O número de pessoas que procuram os médicos por problemas relacionados com o sono, não pára de aumentar. Uns afirmam que não conseguem adormecer, outros que dormem muito pouco. São múltiplas as razões subjacentes a estes problemas. Pondo de parte as situações patológicas, parece que a quantidade de sono que cada um necessita é determinada por factores genéticos. Realmente, as queixas de pessoas que afirmam dormir muito pouco ocorrem com mais probabilidade dentro das famílias. De um modo geral, estamos programados para dormir cerca de oito horas, mas há pessoas que conseguem fazer a sua vida normal com apenas três ou quatro, como é o caso da ex-primeira ministra britânica.
O “gene do relógio” determina as diferenças, que são mais marcadas entre as 4 e as 8 horas da manhã, com efeitos particulares na memória e atenção, podendo explicar uma maior susceptibilidade para os acidentes e doenças.
A par destes factos, outros, mais recentes, vêm levantar a possibilidade de perturbações na avaliação de certas situações, quando somos privados do sono, quer em consequência de opções individuais, ou por imposição de situações específicas.
Não dormir pode influenciar o “julgamento moral”. Em condições experimentais foi possível verificar lentidão e modificações nas deliberações.
Os achados são importantes na medida em que podem condicionar as decisões de certos profissionais, caso dos médicos, agentes de segurança e de socorro. Os autores realçam o facto de que os achados não são sinónimos de diminuição da “moralidade” ou das crenças morais, mas que podem provocar prejuízos avultados em terceiros, com base nas modificações operadas, devidas à falta de sono, sempre que são solicitados a resolver certos problemas.
Resta saber se os que dormem “geneticamente” pouco estarão ou não abrangidos por estas alterações. É certo que para alguns dormir três ou quatro horas é suficiente para satisfazer as suas necessidades, enquanto para outros as oito não chega, necessitando mesmo, o grupo de dorminhocos, “consumir” onze horas!
Deste modo, os tradicionais “julgadores” ou “críticos” deveriam, no final das suas crónicas, comentários ou entrevistas, declarar quantas horas dormiram na noite anterior, no caso de terem dormido, e qual o seu padrão habitual de sono! Sempre ajudaria a relativizar as declarações, sobretudo as mais negativas, como é óbvio!
(Padrão normal de sono : sete a oito horas. Última noite: nove horas)
O “gene do relógio” determina as diferenças, que são mais marcadas entre as 4 e as 8 horas da manhã, com efeitos particulares na memória e atenção, podendo explicar uma maior susceptibilidade para os acidentes e doenças.
A par destes factos, outros, mais recentes, vêm levantar a possibilidade de perturbações na avaliação de certas situações, quando somos privados do sono, quer em consequência de opções individuais, ou por imposição de situações específicas.
Não dormir pode influenciar o “julgamento moral”. Em condições experimentais foi possível verificar lentidão e modificações nas deliberações.
Os achados são importantes na medida em que podem condicionar as decisões de certos profissionais, caso dos médicos, agentes de segurança e de socorro. Os autores realçam o facto de que os achados não são sinónimos de diminuição da “moralidade” ou das crenças morais, mas que podem provocar prejuízos avultados em terceiros, com base nas modificações operadas, devidas à falta de sono, sempre que são solicitados a resolver certos problemas.
Resta saber se os que dormem “geneticamente” pouco estarão ou não abrangidos por estas alterações. É certo que para alguns dormir três ou quatro horas é suficiente para satisfazer as suas necessidades, enquanto para outros as oito não chega, necessitando mesmo, o grupo de dorminhocos, “consumir” onze horas!
Deste modo, os tradicionais “julgadores” ou “críticos” deveriam, no final das suas crónicas, comentários ou entrevistas, declarar quantas horas dormiram na noite anterior, no caso de terem dormido, e qual o seu padrão habitual de sono! Sempre ajudaria a relativizar as declarações, sobretudo as mais negativas, como é óbvio!
(Padrão normal de sono : sete a oito horas. Última noite: nove horas)
4 comentários:
Caro Professor:
A enormíssma e superior qualidade das crónicas no 4R, e não só, demonstram que o meu amigo é um "dorminhoco" de alto nível!...
Mas, francamente, nove horas de sono...num médico...e professor...quando há tanto aluno para formar, de modo a poderem atender os 200.000 cidadãos nas filas de espera dos hospitais!...
Francamente!...
Meu caro amigo Pinho Cardão.
Foi só hoje para compensar uma semana de trabalho verdadeiramente louca, a par de outras que, pelo andar da carruagem, não me vou livrar tão cedo!
Caro Prof. Massano Cardoso
Muito nos conta! Estamos, então, programados para dormir cerca de oito horas! Só muito de vez em quando é que chego a tanto... Tenho que me contentar com menos, não tenho outro remédio.
Sou, portanto, uma "dorminhoca" de baixo nível! Bem, dá que pensar...
"Quem muito dorme, pouco aprende"
"Mais vale quem Deus ajuda, do que quem muito madruga"
São "provérbios" populares de certo modo antagónicos, pois se o primeiro aconselha a não ficar no remanso do leito, a fim de aproveitar melhor o tempo, o segundo remete para o "seja o que Deus quiser". Onde ficará a sensatez do meio-termo?
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