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quinta-feira, 19 de dezembro de 2013

O sistema

Estou particularmente sensível, bem sei, chegado agora mesmo daquele estabelecimento prisional onde muitos passarão o Natal sem o calor dos seus. É assim o sistema que está concebido para proteger a sociedade. Eis o resumo dos fundamentos da recusa da precária daquele que esperava ansiosamente pela decisão e que tinha ali perante mim. O sistema...
Regressado ao escritório encaro esta notícia.
Sei que cometo o pecado da generalização que tantas vezes verberei ao escrever o que segue. Ainda assim escrevo para atenuar a raiva que sinto: a notícia retrata bem o quanto vale a liberdade e a dignidade da pessoa, para alguns que agem em nome do Estado e que se proclamam de um humanismo bacteriologicamente puro.
O sistema...
Quem nos protege do sistema?

4 comentários:

Anónimo disse...

Caro Ferreira de Almeida, apenas mais um exemplo de que o Estado Português não é uma pessoa de bem. Um exemplo entre tantos e tantos outros.

Massano Cardoso disse...

Pensando bem, quase que poderia afirmar que há uma possibilidade de proteger-nos do sistema, usar uma "moca"...

Margarida Corrêa de Aguiar disse...

José Mário
Um Estado que não é capaz de reconhecer os erros que comete é um Estado que não tem problemas em cometer esses mesmos erros. Não é uma pessoas de bem, dá um péssimo exemplo!

Suzana Toscano disse...

Lamento pela pessoa que visitou, se o meu amigo se indigna é porque tem boas razões para isso. O sistema não é nada em si, se quem o gere e aplica não tiver alma nem inteligência sobra a máquina bruta, que tanto tritura como organiza. Um sistema que dispense a intervenção humana é sempre uma montruosidade que só favorece os cobardes e os incompetentes. Um Natal com paciência e esperança para o seu amigo.