Nos dias que correm é politicamente incorrecto elogiar Alberto João Jardim, ou sequer fazer uma referência positiva à sua personalidade ou acção política.
Mas desta vez, o homem tem razão!
Carradas de razão.
Concorde-se ou não com a nova Lei das Finanças Regionais, ela representa uma alteração demasiado grande e brusca nas condições de governabilidade da Madeira.
Até podemos achar que esta Lei é essencial para ajudar a ultrapassar os problemas financeiros com que o país se debate. Mas a Lei tinha um destinatário e foi feita à medida da Madeira...
Hoje, não basta a Alberto João Jardim ter razão. Ele precisa de o demonstrar.
E percebeu isso.
Passou das palavras aos actos. Demitiu-se. Vai obrigar à convocação de eleições. Já anunciou que se recandidata. E como é óbvio vai ganhar.
Mas é precisamente na dimensão da vitória de Alberto João Jardim que saberemos se o povo da Madeira lhe dá ou não razão. Não bastará ganhar. Ele precisa de ganhar por muito mais do que nas últimas eleições regionais.
Se o Partido Socialista tiver a tentação de se meter nestas eleições, então irá contribuir para a sua amplificação. A vitória de Alberto João Jardim será tanto maior quanto maior for a procissão de figuras nacionais na próxima campanha eleitoral na Madeira.
Atirem-se a ele, meus senhores.
O Alberto João Jardim agradece.
8 comentários:
Pois, se calhar!...
Só houve uma coisa que eu não percebi: AJJ disse recandidatar-se porque "...a Madeira não merece passar a ter um governo de medíocres, de incultos, de traumatizados sociais e de subservientes a Lisboa."
Então os outros "tipos" do PSDM são todos assim, tão maus?
Sim, porque ninguém acredita que não fosse o PSDM a ganhar, pelo menos agora!...
É irrelevante que o povo da Madeira lhe dê razão ou não, a não ser que faça parte do programa a independência da Madeira e, aí, mete-se o tipo na cadeia.
Os portugueses, todos, entendem as finanças regionais de forma contrária ao que os portugueses da Madeira. Das duas uma, ou os portugueses da Madeira respeitam a decisão dos portugueses todos ou deixa de haver Madeira como entidade autónoma e põe-se debaixo de lei marcial. O âmbito em que a questão das finanças regionais deve ser discutido é o nacional e, logo, o AJJ que se candidate a primeiro-ministro.
E eu até acho que deveríamos ter mais 10 regiões iguais, mesmo com mais 10 AJJ's. Agora, há uma nação una e indivisível do Minho às Flores para respeitar, nem que seja ao tiro.
Pois eu acho que o «Tio Alberto» tem toda a razão e se eu fosse Madeirense votava nele outra vez.
A Madeira é a 2ª região mais rica de Portugal (por isso tb é que têm uma disposição transitória no âmbito do novo quadro comunitário e que faz com que deixem de ser prioritários em termos de fundos europeus), e sendo a 2ª região mais rica é, também, aquela que mais contribui (a seguir à região de LVT), para a riqueza do país e tudo isso tem um preço.
Dinheiro gera dinheiro.
Caro Vitor Reis,
Só lhe digo do Dr. Alberto João Jardim:
-é um politico truculento, mas Sério.
-é trabalhador e competente.
-Faz pela Madeira o que gerações de políticos não fizeram pelo Continente.
-é um político incómodo.Mas com razão para o ser. Quase sempre.
-Diz alto aquilo que os restantes políticos pensam mas não capazes de dizer.
e mais nada!!!
Um abraço
Pedro Sérgio (Palmela)
o alberto joão tem as costas largas e é o bode expiatório de todos os males do pais.
eu cá acho que ao ps até convem que ele se mantenha por lá . para sempre que houver algum problema , viram-se para a ilha da madeira e arranjam uma manobra de diversão para entreter os cubanos do continente.
até porque já se viu que o ps/ madeira é fraco..
Pois. O Dr. Alberto João faz exactamente o que os senhores criticam para o continente: desenvolve uma completa estatização e subsídio-dependência da Madeira. Financia desde clubes de futebol (contem-se os que estão nos campeonatos portugueses das várias divisões e compare-se o número com qualquer região do país), associações recreativas, emprega toda a gente em instituições públicas, até o jornal onde escreve financia de forma milionária. Mas é o Alberto João. E é demasiado súbito que veja aquilo que o sustenta no poder fugirem-lhe tão depressa.
Correcção: escrevi "fugirem-lhe", por lapso. Seria "fugir".
Vitor, a Madeira continua linda, meu caro. Apesar de tudo!
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