Aí está a grande coligação entre os dois maiores partidos alemães (ou dos três, se incluirmos o CSU da Baviera, partido irmão da CDU), que se puseram de acordo para governar a Alemanha durante os próximos 4 anos. Negociações demoradas, em que cada qual cedeu um pouco, em prol da governabilidade e progresso do país. Coligação aprovada por 75% dos militantes social-democratas, consultados em referendo para o efeito.
Por cá, os barões e baronetes dos partidos, ávidos de poder pessoal e para quem o povo nada conta, o que fazem é cavar diferenças, aumentar hostilidades, inventar, a cada dia, novos pontos de confronto.
Na Alemanha, e mais uma vez, os grandes partidos puseram o povo à frente dos seus interesses egoístas; em Portugal, sempre e todos os dias, coloca-se o interesse partidário à frente do bem do povo.
Também por isso, ou muito por isso, a Alemanha é o que é e nós somos o que somos. Seguramente!
8 comentários:
Concordo. Mas os que se perfilam na forja é mais do mesmo.Alguns até já provaram e foram ministros e que se saiba apenas foram cúmplices do que nos está a acontecer. Mas como têm apoio de Pacheco Pereira, passaram por um solvente.
Confesso que não entendo a necessidade de acordos entre partidos, particularmente quando se estabelece uma maioria. Cá, que eu saiba, temos um acordo entre dois partidos que corresponde a uma maioria absoluta que só não chega porque um presidente da república usurpou poderes para lá daquilo que seria razoável numa democracia. Isso resolve-se resolvendo o problema presidente da república, não impondo um novo nível de governabilidade.
Eu julgava que governar é fazer o que os alemães acabam de fazer. negociar, ceder, alargar consensos. Mas parece que não. Somos originais e fantásticos, é o que é...
Este povo não precisa de líderes sofistas em busca da sua glória. Precisamos de esperança, para isso basta que um líder seja um homem sério e não um troca bolas.
Estou de acordo com o Tonibler, quando confessa não entender a necessidade de acordos entre partidos. Para além disso, confesso não entender a necessidade de existir uma Assembleia, constituída por deputados que professam uma política diferente daquela que o povo elegeu livremente. Neste ponto, entendo que, após eleições legislativas, livres e democráticas, o partido eleito deveria governar sem oposição, da mesma forma que o Presidente da República, exerce o cargo para que foi eleito. Mais! Entendo que, os resultados de cada eleição legisla, fossem extensíveis às autarquias, deixando de existir câmaras PS, PSD, CDU, Independentes, a gerir regiões que integram um país com um governo diferente em alguns casos. Penso ainda que assim, não se estaria a atropelar a Democracia, porque as eleições legislativas são a nível nacional, tal como as presidenciais. Esta, é a única forma que vejo, para fazer o país estabilizar numa política de avanço económico e social.
Diferente, caro Bartolomeu? Diferente no quê? O PS que foi eleito foi o mesmo que levou o estado à banca-rota, qual a diferença? O PR é o mesmo que levou o estado à banca rota, qual a diferença? O PSD é o mesmo que assumiu o programa da troika, qual a diferença? O CDS é o mesmo que vai para a cama com todos (bolas, Bartolomeu, não estava a falar do sujeito!), há diferença? O PCP e o BE são exactamente os mesmos que andaram à trolha há 100 anos, qual é a diferença?
Ah, só se for o Verdes. A rapariga está cada vez mais ... benza a deus!..
É falso, caro Cardão. Quando toca a partidos políticos, a porcaria de cá é igual à porcaria de lá:
Chris Gupta: Esta fraude (The Establishment's Two-Party Scam) consiste na fundação e financiamento pela elite do poder de dois partidos políticos que surgem aos olhos do eleitorado como antagónicos, mas que, de facto, constituem um partido único. O objectivo é fornecer aos eleitores a ilusão de liberdade de escolha política e serenar possíveis sentimentos de revolta contra a elite dominante.
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Dr. Stan Monteith: "De há muito, o principal problema da vida política americana tem sido tornar os dois partidos congressionais (o partido Republicano e o partido Democrata) mais nacionais. O argumento de que os dois partidos deviam representar políticas e ideias opostas, uma, talvez, de Direita e a outra de Esquerda, é uma ideia ridícula aceite apenas por teóricos e pensadores académicos. Pelo contrário, os dois partidos devem ser quase idênticos, de forma a convencer o povo americano de que nas eleições pode "correr com os canalhas", sem na realidade conduzir a qualquer mudança profunda ou abrangente na política."
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George Wallace (foi candidato à Presidência norte-americana. Este afirmou: "... não existe diferença nenhuma entre Republicanos e Democratas."
"... A verdade é que a população raramente é envolvida na selecção dos candidatos presidenciais; normalmente os candidatos são escolhidos por aqueles que secretamente mandam na nossa nação. Assim, de quatro em quatro anos o povo vai às urnas e vota num dos candidatos presidenciais seleccionados pelos nossos 'governantes não eleitos.' Este conceito é estranho àqueles que acreditam no sistema americano de dois-partidos, mas é exactamente assim que o nosso sistema político realmente funciona."
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O Professor Arthur Selwyn Miller foi um académico da Fundação Rockefeller. No seu livro «The Secret Constitution and the Need for Constitutional Change» [A Constituição Secreta e a Necessidade de uma Mudança Constitucional], que foi escrito para aqueles que partilhavam os segredos da nossa ordem social, escreveu:
"... aqueles que de facto governam, recebem as suas indicações e ordens, não do eleitorado como um organismo, mas de um pequeno grupo de homens. Este grupo é chamado «Establishment». Este grupo existe, embora a sua existência seja firmemente negada; este é um dos segredos da ordem social americana. Um segundo segredo é o facto da existência do Establishment – a elite dominante – não dever ser motivo de debate. Um terceiro segredo está implícito no que já foi dito – que só existe um único partido político nos Estados Unidos, a que foi chamado o "Partido da Propriedade." Os Republicanos e os Democratas são de facto dois ramos do mesmo partido."
Caro pinho cardão, tenho-me lembrado o que seria se em Portugal se levasse este tempo todo para negociar uma coligação depois de eleições! Havia de ser bonito, ao fim de 3 dias já se faziam apostas nos jornais, já se tinham "queimado" dezenas de nomes ministeriáveis e já se tinham publicado variadissimas versões de acordos e desacordos, todos eles qualificados de "falhanços". Ao fim de 15 dias clamava-se por novas eleições e quando, por fim, houvesse acordo, ia tudo dizer que quem ganhou as eleições afinal estava derrotado e que quem as perdeu devia ter ganho nas urnas. E que com políticos assim não se ia a lado nenhum....
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