Eis-me, pois, de volta a Terras Lusitanas! E que saudades que já tinha deste cantinho à beira-mar plantado!...
Aterrámos em Lisboa pouco depois das 8 da manhã, e no seguimento de uma noite muito mal-dormida… Não é que o voo tivesse sido muito turbulento; nada disso… Simplesmente, para uma viagem de cerca de 6 horas e meia, aquelas cadeiras são demasiado desconfortáveis e o espaço para as pernas muito diminuto. Se a isto acrescentarmos que a viagem foi feita durante a noite (ao contrário do que tinha sucedido há três semanas, quando saí de Lisboa às 10:30 da manhã), facilmente se percebe o desconforto dos passageiros – sobretudo aqueles que não conseguem dormir, como foi o meu caso. Finalmente, não posso ainda deixar de referir que a tripulação (ou pelo menos alguma parte da tripulação…) não era nem simpática nem cooperante, ao contrário do que tinha sucedido no voo intercontinental de ida.
Mas pronto, lá se passou e o que importa é que já estou em Portugal são e salvo!
Como esperava, o dia foi passado em família, com os meus pais, o meu irmão, a minha cunhada, os meus sobrinhos e também uma das minhas tias.
Foi óptimo – já tinha saudades de estar assim, e sobretudo o convívio com os pequenitos Mariana e Afonso, os meus sobrinhos, foi magnífico.
Infelizmente, o Vitória de Setúbal não ganhou a Taça de Portugal – o FC Porto fez a dobradinha, e por isso parabéns a todos os portistas, mas sobretudo ao meu amigo Pinho Cardão, da Quarta República –, e essa foi a notícia que gostava de não ter tido no meu regresso a Portugal.
Enfim, agora será o regresso à labuta diária, da qual também já sentia a falta, depois de três semanas inesquecíveis nos EUA.
Creio que já disse quase tudo o que tinha a dizer sobre esta minha experiência, que procurei partilhar o mais detalhadamente que me foi possível com os meus colegas da Quarta Repúlblica, os leitores do blog, a minha família (que espero agora continue a consultá-lo com regularidade...), os meus amigos.
De qualquer modo, não queria terminar sem referir que julgo que a melhor forma de caracterizar globalmente o International Visitor Leadership Program é mencioná-lo como fez Diane Crow, na nossa reunião no Department of State, em Abril 25: trata-se de um “jogo” em que todos ganham (do ponto de vista dos EUA), e por isso é um win-win-win game.
Eu ganhei… enfim, julgo que se tornou claro, ao longo das minha crónicas diárias por que ganhei!...
O Department of State ganhou porque fez mais um contacto internacional com alguém que considerou ter interesse.
As empresas americanas ganharam: as companhias de aviação, porque tiveram mais dois passageiros em várias viagens (eu e o Marc Nicholson também); os hotéis, porque tiveram as nossas reservas; os restaurantes e estabelecimentos a que recorremos ganharam porque viram a sua actividade acrescida.
Claro que esta iniciativa, e outras semelhantes, são financiadas pelos contribuintes norte-americanos, mas creio que mesmo para estes, no total, e depois de tudo o que já referi, o retorno acaba por ser positivo.
Claramente, uma experiência inesquecível, que espero ter conseguido, pelo menos em alguma parte, ter partilhado com todos os que, numa base diária ou menos assídua foram leitores das minhas crónicas por Terras do Tio Sam.
O meu muito obrigado pela “paciência” que tiveram durante estas três semanas!
E agora, o regresso aos posts “normais” na Quarta República, tentando ser mais assíduo do que antes desta epopeia norte-americana!
Lisboa, Maio 14, 2006.
1 comentário:
...e além disso vens viciado no 4R! Ainda bem que estás de volta e mortinho por ouvir as novidades todas cá do burgo!
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