Para mim, o grande acontecimento de sexta-feira passada nem foi o resultado da OPA da SONAE COM sobre a PT e muito menos a manifestação da Intersindical. O grande acontecimento foi a adesão do PCP e do Bloco ao puro e duro capitalismo.
Na sexta-feira, o Bloco e o PCP fizeram uma opção histórica. Entre dois capitalismos, escolheram inequivocamente um, naturalmente o bom, e rejeitaram outro, o mau, obviamente.
Entre o bom capitalismo do BES, de Berardo, do Brands Investment, da Ongoing, da Telmex e o péssimo capitalismo monopolista de Belmiro, da Telefónica, do Fidelity e de algumas outra instituições nacionais estrangeiras escolheram naturalmente o primeiro.
Depois de um lídimo representante do Bloco, professor e deputado ter optado à partida pelo capitalismo, digamos, BES, ao afirmar que o Governo devia pura e simplesmente proibir a OPA, um não menos representativo dirigente do PCP, também deputado, referiu que a OPA significava uma nova escalada do poder dos monopólios, querendo assim significar que, capitalismo por capitalismo, o do BES é certamente melhor!...
Em consequência, Berardo tornou-se um herói dos trabalhadores e não sei se do trabalho ao ser aclamado e beijado pelas forças populares antes da Assembleia Geral da PT.
Pois é, todo o movimento faz enorme confusão a qualquer pensamento calcificado. Não podendo regredir, ao menos fique tudo como está!... Depois de os ver criticar toda e cada uma das revisões constitucionais, vi-os sempre defender o quadro constitucional vigente antes de cada alteração. E ainda os hei-de ver defender a actual Lei do Trabalho. São conservadores empedernidos!...
Na sexta-feira, o Bloco e o PCP fizeram uma opção histórica. Entre dois capitalismos, escolheram inequivocamente um, naturalmente o bom, e rejeitaram outro, o mau, obviamente.
Entre o bom capitalismo do BES, de Berardo, do Brands Investment, da Ongoing, da Telmex e o péssimo capitalismo monopolista de Belmiro, da Telefónica, do Fidelity e de algumas outra instituições nacionais estrangeiras escolheram naturalmente o primeiro.
Depois de um lídimo representante do Bloco, professor e deputado ter optado à partida pelo capitalismo, digamos, BES, ao afirmar que o Governo devia pura e simplesmente proibir a OPA, um não menos representativo dirigente do PCP, também deputado, referiu que a OPA significava uma nova escalada do poder dos monopólios, querendo assim significar que, capitalismo por capitalismo, o do BES é certamente melhor!...
Em consequência, Berardo tornou-se um herói dos trabalhadores e não sei se do trabalho ao ser aclamado e beijado pelas forças populares antes da Assembleia Geral da PT.
Pois é, todo o movimento faz enorme confusão a qualquer pensamento calcificado. Não podendo regredir, ao menos fique tudo como está!... Depois de os ver criticar toda e cada uma das revisões constitucionais, vi-os sempre defender o quadro constitucional vigente antes de cada alteração. E ainda os hei-de ver defender a actual Lei do Trabalho. São conservadores empedernidos!...
3 comentários:
Caro Pinho Cardão,
O que se passou na sexta feira não foi um momento do "mercado a funcionar", foi exactamente o contrário, a recusa de alguns "capitalistas" de saírem de baixo do chapéu protector do estado e enfrentarem, finalmente, o mercado. Aliás, há uns tempos atrás, estes mesmos "capitalistas" reclamavam do anacronismo que era, numa economia de mercado, o estado ser detentor de uma situação de privilégio numa empresa privada!...
Tratou-se, portanto, de um momento de uma nova forma de capitalismo de estado.
Por isso, não admirará estas "inesperadas" parcerias... Trata-se, afinal, de pura coerência.
Caro SC:
Muito bem observado!...
Há um opção a fazer que não é nada fácil. A função telecomunicações (ou da distribuição da energia, ou do gaz natural,...)tem que ser exercida a bem da nação. Agora, vamos confiar que o mercado vai cumprir naturalmente com essa função, mesmo sendo as empresas estrangeiras, ou vamos garantir que independentemente do capital, essa função está sob o controlo do estado?
Enquanto a opção fôr a segunda, sai muito mais barato comprar políticos que acções.
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