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terça-feira, 14 de janeiro de 2014

Deputado

Estou a ver o "cinco para a meia noite" em quem o "bastonário" dos TOC  fez a seguinte afirmação, "A Assembleia da República é a melhor escola da vida para quem trabalha (lá, na AR)". É verdade. Eu, na minha longa vida profissional e académica, confesso que foi a maior e a mais gratificante experiência que tive até hoje. Trabalhei e dei o meu melhor pelos meus concidadãos enquanto deputado. Uma honra que nunca irei esquecer. Escrevo aqui, preto no branco, a seguinte afirmação, nunca tive experiência igual a esta, a mais rica, a mais nobre, a melhor de toda a minha vida. Trabalhei? Sim. Dediquei a todos o meu esforço? Sim, dei. Arrependido? Nunca. Agradeço a oportunidade de ter caído naquele espaço.

13 comentários:

Floribundus disse...

o solar dos barrigas é a melhor escola ... etc e tal

ainda hoje vi um barbas que se esqueceu de vestir a farda de graduado da MOCIDADE PORTUGUESA

Suzana Toscano disse...

Muito bem, caro Massano Cardoso, foi no Parlamento que o conheci e aí aprendi a admirá-lo com muita estima também, é pena, é mesmo lamentável, que o trabalho excelente e o esforço de tantos seja completamente ignorado ou desprezado a favor de uns quantos que não percebem o que andam lá a fazer.

Margarida Corrêa de Aguiar disse...

Caro Professor Massano Cardoso
É pena que a parte má esmague a parte boa. Às vezes interrogo-me de onde vem a fraqueza de não sermos capazes de fazer vingar o que é bom, que tem valor, sobre o que é mau, que não interessa.

Bartolomeu disse...

A "fraqueza" cara Drª Margarida, vem através das imagens que a televisão capta (como aquelas em que filmaram os monitores de alguns deputados que em plena sessão se entretinham a jogar)dos debates, das piadas e risotas, dos apupos, das verdades de que alguns deputados se acusam e das justificações ou desvios que outros deputados usam para se desresponsabilizar. Tudo isto, ofusca o trabalho meritório de outros, talvez em menor número que entende o cargo como o caro Professor o descreve; um cargo onde os nomeados que possuem carater e sentido de cidadania, se empenham e se esforçam para serem úteis à sociedade e ao seu país.

jotaC disse...

É a atitude certa resultante, com certeza, de valores éticos elevados, cada vez mais ausentes do dia-a-dia daqueles que, por maioria de razão deviam fazer disso ponto de honra...

Anónimo disse...

Limito-me a dizer o óbvio, meu caro Professor: é pena que no Parlamento não tenham assento muitos como o meu Amigo.

Margarida Corrêa de Aguiar disse...

Caro Bartolomeu
Se os bons exemplos fossem mais noticiados, se o mérito fosse reconhecido, estou em crer que se criaria um ambiente bem menos favorável à continuação de comportamentos e práticas criticáveis.

Rui Fonseca disse...

Estimado Professor,

O seu apontamento de hoje, e os comentários que suscitou, recordaram-me o que hoje coloquei aqui

http://aliastu.blogspot.com/2014/01/biodiversidade-parlamentar_5008.html

e que não transcrevo nesta caixa de comentários por ser relativamente longo.

Massano Cardoso disse...

Muito bem, Rui. Muito bem. Gostei da "biodiversidade parlamentar". Mas não acha que há "Armandas" a mais? No Parlamento, claro.:):):)

Suzana Toscano disse...

Caro Rui Fonseca, é verdade que a maior parte do trabalho parlamentar faz-se nas comissões ou prepara-se sozinho para o apresentar ao grupo parlamentar e depois seguir ou não todo o processo legislativo, o que se vê do Plenário é muito redutor do trabalho parlamentar e muito injusto para os que não têm "dotes oratórios" ou náo lhes é sequer dada oportunidade de os treinar ou demonstrar. Já quanto à interpretação da "representação da diversidade" deixa algumas dúvidas sobre a qualidade dos contributos :)

Rui Fonseca disse...

Obrigado, Professor, pelo seu comentário.
Francamente, não sei se há Armandas a mais no Parlamento.

Diz S. Toscano no seu comentário que não é dada oportunidade a muitos deputados de se iniciarem sequer nos debates em plenário e que o trabalho das comissões é primordial, confirmando o que me disse Armanda.

O que suscitou o meu apontamento foi o princípio do espelho da sociedade portuguesa no parlamento.

Que nunca me tinha ocorrido mas que, concluí depois, se não é propositado
é bem achado.

Massano Cardoso disse...

Não sei se é bem achado, confesso. Pelo que me foi dado a observar in loco e noutras alturas receio que não seja a verdadeira imagem da sociedade portuguesa. E não estou a falar em elites ou pseudo intelectuais, não, nada disso. Conheço bem a sociedade portuguesa e se ela estivesse condignamente representada outros valores se aleventariam. Não estou a falar de "Armandas", mas sim do homem do povo, culto, sábio... Conheço-os muito bem e convivo melhor com eles.

Rui Fonseca disse...

Compreendo.

Não sendo propositado nem bem achado, será uma fragilidade democrática inultrapassável?

Diz MCA: "Às vezes interrogo-me de onde vem a fraqueza de não sermos capazes de fazer vingar o que é bom, que tem valor, sobre o que é mau, que não interessa."

A verdade é que não se trata de um fenómeno exclusivo da democracia portuguesa,mas há uma prevalência desse fenómeno mais forte nas democracias menos amadurecidas. E a fraqueza decorre, pelo menos em grande parte dessa imaturidade cívica do universo eleitor.

Salvo melhor opinião.