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segunda-feira, 25 de março de 2013

Condenados a viver com elefantes em lojas de loiça?

"O modelo seguido para o resgate de Chipre poderá passar a ser exemplo para futuras intervenções em países da zona euro com situações de risco no seu sector financeiro, disse o presidente do Eurogrupo em entrevista ao Financial Times e à Reuters, depois da reunião de esta madrugada. As declarações de Jeroen Dijsselbloem são tidas como a revelação da nova estratégia do Eurogrupo para as crises de dívida. Recorde-se que em 15 de março, em anterior reunião do Eurogrupo, o modelo de resgate defendido recorrendo a um imposto extraordinário sobre depósitos foi defendido como uma «solução única» para o Chipre".

Se tiver vontade de ler mais, faça-o aqui.

16 comentários:

Pedro disse...

O trabalho de alguns jovens portugueses, foi reconhecido niternacionalmente pelo publico, e por esse motivo foi vencedor de um concurso internacional.

Eles basicamente fizeram um filme de animação, para servir de "videoclip" de uma banda internacional.

Simples e muito bem conseguido, o trabalho deles não só criou mais PIB como demonstra bem que basta a simplicidade, a creatividade e a determinação (trés das poucas materias primas que temos "em barda") para se levar de vencidas as dificuldades desta era.

http://www.youtube.com/watch?feature=player_embedded&v=tFG_5PBl2K8

se puder, veja o video, que julgo ilustrar de forma unica, todo o teor do seu post.

,o)

Paulo Pereira disse...

Ele tem razão.

Todos os credores devem participar na recuperação economica dos bancos e dos paises, e não apenas os contribuintes.

Os credores deverão pelo menos reduzir as taxas de juros para niveis suportáveis, entre 1 a 2%.

Tonibler disse...

Eu só gostava de perceber que problema é que se resolve com isto. Haja pachorra para esta gente...

Anónimo disse...

Eu diria que não só não se resolve problema nenhum como dá-se um passo de gigante no sentido da irrelevância da UE no panorama financeiro mundial. Para não dizer da dissolução da própria UE.

Anónimo disse...

Admitamos, meu caro Paulo Pereira, que é como diz (sem conceder). Alguém ganha com as declarações feitas pelo presidente do Eurogrupo ou, nesta conjuntura,recomendaria a mais elementar prudência não espalhar mais inquietação?

jotaC disse...

Uma total insensatez...

Anónimo disse...

Caro Ferreira de Almeida, a questão é essencialmente essa. Como se não tivesse bastado já a ideia original (a de todos os depósitos levarem uma tesouradita) para causar alarme e desconfiança agora mais esta maluqueira de dizer que isto pode ser modelo. Perante estes riscos quem no seu perfeito juizo investe na Europa ou põe dinheiro na Europa?

Margarida Corrêa de Aguiar disse...

José Mário
Ou seja, quem tem mais de 100.000 euros passa a ser responsável pela situação financeira dos bancos, mas se tudo correr bem são tratados como meros depositantes. Não bate certo. A remuneração destes depósitos terá que incorporar um prémio de risco suficientemente atractivo, como se de um investimento em bolsa se tratasse. A não ser assim, os depósitos voarão para outras zonas do globo.

Tonibler disse...

O mais imbecil de toda esta situação é que se rouba depósitos aos clientes para capitalizar os bancos, i.e., para se proteger... os depósitos dos clientes.

Como é que 5 anos depois da crise do subprime ainda se anda atrás da regulação é algo que é totalmente incompreensível e deveria servir como impedimento para ter economistas no governo. Ainda mais este Drtfrgdpgtnfgc que além de parecer ser uma perfeita besta ainda tem que o afirmar ao mundo.

Freire de Andrade disse...

Como disse no meu blog "Será que os anjos têm sexo?":
«O suspiro de alívio durou só algumas horas. Pouco depois de se saber que, na reunião do Eurogrupo, se tinha finalmente chegado a um acordo mais aceitável, ou pelo menos menos inaceitável, em relação ao resgate de Chipre, estalou como uma bomba a notícia de que o Presidente do Eurogrupo, Jeroen Dijsselbloem, tinha afirmado que a mesma receita de confisco de parte de depósitos de clientes de bancos poderia vir a ser adoptada, e era mesmo a solução preferível, noutros países. É certo que o acordo de Chipre isentava do confisco os depósitos até 100 000 euros, aumentando de modo significativo a taxa aplicada acima daquele valor. No entanto foi repetidamente afirmado, designadamente por Olli Rehn e cá pelo Governador do banco de Portugal e pelo Ministro das Finanças, que a contribuição forçada dos depositantes era apenas aplicável a Chipre, não sendo de admitir noutros países. Por esta razão a declaração de Dijsselbloem foi completamente inesperada e anulou a sensação de alívio dos depositantes em bancos em diversos países, nomeadamente dos que estão em processo de resgate, e provocou de imediato uma descida nas bolsas europeias com reflexos mais pronunciados no sector bancário. Se quisesse acabar de destruir a confiança dos investidores no sistema bancário europeu não faria melhor.

Acabo de saber que Dijsselbloem veio suavizar a sua posição, numa tentativa de acalmar os ânimos, afirmando, num curto comunicado que “Chipre é um caso específico com desafios excepcionais”. Como já aqui disse, não é só nos bancos que se está a perder a confiança; é sobretudo nos dirigentes europeus.»

Bartolomeu disse...

We gotta have to serve somebody...

http://www.youtube.com/watch?v=TdeIu2vsW9E

Paulo Pereira disse...

É importante que não sejam os contribuintes a suportar o risco dos bancos.

Quem quer ter aplicações acima de 100 mil euros deve escolher activos apropriados e não depositos bancários suportados pelos contribuintes.

O sistema capitalista implica riscos que todos devem suportar directamente e não passar essa responsabilidade para os outros.

Assim os bancos são fiscalizados por todos os credores e deixam-se de aventuras especulativas.

Suzana Toscano disse...

A minha pergunta é: e como é que os depositantes de um banco qualquer sabem se esse banco está ou não inundado de depósitos que passam de um momento para o outro de bem vindos e desejáveis a proscritos e sujos? Nâo creio que o argumento de "certificado de origem" tenha algum sentido, ou os bancos podem sobreviver com pequenas poupanças e a fuga desordenada dos grandes investidores? O que o caro Zuricher diz parece-me ter todo o sentido, por mais argumentos racionais que se juntem, o que fica evidente é que se matou uma mosca com uma bomba atómica...!Onde foram parar os argumentos dos riscos sistémicos????

Paulo Pereira disse...

Cara Suzana,

Os depositantes devem fazer analises e dividir os seus depositos por vários bancos e diversificar as suas poupanças e não estar à espera que os contribuintes lhe resolvam o problema.

Suzana Toscano disse...

Claro, caro Paulo Pereira, o que não sabíamos até agora é que ter as poupanças num banco podia ser um "problema", para quem poupou e para os contribuintes. A partir daí tudo se resume a saber onde e como, uma vez que se perdeu a confiança a níveis que não suspeitaríamos.

Paulo Pereira disse...

Cara Suzana,

Esta crise do Euro tem ainda a vantagem de obrigar a classe média alta a "PENSAR" sobre a economia e sobre o funcionamento do sistema capitalista e o papel dos bancos.

Pode ser que assim certos mitos urbanos sobre a origem da crise do Euro possam ser postos em causa, nomeadamente que esta é uma crise originária dos deficits publicos, quando é uma crise originada sobretudo pela divida privada excessiva e pelos deficits externos.

e não deixa de ser interessante que tantos pretensos liberais sejam tão pouco liberais nestas matérias, pretendendo que sejam os contribuintes a suportar os depositantes.