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domingo, 14 de maio de 2006

"Rostos testosterónicos!"...



A biologia evolutiva tem tentado explicar quais os factores que levam à atracção entre os sexos. A procura da beleza ou de determinados padrões fenotípicos são tomados em linha de conta, já que deverão corresponder a aspectos de natureza genética mais favoráveis. A aparência, agradável, sedutora, bela, chama a atenção e promove o desencadear de aproximação. A atracção pelas loiras, ocorrida em tempos, constituiu um factor preferencial, originando a sua proliferação. O que não quer dizer que vá continuar, já que, de acordo com alguns estudos, se antevê, num futuro não muito longínquo, cerca de 200 anos, o desaparecimento das louras naturais, em virtude de haver poucas pessoas a transportar o gene responsável, recessivo. Dizem que será uma finlandesa, em 2202, porque a prevalência das louras é, na Finlândia, a mais elevada do mundo.
Também podíamos falar sobre a preferência das crianças mais brancas e louras por parte das mães que, nos tempos imemoriais, através do infanticídio – forma habitual de controlo de natalidade – davam cabo dos recém-nascidos peludos e escuros, na Europa, claro.
Agora, um estudo vem revelar que as mulheres conseguem “ler” os rostos dos homens, seleccionando-os em função da sua masculinidade e interesse pelas crianças. No tocante a esta última característica, gosto por crianças e gentileza, eram, também, considerados os mais aptos para um relacionamento a longo prazo. Os que denotavam rostos tradutores de maior masculinidade eram tidos como os mais apropriados para relacionamentos a curto prazo.
De acordo com a investigação, conduzida em mulheres às quais foram apresentadas fotografias de rostos masculinos, foi possível avaliar de forma precisa quais os que gostavam de bebés e os que tinham altos níveis de testosterona.
Claro que este estudo tem de ser repetido noutras comunidades a fim de comprovar tão interessantes conclusões.
Atendendo à diminuição de natalidade, que se verifica no nosso mundo e à qual são atribuídas muitas causas, nomeadamente, sociais e económicas, não deixa de ser interessante associar mais esta. A procura de homens “machos” que privilegiam o relacionamento a curto prazo não deve ser suficiente para estimular a fecundidade. Quanto aos que apresentam rostos gentis, simpáticos, e que gostam de bebés, poderão ficar em desvantagem face aos outros! Sendo assim não terão muitas probabilidades de contribuírem para um relacionamento a longo prazo, face à tal “masculinidade testosterónica” que as mulheres conseguem detectar, como se fossem portadoras de algum detector bioquímico ao olharem para um rosto masculino. No entanto, face ao que vejo por aí, muitas deverão ter sérios “problemas” no funcionamento do tal “detector bioquímico”, acabando por sofrerem as consequências, ou, então, privilegiam em demasia a tal “testosterona facial”. Também não podemos excluir que esta última poderá estar falseada por quaisquer factores de natureza ambiental não conhecidos ou ser um subproduto de eventual metrossexualidade…

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