Degradante, é o mínimo que se pode dizer da situação a que chegou a Universidade Independente. A omissão, por mais um dia que seja, de uma tomada firme de posição por parte do Governo sobre a continuidade daquela dita universidade, coloca desde logo sérias dúvidas sobre a existência de um controlo público da gestão da empresa proprietária (mas também científico e pedagógico daquele estabelecimento de ensino) o que já não seria pouco grave. Mas sobretudo alargaria de forma intolerável a suspeita dessa omissão a todo o sistema de ensino superior privado, o que seria gravíssimo. Existe, é certo, o problema dos alunos da Independente e das suas famílias. Creio porém, que manter viva uma instituição universitária cujos máximos dirigentes (ia escrevendo, distraído, responsáveis...) se revelam todos os dias nos media, é a pior das soluções, mesmo que algum dia a Independente viesse a reabilitar-se, no que não acredito. Numa situação em que felizmente já começa a valer a cotação dos diplomas, medida pelo prestígio e credibilidade de quem os emite, um diploma obtido na Independente será daqui para a frente para esconder, nunca para exibir! Por isso, seria mais honesto, misericordiosamente e em nome da decência e defesa da importância do ensino superior privado, obviamente extingui-la, poupando o País a mais episódios deste espectáculo triste a que vimos todos os dias assistindo. Esse acto final de saneamento, não tinha de implicar para os alunos mais prejuízo do que aquele que já tiveram. Pelo contrário. Seria o modo de encontar o meio de lhes garantir o prosseguimento dos seus estudos noutras universidades para onde seriam encaminhados, sabendo-se que algumas delas bem andam necessitadas do acréscimo de propinas...
2 comentários:
Caro Ferreira de Almeida:
Por mim, a solução era pôr a Independente como Universidade exclusivamente afecta ao processo de Bolonha, como forma de evidenciar o elevado apreço que tenho por esses diplomas.
Caro Pinho Cardão, vejo que se tornou um céptico...Também não é tanto assim, Bolonha não é,em si mesma, mal, cada universidade e cada escola é que pode ter feito dela uma coisa séria ou uma fantasia. Acho que algumas terão feito um bom trabalho e se calhar muitos cursos de 3 anos vão passar a ensinar mais e melhor que os de 5, iguais há 30 anos. Outros, terão só guardado as aparências, mas em pouco tempo se verá a comparação, o espaço europeu não vai perdoar aos cábulas.
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