Eu sei que esta época convida à paz e à alegria. Eu sei que esta época é tempo de festas e da família. Eu sei isso como qualquer um, mas também sei quanta tristeza e descrença vai por aí. Sei!
Acabei de ler este pequeno apontamento. Não quis reagir, mas senti um estranho impulso. Decidi escrevinhar e partilhar a minha reação.
É descrença Emídio Guerreiro, é mesmo descrença, até eu sinto essa descrença, e já não sou novo, uma descrença que aumenta de dia para dia. O melhor é não tentar dar justificações, o melhor é mesmo não falar, o melhor é sair e não voltar. É o melhor.
8 comentários:
Li hoje uma frase engraçada do humorista brasileiro Jô Soares.
Contava ele que estando dentro de um táxi, no meio de um trânsito compacto e parado, espirrou. Imediatamente, o motorista disse: saúde! O motorista do carro do lado: educação! E no espaço de um momento, já todos cantavam o hino nacional...
Se calhar, nós os portugueses, motoristas, humoristas, políticos, médicos e professores, população em geral, deveríamos começar por cantar o Hino Nacional, como se de uma oração se tratasse...
Pois! Essa oração está praticamente reduzida aos estádios de futebol, onde os "crentes" rezam o hino nacional...
A vida não é um jogo, é muito mais do que isso. Não se esqueça de que muitos políticos não são diferentes dos dirigentes de clubes de futebol...
Que artigo curioso nos traz, Professor. Muito curioso. É que se há coisa que estou a ver nestes dias que venho passando em Lisboa e falando com várias pessoas, novos e velhos, é precisamente isso; descrença, desesperança quanto ao futuro em Portugal. E vejo-o em novos e velhos. É pena...
"Isto" ainda vai dar uma grande volta, caro Zuricher. Há-de ver: no Natal de 2014, quando o Amigo cá voltar, irá encontrar toda a gente alegre e sorridente. Em Dezembro de 2014, não encontrará conflitos políticos nem desempregados, vai saber que todos aqueles que praticaram desfalques, burlas, negócios lesivos para o Estado, já foram julgados e devolveram a massa toda, os governantes, administradores e outros altos funcionários do Estado, passaram a deslocar-se em transportes públicos, o ministro da educação encontrou uma solução equilibrada, assim como a ministra das finanças, o ministro da economia, etc. todos a trabalhar em prol do país e da sociedade, em perfeita harmonia com os sindicatos, as comissões e as delegações e outras entidades acabadas em "ões". Prepare-se caro Zuricher, no Natal de 2014, quando chegar à sala de desembarque do aeroporto, vai ter de perguntar a alguém se está verdadeiramente em Portugal.
«Emídio Guerreiro: "Eu não vejo isto como uma questão de descrença no país, acho que é uma resposta às dificuldades que o país passou, com o acumular de muitos anos com um modelo económico que, mais tarde ou mais cedo, tinha de devolver a fatura"»
A «crise financeira» atingiu quase toda a Europa, assim como os Estados Unidos e muitos outros países em redor do mundo.
Diz ele que é «o acumular de muitos anos com um modelo económico que, mais tarde ou mais cedo, tinha de devolver a fatura»?
Mas este modelo é o modelo que ele defende. É o modelo americano. É o modelo que aposta tudo nos privados em detrimento do público. Ele está a falar de quê afinal?
De facto, ele não está a explicar nada. Está apenas a papaguear a propaganda que lhe pagam para irradiar.
Caro Bartolomeu, olhe que não é o Pai Natal que põe os presentes no sapatinho!!!
Ah não??? Talvez não seja, no presente, mas olhe que já foi, no passado.
:) :) :)
Vai ver, vai ver que "isto" vai acabar por dar uma reviravolta, como ninguém consegue prever.
Adorava que esta ironia, um dia, viesse a ser realidade. Mas a descrenca acentua-se e acho que ja nada verei, salvo a "fuga" dos jovens na esperanca de conseguirem la fora o que o pais lhes nega...
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