A edição de hoje do i dá notícia de que vai ser lançado um livro sobre o estado da justiça, escrito a quatro mãos: a do ministro da dita, a do bastónário da Ordem dos Advogados, a do Procurador-Geral da República e a do Presidente do STJ e Conselho Superior da Magistratura.
Eis um livro que não lerei. Pela simples e mais elementar das razões: já sei o que cada um dos seus autores ali vai registar. Queixas, recriminações, lamentos e recados que esquecem agora o que tem sido esquecido ao longo dos últimos anos: que a Justiça não é uma mercadoria, mas o conjunto de meios que o Estado detém para fazer prevalecer um conjunto de valores. Quando a consciência dos valores prevalecentes na sociedade anda pela hora da morte, o que há que esperar dos intervenientes senão a perspectiva estreita dos seus valores grupais ou corporativos?
Basta ler o pequeno texto no i sobre o livro. Está lá tudo. Clarinho.
Sem comentários:
Enviar um comentário