Afinal, as coisas vão-se ajustando à realidade, fugindo à propaganda governamental.
De acordo com uma notícia do Público, verifica-se que a despesa pública não está controlada, muito longe disso, contrariamente ao que o governo vem dizendo. Segundo os dados do INE, e em apenas três meses, a despesa pública efectiva de 2006 teve um acréscimo de cerca de mil milhões de euros em relação aos valores estimados no Relatório que acompanhou o Orçamento de Estado de 2007, apresentado em Outubro de 2006.
E as receitas também fugiram muito ao previsto, mais 2.000 milhões de euros.
Em relação às previsões feitas apenas três meses antes, o desvio global foi assim de 3.000 milhões de euros, com efeitos positivos sobre o défice.
A exorbitância deste desvio de 3.000 milhões de euros em tão pequeno espaço de tempo leva obrigatoriamente a concluir que o défice de 3,9% nas contas públicas foi mais uma obra do acaso do que resultado de políticas correctas, criteriosamente aplicadas e devidamente controladas.
Ou então foi um exercício de mentira programada, sem qualquer respeito pela Assembleia da República ou pelos cidadãos, para melhor enfatizar os resultados que se esperava obter. Ou um misto das duas coisas!...
De acordo com uma notícia do Público, verifica-se que a despesa pública não está controlada, muito longe disso, contrariamente ao que o governo vem dizendo. Segundo os dados do INE, e em apenas três meses, a despesa pública efectiva de 2006 teve um acréscimo de cerca de mil milhões de euros em relação aos valores estimados no Relatório que acompanhou o Orçamento de Estado de 2007, apresentado em Outubro de 2006.
E as receitas também fugiram muito ao previsto, mais 2.000 milhões de euros.
Em relação às previsões feitas apenas três meses antes, o desvio global foi assim de 3.000 milhões de euros, com efeitos positivos sobre o défice.
A exorbitância deste desvio de 3.000 milhões de euros em tão pequeno espaço de tempo leva obrigatoriamente a concluir que o défice de 3,9% nas contas públicas foi mais uma obra do acaso do que resultado de políticas correctas, criteriosamente aplicadas e devidamente controladas.
Ou então foi um exercício de mentira programada, sem qualquer respeito pela Assembleia da República ou pelos cidadãos, para melhor enfatizar os resultados que se esperava obter. Ou um misto das duas coisas!...
É com mágoa e lástima que o verifico!...
4 comentários:
Isso foi no Público não foi caro Pinho Cardão?...
Camarada Monteiro,
Os dados são do INE. São os mesmos que te tinha referido há tempos, que em caso algum se poderia dizer que o défice tinha baixado por causa da despesa(em 80% dizia o ilustre e sábio ministro) quando a despesa tinha subido em termos absolutos.
Caro Pinho Cardão,
Claro que no ministério das finanças podem usar um tipo de aritmética quântica tão à frente, que nós, comuns mortais, fiquemos a pensar que é mera trafulhice.
Gostei da parte em que a administração local e a SS contribuiram para a redução da despesa enquanto a administração central andou a torrar mais. Mais um fenómeno quântico, certamente, tão desfasado que está da opinião veiculada pelos governos.
Agora, também me parece que estamos a ser mesquinhos. Afinal um desvio de 0.3 OTA não parece relevante.
Aguarda-se impacientemente reacções do INE à "desfocagem" dos números pelo ministro...
Caro CMonteiro:
Já verifiquei os números respeitantes às estimativas apresentadas aquando da discussão do Orçamento de Estado para 2007 e, de facto, conferem com os do Público.Também verifiquei os dados do INE, saídos ontem, dia 28 de Julho, dados preliminares a transmitir ao Eurostat e também conferem. Portanto, quanto a dados estatísticos, não há que duvidar.
Já quanto ao facto de o INE vir a reagir à interpretação dos dados, nomeadamente por parte do Governo, se o meu amigo alguma vez pensou nisso é um puro idealista!...
Mal estava o INE se ia reagir cada vez que se fazem interpretações dos seus números. Em vez de fazer estatísticas, só se limitava a reagir!...E no caso de reagir ao governo, seria por certo a primeira e a última reacção...
Caro Tonibler:
De facto algumas ministeriais e primo-ministeriais interpretações não derivam de aritmética quântica, mas de uma nova aritmética meramente virtual, que faz que 2+2 sejam dois e 3-2=5!... Quanto menos se perceber, mais se julga do tamanho da cabeça do ministro!...
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