece que a Eslovénia nem fronteira tem com a Sérvia e o território da Croácia desenvolve-se bastante mais a sul da Sérvia e dos Balcãs, interpondo-se a Bósnia-Herzgovina em grande extensão na separação de fronteiras entre aqueles dois países. A grande montanha da Eslovénia são os Alpes Julianos e da Croácia os Alpes Dináricos, extensões naturais para leste da cordilheira alpina.
Mas se geograficamente é uma designação incorrecta, em termos de identidade como nação e em termos culturais ainda é maior.
Eslovénia e Croácia sempre foram países de alfabeto latino e nesse alfabeto construíram a sua língua e literatura, contrariamente aos seus vizinhos sérvios e bósnios, com alfabeto cirílico; sempre foram países de população católica, contrariamente aos seus vizinhos do norte e este, ortodoxos ou muçulmanos; e experimentaram, ao longo dos séculos, pertenças diferentes, que lhes moldaram de forma diversa hábitos e maneira de ser e pensar. A Eslovénia sempre esteve próxima, geograficamente da Áustria e política e economicamente da Alemanha. A Croácia sofreu larga influência das repúblicas italianas. E tanto um como outro destes países só sofreu marginalmente o domínio otomano.
E tanto Eslovénia como a Croácia não gostam de ser metidas no pacote de instabilidade dos, esses sim, países balcânicos. Chamarem-lhes balcânicos, põe croatas e eslovenos fora de si. E com toda a razão!
Quanto a pertencerem Península Balcânica, basta olhar para o mapa da Europa para lhes reconhecer toda a razão. A Eslovénia e a Croácia estão situados em plena massa continental, não havendo qualquer península próxima.
Quanto a serem países Balcãs, também não é verdade. A cordilheira dos Bálcãs estende-se do leste da Sérvia até ao mar Negro. Acontece que a Eslovénia nem fronteira tem com a Sérvia e o território da Croácia desenvolve-se bastante mais a sul da Sérvia e dos Balcãs, interpondo-se a Bósnia-Herzgovina em grande extensão na separação de fronteiras entre aqueles dois países. A grande montanha da Eslovénia são os Alpes Julianos e da Croácia os Alpes Dináricos, extensões naturais para leste da cordilheira alpina.
Mas se geograficamente é uma designação incorrecta, em termos de identidade como nação e em termos culturais ainda é maior.
Eslovénia e Croácia sempre foram países de alfabeto latino e nesse alfabeto construíram a sua língua e literatura, contrariamente aos seus vizinhos sérvios e bósnios, com alfabeto cirílico; sempre foram países de população católica, contrariamente aos seus vizinhos do norte e este, ortodoxos ou muçulmanos; e experimentaram, ao longo dos séculos, pertenças diferentes, que lhes moldaram de forma diversa hábitos e maneira de ser e pensar. A Eslovénia sempre esteve próxima, geograficamente da Áustria e política e economicamente da Alemanha. A Croácia sofreu larga influência das repúblicas italianas. E tanto um como outro destes países só sofreu marginalmente o domínio otomano.
E tanto Eslovénia como a Croácia não gostam de ser metidas no pacote de instabilidade dos, esses sim, países balcânicos. Chamarem-lhes balcânicos, põe croatas e eslovenos fora de si. E com toda a razão!
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