Comprar medicamentos genéricos está a ficar cada vez mais difícil para os portugueses. Não sei se é uma questão de legislação, regulação e/ou fiscalização, o que sei é que não se compreende que as farmácias não disponham dos medicamentos que são procurados por quem deles necessita.
Há três semanas atrás, depois de ter passado três horas e meia de uma tarde de Sábado com a minha Mãe numa urgência de um hospital, percorri mais de uma dezena de farmácias de serviço na zona central de Lisboa sem ter conseguido aviar os medicamentos prescritos pelos médicos. Medicamentos para tratar uma gripe em fase muito avançada e que precisava de ser imediatamente atacada.
Não tinham nem genéricos nem substitutivos, não era uma questão de preço, tinham alguns medicamentos, mas não tinham outros, não tinham qualquer alternativa para satisfazer o pedido num curto período de tempo. Ruptura de sotcks foi a justificação mais vezes utilizada. É fim-de-semana, outra razão invocada.
Como podem as farmácias funcionar nestes termos? Que serviço público essencial é este que não responde a necessidades básicas? Fico a pensar nos doentes que não tem mobilidade, que vivem em zonas com uma oferta limitada de farmácias, ou nos doentes com doenças graves que não podem esperar pela toma de um medicamento. Se as farmácias não fornecem os medicamentos qual é a alternativa? Só quem passa por elas é que se apercebe do que se está a passar...
Como podem as farmácias funcionar nestes termos? Que serviço público essencial é este que não responde a necessidades básicas? Fico a pensar nos doentes que não tem mobilidade, que vivem em zonas com uma oferta limitada de farmácias, ou nos doentes com doenças graves que não podem esperar pela toma de um medicamento. Se as farmácias não fornecem os medicamentos qual é a alternativa? Só quem passa por elas é que se apercebe do que se está a passar...
4 comentários:
Liberalizar o sector. Quem tem clientes certos não tem com que se preocupar. Já passei por experiência igual de madrugada depois de um acidente.
Alguns medicamentos são "retirados" para outros mercados. Algumas farmácias têm dívidas aos fornecedores, às vezes têm apenas uma única embalagem do produto, lutam com dificuldades, ou seja, está tudo desregulado e não há volta a dar-lhe. Quanto aos doentes, bem, têm que "negociar", levando apenas alguns, e depois, fazem "poupanças" na toma. Em suma, grande parte deles andam descompensados. País descompensado, farmácias descompensadas, doentes descompensados e eu, para não fugir à regra, também já devo andar. É um desespero viver neste país.
É como diz, Margarida, só quem passa por elas, ainda há umas farmácias que se importam com os clientes habituais, encomendam os medicamentos ou avisam que estão a acabar, mas quando isso não acontece é uma ralação, sobretudo as pessoas idosas passam mal, ainda por cima como muda o aspecto dos medicamentos conforme o genérico ficam desconfiados e acham que não estão a melhorar, vá lá uma pessoa explicar que é o mesmo quando a caixa é diferente. Que distância vai entre as teorias e a realidade das coisas!
Caro Luis Moreira
Mas sem mercadoria para venderem perdem, à mesma, os clientes. É um ciclo vicioso, há muitas farmácias cias a fecharem. É outro problema.
Caro Professor Massano Cardoso
Espero que haja voltar a dar. Os mais desfavorecidos são os mais atingidos, é o que está a acontecer, mas os medicamentos estão a faltar para todos. Não ficarei admirada se um dia destes acordarmos com a notícia de que há medicamentos que são comprados fora dos circuitos convencionais.
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