Enquanto bizantinamente uns vão conjecturando o aquecimento e outros o arrefecimento global, no mundo real há quem vá metendo água e esteja perto do afundanço total.
Só para que não fique com a ideia de que o estou a roubar (intelectualmente, diga-se) transcrevo o parágrafo final do que provavelmente será a minha próxima crónica no Público (que já estava escrita e entregue quando apareceu este post): "E para essa discussão, vir falar dos barcos presos no gelo da Antárctida ou no frio polar do Canadá durante meia dúzia de dias, é verdadeiramente discutir o sexo dos anjos com os turcos a assediar as muralhas de Constantinopla." Afinal temos mais afinidades na matéria do que se poderia inferir dos meus comentários aos seus textos. henrique pereira dos santos
Não compreendo a que "mundo real" se refere concretamente o meu estimado Amigo, Dr. Pinho Cardão. Ao "mundo real" do comentário político, aquele que muda de rumo conforme as conveniências dos próprios ou dos partidos políticos a que se acham umbilicalmente ligados? Ao "mundo real" da audiências que os canais de televisão, que pagam a estes comentadores, que vivem de shares e que são "alimentados" por anunciantes que também usam um perfil cromático? Não percebo, caro Dr. Pinho Cardão a que escala de realismo ou de surrealismo se encontra aquela estatística subordinada... é que hoje em dia, as opiniões são tão voláteis que chego a duvidar se REALMENTE possuem alguma espécie de corpo, mesmo que gasoso seja.
O Povo - que muitos acham que não sabe - está farto de Sócrates e das suas mentiras. Não acham que, perante os gráficos, não vale a pena a tortura da pantominice?
Caro Henrique Pereira dos Santos: Não duvido, até devido ao velho aforismo "les bons esprits se rencontrent"!... Talvez com uma ressalva, que é a de poder pensar que os turcos não serão os mesmos... De qualquer forma, saúde e boa disposição. E que, pelo menos este ano, o aquecimento global não provoque muito frio em Portugal!
Não é só essa a surpresa, caro Dr. José Mário, há outras que nos saltam à vista ao analisar este quadro, por exemplo: Dos 3 comentadores ligados ao PSD, dois descem a mesma percentagem nas audiências e o terceiro, Nuno Morais Sarmento, sobe percentualmente o mesmo (sensivelmente)que desce o quarto comentador, ex-PM. Um dos motivos para esta discrepância, fica a dever-se, penso eu, a cada um dos comentadores do PSD pertencer a "linhas" diferentes dentro do partido e Morais Sarmento estar mais de acordo coma a linha de Manuela Ferreira Leite que, ultimamente, tem emitido publicamente opiniões que ferem profundamente as decisões do governo. Os outros dois comentadores do PSD só não baixaram mais nas audiências, penso eu, porque de vez em quando lá vão dando umas (inevitáveis) ferroadelas no executivo. Sócrates, tem vindo claramente a fraquejar nas sua forma de comentar, perdeu a ténue "aura" com que iniciou a "onda" de comentador político.
eu ia jurar que tinham ignorado o comentador do sexo feminino por razões de mera discriminação de género. Não imaginava que o tinham excluído por outras razões.
Presumo que o caro Zuricher se refira a José Sócrates. Não sei se alguma vez o ex-PM conduziu carroças, sei que conduziu um governo e que durante essa condução, algumas decisões foram subscritas também pelo principal partido da oposição, na altura; o PSD. Não faço a mais pálida ideia, qual terá sido o propósito concreto com que José Sócrates "aderiu" à moda do comentário político. Se na base da sua decisão havia interesses propagandistas, ou promocionais, com a intenção de reabilitar a sua imagem política ou até de aplanar terreno para uma futura candidatura. Penso que terá havido outros interesses, alguns até, alheios ao seu próprio. Poderá ter havido também uma ponta de narcisismo a empurrar o impreparado Sócrates para tal aventura. Penso que nesta altura, José Sócrates já teve tempo para analisar a sua prestação como comentador e desistir de a manter. Mas não é o único. O comentário político, do meu ponto de vista, exige uma visão coerente e abrangente da política nacional, exige isenção e acima de tudo que o comentador esteja imbuído do espírito crítico mas na vertente construtiva. E neste campo, com esta atitude, no plano do comentário, muito sinceramente, só consigo ver um comentador que não nenhum dos que compõe a estatística publicada.
Caro Bartolomeu, o epíteto de carroceiro vem a propósito dum dos episódios em que o homem se referiu ao ministro das finanças Alemão em termos totalmente inapropriados. Usou linguagem de carroceiro, como costuma dizer-se. Quanto à propaganda, não me referia à auto-propaganda mas sim à que vem sido feita por vários sectores, jornalistas incluidos, para limpar a imagem da criatura. Mas pelos vistos já nem isso lhe vale. Quanto ao comentário político em si, olhe, sendo-lhe sincero, eu na realidade não gosto do comentário político, dos comentadores sabe-tudo com acesso a milhões de pessoas. Nunca gostei, sinceramente.
Independentemente dos prós e contras, há uma coisa que julgo estar certa: dificilmente se tem bom desempenho em entrevistas cujas perguntas são sempre as mesmas. Quero com isto significar que o conteúdo das entrevistas da Dra. Manuela e do Engº Sócrates é sempre o mesmo, sobre o que governo faz e não faz, e como o que faz é pouco, o asunto esgota-se. Já o conteúdo da entrevista ao Prof. Marcelo, é mais vasto e bem estruturado, uma no cravo outra na ferradura, há comes e bebes à mistura, há livros, há futebol, há o olhar da mona lisa, nestas coisas tudo conta!
18 comentários:
Só para que não fique com a ideia de que o estou a roubar (intelectualmente, diga-se) transcrevo o parágrafo final do que provavelmente será a minha próxima crónica no Público (que já estava escrita e entregue quando apareceu este post):
"E para essa discussão, vir falar dos barcos presos no gelo da Antárctida ou no frio polar do Canadá durante meia dúzia de dias, é verdadeiramente discutir o sexo dos anjos com os turcos a assediar as muralhas de Constantinopla."
Afinal temos mais afinidades na matéria do que se poderia inferir dos meus comentários aos seus textos.
henrique pereira dos santos
Em que lugar ficou o comentador semanal do sexo feminino que tinha a solução para tudo mas não diz :)?
Caro Pinho Cardão,
Como diz a canção: eu sei lá, sei lá, quem é o pai da criança...
digo-lhe o mesmo. Lembra-se daquele político, hoje "senador" que a certa altura do precurso foi dado como "vindimado" !?
Eu sei lá, sei lá...
Não compreendo a que "mundo real" se refere concretamente o meu estimado Amigo, Dr. Pinho Cardão.
Ao "mundo real" do comentário político, aquele que muda de rumo conforme as conveniências dos próprios ou dos partidos políticos a que se acham umbilicalmente ligados?
Ao "mundo real" da audiências que os canais de televisão, que pagam a estes comentadores, que vivem de shares e que são "alimentados" por anunciantes que também usam um perfil cromático?
Não percebo, caro Dr. Pinho Cardão a que escala de realismo ou de surrealismo se encontra aquela estatística subordinada... é que hoje em dia, as opiniões são tão voláteis que chego a duvidar se REALMENTE possuem alguma espécie de corpo, mesmo que gasoso seja.
O Povo - que muitos acham que não sabe - está farto de Sócrates e das suas mentiras. Não acham que, perante os gráficos, não vale a pena a tortura da pantominice?
A mim o que me admira é que lhe dês palco aqui.
Eu supunha que ele já tivesse voltado ao PO para doutoramento em tortura.
Não vejo televisão hà já algum tempo.
Está tudo na mesma, não.? salvo a vingança dos deuses traduzida em tempestades ...
Caro Henrique Pereira dos Santos:
Não duvido, até devido ao velho aforismo "les bons esprits se rencontrent"!...
Talvez com uma ressalva, que é a de poder pensar que os turcos não serão os mesmos...
De qualquer forma, saúde e boa disposição. E que, pelo menos este ano, o aquecimento global não provoque muito frio em Portugal!
Caro Tonibler como vê a discriminação sexista está por todo o lado e pelas razões do costume: se não podem vencer as mulheres o melhor é ignorá-las :)
Ora essa! Ignorá-las!? Nem pensar!!!
;)
Ainda consegue 9,8?!
Não é só essa a surpresa, caro Dr. José Mário, há outras que nos saltam à vista ao analisar este quadro, por exemplo: Dos 3 comentadores ligados ao PSD, dois descem a mesma percentagem nas audiências e o terceiro, Nuno Morais Sarmento, sobe percentualmente o mesmo (sensivelmente)que desce o quarto comentador, ex-PM. Um dos motivos para esta discrepância, fica a dever-se, penso eu, a cada um dos comentadores do PSD pertencer a "linhas" diferentes dentro do partido e Morais Sarmento estar mais de acordo coma a linha de Manuela Ferreira Leite que, ultimamente, tem emitido publicamente opiniões que ferem profundamente as decisões do governo. Os outros dois comentadores do PSD só não baixaram mais nas audiências, penso eu, porque de vez em quando lá vão dando umas (inevitáveis) ferroadelas no executivo. Sócrates, tem vindo claramente a fraquejar nas sua forma de comentar, perdeu a ténue "aura" com que iniciou a "onda" de comentador político.
Ou seja, já não há propaganda que valha ao carroceiro!
Cara Suzana,
eu ia jurar que tinham ignorado o comentador do sexo feminino por razões de mera discriminação de género. Não imaginava que o tinham excluído por outras razões.
Presumo que o caro Zuricher se refira a José Sócrates. Não sei se alguma vez o ex-PM conduziu carroças, sei que conduziu um governo e que durante essa condução, algumas decisões foram subscritas também pelo principal partido da oposição, na altura; o PSD.
Não faço a mais pálida ideia, qual terá sido o propósito concreto com que José Sócrates "aderiu" à moda do comentário político. Se na base da sua decisão havia interesses propagandistas, ou promocionais, com a intenção de reabilitar a sua imagem política ou até de aplanar terreno para uma futura candidatura. Penso que terá havido outros interesses, alguns até, alheios ao seu próprio. Poderá ter havido também uma ponta de narcisismo a empurrar o impreparado Sócrates para tal aventura. Penso que nesta altura, José Sócrates já teve tempo para analisar a sua prestação como comentador e desistir de a manter. Mas não é o único. O comentário político, do meu ponto de vista, exige uma visão coerente e abrangente da política nacional, exige isenção e acima de tudo que o comentador esteja imbuído do espírito crítico mas na vertente construtiva. E neste campo, com esta atitude, no plano do comentário, muito sinceramente, só consigo ver um comentador que não nenhum dos que compõe a estatística publicada.
Caro Bartolomeu, o epíteto de carroceiro vem a propósito dum dos episódios em que o homem se referiu ao ministro das finanças Alemão em termos totalmente inapropriados. Usou linguagem de carroceiro, como costuma dizer-se.
Quanto à propaganda, não me referia à auto-propaganda mas sim à que vem sido feita por vários sectores, jornalistas incluidos, para limpar a imagem da criatura. Mas pelos vistos já nem isso lhe vale.
Quanto ao comentário político em si, olhe, sendo-lhe sincero, eu na realidade não gosto do comentário político, dos comentadores sabe-tudo com acesso a milhões de pessoas. Nunca gostei, sinceramente.
Independentemente dos prós e contras, há uma coisa que julgo estar certa: dificilmente se tem bom desempenho em entrevistas cujas perguntas são sempre as mesmas. Quero com isto significar que o conteúdo das entrevistas da Dra. Manuela e do Engº Sócrates é sempre o mesmo, sobre o que governo faz e não faz, e como o que faz é pouco, o asunto esgota-se.
Já o conteúdo da entrevista ao Prof. Marcelo, é mais vasto e bem estruturado, uma no cravo outra na ferradura, há comes e bebes à mistura, há livros, há futebol, há o olhar da mona lisa, nestas coisas tudo conta!
Está visto que o caro jotac gosta mais de variedades :)
... de variedades, mas com acompanhamento de orquestra... ;)))
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